- 03 de julho de 2025
Sinal de alerta e chabú do Abrindo Caminhos
A eleição do ano passada serviu de alerta máximo para três políticos de Roraima: Jalser Renier, Telmário Mota e Shéridan Steffanny. Os três obtiveram votações muito muito abaixo do que esperavam. Telmário Mota, por exemplo, foi a votação mais vergonhosa e humilhante da história de Roraima. Como candidato ao governo, ele teve menos votos que os dados para brancos e nulos. Ou seja, o eleitor preferiu votar em ninguém do que votar nele.
Shéridan, de 36 mil votos em 2014 conquistou apenas 12 mil. Se elegeu porque teve Anchieta pedindo prioritariamente votos para ela. Ou seja, dois de cada três eleitores que votaram nela em 2014, se decepcionaram pela falta de trabalho, de resultados ou pelas postagens amorosas dela dedicadas não a Anchieta, mas um "bilú magia" filho do prefeito de Manaus.
E Jalser Renier, todo poderoso presidente da Assembleia Legislativa, que em levantamento feito pela Coluna sobre as nomeações na ALE e em seu gabinete nos últimos quatro anos, suspeita-se que tenha nomeado algo em torno de 1.000 aliados e cabos eleitorais nas demais estruturas da Casa, em especial, o Abrindo Caminhos. E é sobre o sinal de alerta que o eleitor apertou para Renier, que eu comento hoje.
Para quem esperava conquistar 15 mil votos, chegar a 8.004 votinhos, é muito pouco diante da estrutura que tinha em suas mãos. Então, onde Jalser Renier errou? Errou pela postura mecânica de político preocupado com o social. Pais e alunos que foram atendidos pelo Abrindo Caminhos, por exemplo, enxergaram alí um projeto eleitoral de Jalser, e não uma ação social de quem dá sem esperar nada em troca.
Jalser errou pela bipolaridade política. Uma hora seria enérgico e fiscalizador com o fracassado governo de dona Suely Campos, noutro momento, era seu maior aliado. Não fez a lição de casa que seria o de defenestrar a governadora com sua parentada bem atracada nas tetas do governo. Preferiu composições e acordos não divulgados que mantiveram ela no governo. O eleitor reagiu a isso com indignação, mesmo o eleitor atendido pelo Abrindo Caminhos.
Jalser errou, e continua errando em manter como conselheiros e estrategistas, gente desinformada, despreparada e incompetente junto a sua forma de se expor e se comunicar. Sim, a comunicação social de Jalser Renier foi e é um fiasco. E graças a esse conjunto de incompetências ele manteve a postura e a imagem de arrogante e prepotente como político; e de desequilibrado, violento e covarde com a prefeita Teresa Surita. Os 8.004 votinhos comprovam isso.
Comprovam que a comunicação social não lhe deu frutos. Jalser conquistou meros 8.004 votos sendo o todo poderosos presidente da ALE, porque gastou muito e tinha cerca de 1.000 pessoas empregadas querendo manter seus empregos, ou bocadas, pois desconfia-se que muitos desses servidores que engrossam a folha de pagamento da Assembleia, não trabalhem. Repete-se: votaram nele para que continuem na folha de pagamento da ALE.
Sem ironia, querem um exemplo de suspeita de "assombração" na Casa do Povo? A veterana colunista social Shirley Rodrigues, irmã da assessora de imprensa de Jalser, Elissan Paula, que, ou é muito discreta e ninguém viu ou vê a hora que chega e sai do trabalho na Superintendência de Fiscalização, ou é "fantasma" que custa mais de R$ 6 mil por mês no bolso do contribuinte.
Quer um conselho, Jalser Renier?
Mude. Troque urgentemente esse seu time de estrategistas políticos e a "linha editorial" da sua comunicação ruim. Está mais do que provado que essas "cartas" como os valete Andreive, o curinga Azamba, e a rainha de ouro Elissan, não dão "mão de jogo". Retome a simplicidade de antes - bem antes -, que contrasta completamente com a arrogância, prepotência, e carisma mecânico de produto mal acabado que até o eleitor beneficiado pelo Abrindo Caminhos, rejeitou.