- 03 de julho de 2025
Não tem outro jeito
Vocês que há três anos convivem com a crise imigratória de venezuelanos, que 4ocupam quase a metade dos atendimentos e leitos médicos do estado, que respondem por, pelo menos, 30% do crescimento do índice de roubos e assaltos, se preparem para mais tolerãncia e paciência.
A curto e médio prazo, não há nenhuma perspectiva de que o número de refugiados seja reduzido em Roraima. Até porque, a cada dia, em média, cerca de 500 venezuelanos entram no estado de forma oficial e clandestina. E o governo federal não tem em prática ação maior que a que vem desenvolvendo de transferir algo de 200 venezuelanos por semana para outras cidades.
É uma conta que não bate. É uma canoa furada em que para cada litro de água jogada para fora dela, cinco entram. A solução pra esse problema, só com ajuda internacional de grande porte ao governo de Nicolas Maduro, ou ação militar que o deponha do poder. Porque a saída é fazer com que os venezuelanos retornem para suas casas. Só que do jeito que a Venezuela se encontra, sem comida, sem segurança, e com perseguições, mais venezeulanos fugirão de lá.
Cabe explicar que, imigrante, é quem deixa seu país por livre vontade. Refugiado, é aquele que foge do seu país por medo da morte, seja ela por causa de guerra, seja ela por falta do ítem mais básico de sobrevivência: comida. E sem comida do lado de lá, mais e mais venezuelanos entrarão em Roraima.