- 18 de junho de 2025
Tudo por popularidadeA gente pode batizar de "tudo por uma popularidade" aquela cena patética de Antônio Denarium num palcozinho dançando tipo "na boquinha da garrafa". Pra quê aquilo, Denarium? Você quando emprestava dinheiro a juros dançava assim na frente do cliente? Você quando ficava com as garantias dos empréstimos não pagos, como casas, terrenos e carros, dançava assim na frente dos teus empregados na tua empresa comeorando o faturamento?
Claro que não! Mas por que, então, como governador, você protagonizou aquilo lá?
A reposta é que, como político cercado de bajuladores - tem até um com sotaque de paraense que só falta dizer que o filho dele é a cara de Denarium, de tão bajulador que é -, alguma mente brilhante mandou: "Vá lá, governador, suba no paco e requebre até o chão que o povo vai adorar!"
Denarium bem que tentou umas três vezes descer até o chão mas a idade, as condições físicas e o que restava ali de vergonha e simancol, tornaram aquela cena ridícula em vergonha alheia para todos os seus amigos de verdade, e pra gente que torce para que ele faça um bom governo para Roraima, como Eu. Verdade, eu senti vergonha por ele, vergonha pela família dele e pelos amigos que gostam dele.
E ainda mais verdade, eu torço pra ele acerte e assim acabe com mortes de doentes em cima de macas espalhadas nos corredores do HGR por negligência administrativa. Que vidas não sejam mais perdidas como a da indiazinha de 16 anos que esperou três meses por uma cirurgia ou por uma passagem para Tratamento Fora do Domicílio.
E morreu sem devida assistência do governo de Denarium. Morreu precisando de cirurgia fora de Roraima, enquanto Denarium toda semana viaja para Brasília com assessores, sempre buscando fechar negócios para o agronegócio, ramo que ele e seus amigos e sócios faturam.
O que dizer mais sobre a dançinha patética de Denarium?
Amigo leitor, se fizermos uma analogia de que enquanto Roraima vive o caos na saúde, a segurança a mercê de bandidos, o calote no Crédito Social, os venezuelanos, com a educação atrasada, com as vicinais intrafegáveis e o escambal de ruim, o governador fica se requebrando tentando ir até o chão. Chão em que o seu governo se encontra.