Festa e subsídios sem retorno
Já disse aqui - e as notícias comprovam - que Antônio Denarium, depois de fechar escolas, não é governador da Educação, e sim, pelo o que ele destaca semanalmente, é governador de investimentos, de dinheiro, e do agronegócio ramo que ele lucra tanto. Denarium não fez fortuna com estudos ou sala de aula, e sim, emprestando dinheiro a juros altos. Não à toa seu nome é Denarium, que significa "dinheiro" em latim.
Ontem, "Dinheiro" abriu um evento voltado para o agronegócio. Voltado para um ramo que ele fatura. E como é bom poder juntar estrutura pública mais o apelo de ser governador de um estado, e assim chamar mais investidores, com interesses próprios de investimento maior nos seus negócios. Denarium fazendo dinheiro. Dinheiro fazendo denarium.
Como coadjuvantes do evento, os produtores do estado, em especial, a turma amiga do governador Dinheiro: os plantadores de soja e milho, que a gente pergunta: qual o retorno em recursos, em empregos e geração de renda além do lucro deles, essa turma gerou para Roraima em 20 anos, lembrando que essa turma tem subsídios do estado, ou seja, não pagam certos impostos, recebem créditos, dinheiro público. Mas alguém tem que arcar com esses subsídios, e quem arca? Você, amigo leitor.
Em campanha, Denarium ou Dinheiro, prometeu uma nova forma de se fazer política e de governar. Ele não mentiu. Implantou uma nova forma, sim, a de beneficiar de maneira mais robusta, quem estava de fora das benesses dos governos passados, porque essa gente, com os subisídios que o contribuinte banca, já mamava. Mas gerar empregos, renda e impostos para o estado, nadica de nada.
Ontem Denarium ou Dinheiro abriu uma festa pra ele e seus amigos, que você, com os subsídios, bancou.
Frutuoso tem razão
O vice governador Frutuoso Lins rompeu com Denarium justamente por ele dar mais atenção e prioridade ao agronegócio do que às ações sociais. Difícil, mesmo, o HGR vivendo há meses o caos da falta de tudo, e o "barato" do governo ser festa.
Garoto propaganda
“O governador é garoto-propaganda do agronegócio, trazendo grandes empreendedores de fora para comprar as terras de Roraima. A gente vê ação do governo para tratar de festa, todas as secretarias unidas para fazer a festas. Se nós estamos com dois decretos de calamidade não é hora de festa. É hora de usar essa força governamental para cuidar das pessoas”, comentou o vice governador.
Coisa feia, deputada
A deputada Betânia Medeiros não nega a assessoria que tem. Assessoria essa que posta uma coisa, e horas depois retira do ar assim que o "cala-boca" saiu. Ontem, a deputada quis desmentir o que havia dito a uma repórter da Folha de B, Vista. Coisa feia.
Vai negar as selfies?
Betânia ira também negar as selfies que enviou no ano passado, que a sua atual assessoria postou e depois - como de hábito - retirou, na campanha eleitoral do ano passado?
Fizeram bem
Os deputados fizeram bem à sociedade em derrubar três vetos do governo a projetos que, garante atendimento prioritário de crianças e adolescentes em delegacias; o de transparência à lista de espera dos pacientes que aguardam por consultas, exames e cirurgias pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ous eja, o cidadão pdoerá acompanhar como está o andamento do seu atendimento; e o que criar benefícios a doadores de sangue.
Derrubou prazo
O Senado derrubou a proposta de emenda constitucional que impõe prazo de até nove meses em pedidos de vista de ministros do Supremo. A PEC recebeu 38 votos favoráveis e 15 contrários. Como o quórum para a aprovação é de três quintos dos senadores (49 votos favoráveis), o texto acabou sendo rejeitado, após a mudança da orientação do governo, que recomendou o voto contrário dos senadores.
O motivo
Com Flávio Bolsonaro com a corda no pescoço graças aos investimentos imobiliários que fez e mais a assessoria do "laranjão" Fabrício Queiroz, lógico que a orientação do governo seria a de deixar ao "Deus dará" as vistas pedidas por ministros.
Telmário apoia
Quem assinou a derrubada do prazo para pedido de vistas foi Telmário Mota, que há dois anos tem aquele seu inquérito em que a Procuradoria da República o acusa de espancar uma amante 40 anos mais nova, empoeirando no gabinete de Gilmar Mendes.
Chicotadasde 2019 remetem à escravidão
Ontem comentei no Facebook as cenas em que um menor de 17 anos, negro, despido e amordaçado, foi chicoteado depois que tentou roubar uma barra de chocolate em um supermercado de São Paulo.
A covardia de dois seguranças que agiram com a passividade ou com ordem da gerência do supermercado para praticarem violência igual igual à aplicada aos escravos negros do país, perde feio para aqueles que apoiam esse ato, alegando coisas absurdas como "quem mandou ele roubar?".
O fato de colocar no meu texto que um jovem negro foi chicoteado levantou questionamentos do porquê e qual necessidade de ter feito essa referência, e aqui, quero me fazer entender, em especial às pessoas que não entenderam que, por vício do jornalismo e mais por estilo e liberdade de expressão, informei a cor da vítima pela forma como foi torturada pois sendo negro, sendo chicoteado, me fez lembrar o castigo que escravos negros sofriam no Brasil. Coisa que os brasileiros jamais devem esquecer.
O negro no Brasil é visto em alguns pontos como minoria. Minoria com ganhos acima de cinco salários mínimos, mas maioria em casos de violência. Minoria nos cursos superiores e em grau de escolaridade, mas maioria no número de assassinatos. E toda violência que envolva uma minoria, no jornalismo, é corriqueiramente destacada.
O que me chama a atenção é que, no texto, pra essas pessoas incomodadas com o termo "negro, 17 anos", outras considerações que fiz não foram observadas, como crime nenhum justifica o justiciamento, que a covardia que se vê no vídeo só os sádicos, só gente perversa tem o prazer de gravar pra depois assistir e mostrar aos amigos, e que isso tem que gerar punição severa do poder público.
Não chamou atenção o que disse sobre aplaudir uma coisas dessas ou simplesmente deixar pra lá, é alimentar uma sociedade em que um filho, um irmão ou um parente pode sofrer igual tratamento. Porque isso é descontrole e desequilíbrio agindo juntos. E o resultado disso nunca será o de não haver dor e abuso. Que isso não é coisa nem de animal, porque animal nenhuma tortura outro. Só os desumanos fazem isso com outras pessoas.
O que pegou e foi reprovado por duas pessoas foi que, sobre esse triste fato, o castigo dado a negros na escravidão foi lembrado. Eles reprovam a relação feita de um negro, amordaçado e nú sendo chicoteado em 2019, com o escravos negros que foram chicoteados no passado.