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SUSPEITA
Não há razão alguma para se federalizar a investigação do assassinato e Mariele.

As versões do porteiro e de Carluxo
E o porteiro do condominio de Jair Bosonaro, que anotou o endereço dele como destino de um dos assassinos de Mariele Franco, e disse em depoimento que alguém se dizendo "seu Jair" autorizou a entrada do carro no condomínio, voltou atrás e falou que se enganou, e que se confundiu por nervosismo no depoimento que prestou à Polícia Civil.

Mas, então, o porteiro se enganou duas vezes, porque ele prestou dois depoimentos em dias diferentes afirmando a mesma versão de que permitiu a entrada do carro com permissão da casa 58, de Jair Bolsonaro. É no mínimo, estranho isso, a pessoa se enganar duas vezes fazendo afirmação tão direta, não é?

Mais estranho, é Bolsonaro acusar sem apresentar qualquer indício de prova, o governador do Rio, Wilson Wietzel, de está conspirando contra ele ordenando que a Polícia Civil incrimine ele ou o seu filho Carluxo Bolsonaro. Um presidente da República não pode acusar um governador de comenter um crime sem que se apresente ao menos indícios do crime. Mas acusar sem provas é típico de Bolsonaro.

Essa semana, vazou informação de que há suspeita de que Carluxo pode ter algum envolvimento com o caso Mariele. Bastou isso, e Sérgio Moro quer federalizar a investigação. Lembrando que a Polícia Federal é subornidanada diretamente a Moro, ministro de Jair. Carluxo, sempre tão ativo nas redes sociais. Tirou suas contas do ar. Sumiu! 

Vale informar que Carluxo informou à Polícia Civil que na tarde em que Mariele foi assassinada estava na Câmara de Vereadres. No entanto, há informação de que ele pediu um Uber, de mensagem efetuada pelo celular dele lá do condomínio em que mora, meia hora depois que os assassinos de Mariele entraram no condomínio. Cabe informar, também, que Carluxo mora no mesmo condomínio do pai - Bolsonaro tem duas casa lá - e era amigo de Ronan Lessa, o vizinho acusado de disparar contra a vereadora.

As informações acima se tratam de fatos. Isso não quer dizer que Carluxo mandou matar ou sabia do que aconteceria com Mariele. Mas são fatos que não impõe que o caso seja federalizado. Isso denotaria interferência do pai presidente em querer proteger o seu filho mais problemático, que não seria surpresa se apresentasse agora a mesma desculpa do porteiro, de que se confundiu, e estava em casa e não na Câmara.


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