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Edersen Lima

Melhorar relações Brasil e Portugal


Melhorar relações Brasil e Portugal
é objetivo de Frente Parlamentar

Os brasileiros são maioria entre os alunos estrangeiros, cada vez mais presentes em Portugal. Em 2017, segundo a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência de Portugal, entraram 12.245 brasileiros de 42.564 estudantes internacionais inscritos —12% a mais que em 2016, e simplesmente o dobro do início da década.

Sou, entre milhares de pais brasileiros, mais um que tem duas filhas - uma fazendo mestrado em Urbanismo Sustentável na Universidade de Lisboa, outra cursando Belas Artes na Universidade do Porto -, e que aproveitou os dois anos que morou em lá, para fazer o modulo de Roteiro de Cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa

Pois bem, essa demanda cada vez mais crescente de brasileiros que estão cruzando o Atlântico atrás de curso superior, mestrado e doutorado em universidades que estão entre as 10 melhores da Europa, foi um dos motivos da primeira reunião de membros da Frente Parlamentar em defesa da nossa Língua Portuguesa, que ocorreu na embaixada portuguesa, em Brasília, quando foi apresentado o plano de trabalho desse grupo.

"Discutimos uma proposta da agenda de intercâmbio nas áreas da educação, migração, assuntos sociais e comércio. Sugeri o aprofundamento de estudos sobre o processo de reconhecimento automático dos diplomas de pós-graduação stricto sensu, mestrado e doutorado. Há muita dificuldade na revalidação dos diplomas dos nossos profissionais, expedido por instituições estrangeiras", disse o deputado Haroldo Cathedral, que em 2017, esteve duas vezes em Lisboa e Porto, tratando com grupo de diretores de universidades, entendimentos na facilitação do intercâmbio de ensino superior entre os dois países.

De acordo com Haroldo, o embaixador Jorge Cabral, foi bastante receptivo com as sugestões apresentadas. A criação de um grupo com a participação de educadores e representantes do Ministério da Educação será formado a fim de dar seguimento ao convênio de revalidação automática. "Essa é também uma excelente forma de fomentar o intercâmbio e o turismo entre o Brasil e Portugal", concluiu o deputado roraimense.

Como pai de estudantes brasileiras, eu sugiro ao grupo que será formado, analisar proposta de equiparação de valores tanto em cursos de graduação, como mestrado e doutorado. Há uma discrepância enorme entre quanto paga um aluno da União Européia com o valor que o brasileiro, povo que tem ligação histórica na sua formação com Portugal, pagar até seis vezes mais.

Coimbra, por exemplo, onde estudam cerca de 2.000 brasileiros, é a universidade de Portugal mais cara para não europeus. Um mestrado que custa € 1.063 euros por ano para nascidos da União Européia salta para € 7.000 para os de fora, para os brasileiros. Analisar essa descomunal diferença, é uma sugestão.

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