00:00:00

Edersen Lima

O que foi feito um mes depois da denuncia na Saude?


Um mês 
Essa semana completa um mês que o ex-secretário de Saúde, Aílton Wanderley, denunciou situação de "corrupção sistêmica" no setor, e que o gasto com pessoal, empresas terceirizadas e prestadoras de serviço que atendem indicações políticas e contratos com empresas de políticos, inviabilizam o orçamento da Saúde o que faz com que "não sobre nada para investir no sistema público".


No mínimo, atenção
A denúncia foi feita por um médico respeitado pela sociedade, além de ter sido chefe da pasta da Saúde, ou seja, merece, no mínimo, atenção dos órgãos fiscalizadores como a Assembleia Legislativa, Ministério Público Estadual, e Tribunal de Contas do Estado.


Todas as semanas
A imprensa fez e faz a sua parte mostrando todas as semanas o caos em hospitais e centros medicos, com a falta de remédios e medicamentos, falta de médicos, higiêne, acomodações, fornecimento falho de alimentação e outras queixas graves de pacientes.


O que fizeram?
Passados quase 30 dias, quais as providências efetivas, de fato, e não as de discursos, de promessas da boca pra fora, foram tomadas por promotores de Justiça - lembrando que há uma promotora especialmente ligada às questões da saúde pública há anos atuando na área -? O que de efetivo fizeram deputados e conselheiros do TCE?


Hiran e Jonatan
 

O que fizeram os deputados Hiran Gonçalves e Jonatan de Jesus, que são médicos, desde que Ailton Wanderley denunciou que empresas de deputados e senadores comprometiam o orçamento da saúde pública?

 


Amontoado de blablablás e trololós
Declarações, protestos e criação de comissões disso e aquilo se mostram, comprovadamente, apenas um amontoado de blablablás e trololós em relação À realidade de caos, de desleixo e irresponsabilidade com que a área da saúde pública é tratada por essas autoridades.


Quantos punidos?
Quantos governadores, ex-secretários, diretores e médicos foram processados judicialmente ou responsabilizados administrativamente por todo o descaso nos hospitais de Roraima que são de conhecimento público há quase uma década?


O que diz o MPE?
"Enquanto forem permitidas empresas de deputados estaduais, federais e senadores vendendo serviços dentro da secretaria. Enquanto for permitido uma cooperativa distribuindo plantões a quem não trabalha; enquanto forem permitidas famílias com poder político vendendo serviços dentro da secretaria; enquanto forem permitidos médicos concursados vendendo serviços para a secretaria; enquanto for permitido judicializar procedimentos para beneficiar um grupo de pessoas; haverá corrupção", denunciou Aílton Wanderley, e o que o MPE fez a partir dessas denúncias?


Perderam aulas
Será que esse pessoal que estudou Direito, perdeu as aulas sobre improbidade administrativa e crimes de responsabilidade na esfera do serviço público? Só pode. 


Cada dia melhor para as autoridades
No mais, é ver as denúncias graves e pontuais de Ailton Wanderley caírem no esquecimento, e ver o governo do estado gastar dinheiro do contribuinte pagando milhões de reais em propaganda e veiculação de que a saúde pública em Roraima está "cada dia melhor". Melhor para deputados, promotores de justiça e conselheiros do TCE, que têm planos de saúde bancados também pelo contribuinte.

Últimas Postagens