00:00:00
CONTRADITÓRIO
Para o reveillon, um prefere pescar e a outra prefere o "pessoal da Ceilândia".

Você viajaria?
​Eu não sei vocês, mas eu acho muito esquisito o presidente da República, eleito com o discurso de a família em primeiro lugar, a família é o bem maior, a família, a família, a família... e viajar com a filha pequena para uma praia na Bahia cinco dias antes do reveillon, deixando em casa a esposa, mãe da criança, que fará uma cirurgia que não se sabe de que.

Aos jornalistas, Jair Bolsonaro disse: "Ela (Michelle) está com problema de... problema, não, vai fazer uma cirurgia por esses dias aí. Outra coisa, eu vou para pescar também. Geralmente, ela não gostar de pescar, né? Então para ela ir e ficar chateada, deixa ela ficar aqui. Aqui tem o pessoal da Ceilândia, que tá sempre com ela."

Esse "aqui tem o pessoal da Ceilândia que tá sempre com ela" parece meio como quem diz "ela prefere eles da Ceilândia do que passar o ano novo comigo", já que Bolsonaro enfatizou "pessoal da Ceilândia" ao invés de familiares ou parentes dela. Michele nasceu na Ceilândia, cidade satélite do Distrito Federal.

Para um casal que defende tanto a união e os valores da família, não passar a entrada de ano juntos, com um dos conjugues tendo que fazer uma cirurgia e o outro não ficando para lhe acompanhar nesse procedimento médico preferindo passar 10 dias na praia pescando, soa, no mínimo, contraditório. Eu, não viajaria para passar a entrada de ano novo deixando minha mulher em casa com cirurgia marcada. Você viajaria?




COMENTÁRIOS