Edersen Lima

Pode complicar
Uma denúncia feita ao Ministério Público Federal pode complicar o mandato do vereador Ítalo Otávio, já denunciado por apropriação indébita de salários e diárias de servidores do seu gabinete. Ítalo junto com o deputado Odilon Filho estão sendo acusados de formação de quadrilha em que utilizavam cargos na Assembleia Legislativa, na Codesaima e na Câmara de Vereadores para nomear "gafanhotos".

Denúncia grave
A denúncia feita ao MPF consta dados como nomes de dois servidores de Odilon Filho e de Ítalo Otávio, que supostamente repassavam parte de seus salários, e 100% das diárias que recebiam, bem como recolhiam junto a outros servidores, parte dos salários. Esse dinheiro arrecadado era entregue aos dois políticos. Ver abaixo a acusação feita:

Gaguejou
No sábado passado, Ítalo procurou umaa rádio da cidade, para dizer que processou judicialmente o ex-servidor do seu gabinete. Mas não disse que o juiz do caso, Air Marin Junior, decidiu pela improcedência da ação do vereador por considerar as ações do autor e réu como recíprocas. Ítalo garantiu, gaguejando, aos ouvintes que "eu não faço nenhum tipo de atos ilícitos".

Áudio comprometedor
No entanto, uma gravação em que o vereador Ítalo se vangloria de que "tem" mais de R$ 100 mil em esquema de contratações e repasses de salários, a famosa "gafanhotagem", também consta na denúncia feita ao MPF.
O áudio dessa gravação está no Podcast do Fontebrasil que circula em grupos de WhatsApp.

Se vangloria
"Eu tenho cerca de R$ 13 mil na Assembleia com o Odilon. E agora, cara, com a minha ida para o governo (Suely Campos), eu tenho cerca de R$ 76 mil de cargos. Hoje eu pego mais R$ 10 mil de cargos. Hoje está saindo a nomeação de mais 10. Eu tenho a Habitação da Codesaima com todo o trabalho em cima da Vila Jardim e todos os negócios ali. Eu tenho a rodoviária. Tenho a balsa de Vista Alegre", vangloria-se Ítalo em usar o poder público para nomear cabos eleitorais e ainda rachar dinheiro com eles.

Tem muito o que explicar
Pelo jeito, Ítalo Otávio tem muito o que explicar sobre o que para ele é e não é cometer atos ilícitos.

Violência contra mulher
Dados do Ministério da Saúde divulgados sexta-feira, 6, apontam que o Brasil registra um caso de agressão a mulher a cada quatro minutos. A violência ocorre sobretudo em casa, com agressor conhecido. O tipo de violência aplicada vai desde socos, chutes, a mordidas de seus agressores, ma maioria dos casos, maridos, namorados e amantes.

Amarok
O carro que buscou na Cadeia Pública o deputado Renan Filho, preso pela Polícia Federal em investigação por crime eleitoral, pode ser uma da Amaroks alugadas pela Assembleia Legislativa.

Como funciona
Há 20 anos, policiais e ex-policiais civis e militares passaram a frequentar bairros da Zona Norte e algumas comunidades próximas para propor tipo de segurança coletiva em ruas e quadras dessas areas, cobrando uma taxa de cada residência. Os moradores que não topavam a proposta, estranhamente, passaram a ter suas casas arrombadas e veículos furtados. Era o começo da ação de milicianos que foi aplaudida por parte da população.

No crime
Não demorou muito, as milícias se espandiram em tamanho e em áreas de domínio, passando na maioria delas, a dividir com o crime organizado a renda do tráfico de drogas, fornecimento de gás, e linhas de TV a cabo, chamados de "gato-net".
Em Roraima, alguns bairros já estão sendo "protegidos" por seguranças particulares, já que o poder público não atua onde deveria, onde prometeu em campanha eleitoral, atuar.

Motivo de gozação
Quinta-feira passada cinco vereadores comentavam em tom de gozação sobre apoio externo que recebem para apresentarem e assinarem requerimentos de CPIs.

Batendo ponto
E falando em Câmara de Boa Vista, quem andou nas últimas semanas batendo ponto por lá foi o ex-deputado e ex-futuro conselheiro do TCE, George PF Melo. Ele esteve conversando com os vereadores que assinaram requerimento de criação da CPI do Lixo, que acabou sendo arquivada.
George, que é superintendente de Fiscalização (?), estava na CMBV exercendo em qu~e a sua função?

Não fala nada
Bolsonaro se diz defensor da família, da moral e dos bons costumes. Mas nunca ouvi ele fazer qualquer menção aos funks cariocas nos bailes em comunidades comandadas por milicianos onde se entoa obscenidade, vulgaridade e apologia à violência. Falar em genitália, pregar sexo grupal e esculachar mulheres nesses funks não é atentado à família, à moral e aos bons costumes?

Ingenuidade
Ingenuamente, Antônio Denarium esperava que o jornal do professor de todas as dragagens, Getúlio Cruz, elogiasse uma reforma simples que fez em uma ala da Penitenciária de Monte Cristo. Denarium não sabe que, penitenciária é coisa assim meio não muito importante para o professor. É só lembrar a pentenciária em Caracaraí, que o governo federal mandou recursos quando Getúlio Cruz foi governador biônico do ex-Territorio, e as obras nunca passaram daqueles escombros que estão lá até hoje no município.

Abortar missão
Com Bolsonaro despencando nas pesquisas, seria bom o deputado Nicoleti Buzz Ligthyear repensar a sua candidatura à Prefeitura de Boa Vista.
Primeiro, Buzz não tem muito o que falar sobre feitos e realizações que lhe credenciem virar prefeito, nem como patruleiro rodoviário e muito menos como deputado federal eleito na onda bolsonariana.
 

Corta verba e quer ser prefeito?
Fora isso, como é que Buzz Nico quer ser prefeito, se ele junto com lord Hiran Gonçalves e Shéridan Steffannny, que querem um colocar a mulher na Prefeitura, e a outra ser a prefeita, cortaram o depósito de R$ 30 milhões que estavam pronto para ser efeutado na conta do município, para obras de asfaltamento e drenagem das águas da chuvas em bairros da periferia?

Fura olho
E já que se falou em lord Hiran, aquele boato que ele mandou espalhar que estava sendo cotado para assumir o Ministério da Saúde, deve, essa semana,  chegar aos ouvidos do ministro Luiz Mandetta, que não deverá gostar nada nada dessa história de ter um suposto aliado querendo lhe furar o olho, não é?

Como Bolsonaro deveria ser tratado?
Uma das coisas mais asquerosas que assisti na vida, foi a cusparada que Jean Wyllys deu em Jair Bolsonaro no plenário da Câmara. Outra cena envolvendo a dupla de ex-colegas de parlamento que achei de uma babaquice tamanha, foi Wyllys levantar da sua poltorna dentro de um avião porque coincidentemente, Bolsonaro tinha assento ao seu lado.

Sempre vi Bolsonaro como um fanfarrão reacionário. Aquele que fazia apologia à ditadura militar. Que homenageava com voto o torturador da presidente que ele votava o impeachment. Que afirmava que preferia um filho morto do que gay, e por aí vai...

Mas diante do Bolsonaro presidente, que continua sendo o que sempre foi, a coisa muda de figura. Exige-se compostura. Bolsonaro não é mais um deputado do baixo clero que não fazia nada além de fanfarrices e discursos intolerantes contra gays e comunistas, como se pra ele, no mundo não pudessem existir gays e comunistas. 

O que mudou é que Bolsonaro agora é presidente do Brasil, e de um chefe de uma nação não se espera coisa que se reprova facilmente se for dita ou feita pelo mais simples dos mortais, como elogiar a ditadura que matou o pai de uma ex-presidente do Chile, ou debochadamente, avisar ao filho de um desaparecido há 40 anos pelo regime militar no Brasil, que sabe quem matou o pai dele.

Não são coisas de um fanfarrão reacionário. São coisas de gente baixa que se amparando no poder que todo fascista adora, opera ainda mais baixarias e abusos. São coisas de gente vil. Perversa. Desumana.

Continuo achando asqueroso e babaca aqueles atos de Jean Wyllys, mesmo sabendo que Bolsonaro o provocou na hora da votação do impeachment de Dilma chamando-o de "boneca", e que chegou gravando com celular na mão quem ele sentaria ao lado no avião. Wyllys caiu na malandragem de Bolsonaro, que seus fãs, adoram. Pessoas que adoram malandragens.

Mas acredito que muitos que não gostaram da cusparada e da intolerância dentro do avião, estão agora dando razão a Jean Wyllys, porque pra muita gente é assim que todo desumano, vil, e perveso que vive na malandragem deve ser tratado.