CALOTE ELEITORAL

Seu voto não valeu a pena
Há exatamente um ano, o presidente Jair Bolsonaro convocou o Conselho de Segurança Nacional, e na presença dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, decretou que a construção do Linhão de Tucuruí em Roraima era questão de segurança nacional, e que ainda no primeiro semestre de 2019 as obras seriam iniciadas.

Um ano se passou e nem a cavação de um buraco para instalação de uma torre de traNsmissão de energia, sequer, foi feita. O eleitor elegeu Mecias de Jesus e Chico Rodrigues acreditando nas promessas deles de que iriam fazer o governo iniciar a obra, já que, segundo eles, Romero Jucá não tinha interesse. Calote eleitoral duplo de uma dupla.

O eleitor hoje vê que nem Chico - que é vice lider do governo e orgulhoso parceiro de viagens internacionais de Bolsonaro -, nem Mecias - o que iria fazer "tudo o que o Jucá não fez" -, liberaram coisa nenhuma de Linhão e ainda mentiram responsabilizando quem eles queriam derrotar. Daí, o calote eleitoral duplo de uma dupla.

Na bancada de deputados, os reeleitos também prometeram liberar as obras de Tucuruí, isso depois de dois deputados, Jonatan de Jesus e Édio Lopes terem presidido a Comissão de Minas e Energia da Câmara.

Os deputados de primeira viagem pecaram junto com os veteranos e mais os três senadores de, diante da decisão do Conselho de Segurança Nacional, ao menos condicionarem os votos na reforma da Previdência à construção da linha energética. Perderam a oportunidade. A trocaram por liberação de emendas particulares.

A realidade é que um ano depois de toda aquela encenação de Bolsonaro sobre segurança nacional e das promessas furadas de Mecias, Chico e deputados reeleitos, a situação do estado continua igual igual a 2018. Aliás, igua igual a abril de 2015, quando um bravateiro (imagem ao lado) sujou Boa Vista toda jogando panfletos afirmando que ele e Dilma Roussef "liberam as obras de Tucuruí!". E ainda afirmou: "Seu voto valeu a pena!"

Roraima só não está pior, porque Romero Jucá levou as usinas termelétricas que hoje não deixam o estado literalmente apagado.