- 03 de julho de 2025
Sem negação
Não tem como Jalser Renier e dona Suely Campos negarem que há uma proposta de renúncia para ela, que é de altíssimo interesse dele, mas que a governadora condiciona aceitar tendo uma das vagas do Tribunal de Contas do Estado para uma das filhas dela.
Sem garantia
A família da governadora seria contra a renúncia com suposta alegação de não confiarem no cumprimento desse acordo. Para nomeação de qualquer pessoa para a vaga existente no TCE há um processo que levaria no mínimo 30 dias. E em 30 dias, com dona Suely fora da cadeira, sem caneta e sem poder, qual garantia que os deputados seguiriam o que Jalser por ventura acordasse?
R$ 600 milhões
Em jogo, estão R$ 600 milhões em empréstimo do Instituto de Previdência do Estado, que estariam na conta do governo para pagamento do funcionalismo que em algumas categorias está com três meses de atraso, isso, com Jalser Renier assumindo o governo.
Abuso político e financeiro
Por outro lado, na questão política, Jalser governador não dispensaria usar essa força de efetuar o pagamento dos servidores do estado, mesmo que simbolicamente, a favor do seu candidato ao governo, Anchieta Júnior. O que, a Coluna já adianta, com certeza, seria motivo de questionamento jurídico-eleitoral por parte de Antônio Denraium, por abuso político e financeiro do governo a favor de Anchieta.
Operação em morte
Com dona Suely sendo travada pelos filhos em renunciar. Com Jalser Renier sendo antecipadamente monitorado pelos advogados de Denarium em sendo governador usar o governo para eleger Anchieta, e com isso colocar em risco a operação "Salva Bilulão", é provável que toda a articulação feita até aqui, morra.
É quem paga o pato
Resultado disso é que o servidor poderá ficar mais tempo com salários atrasados.
Chico, Mecias e a sombra de Jucá
Das promessas feitas por Chico Rodrigues e Mecias de Jesus durante a campanha eleitoral, quais eles se comprometem que vão realizar já em 2019, e quais promessas deverão levar dois, três ou mais anos para serem cumpridas?
Tanto Chico quanto Mecias foram eleitos com parcela considerável do voto de mudança, e do voto de eleitores que apesar de reconhecerem que Romero Jucá é o político mais atuante do estado, não votaram nele levados pelo fato dele ter sido citado na Lava Jato, mesmo com o MPF já tendo arguivado mais da metade dessas acusações.
Assim sendo, inevitavelmente, Chico e Mecias terão sobre eles durante todo esse mandato a sombra de Romero Jucá. Nem Chico e nem Mecias serão avaliados e julgados pelo eleitor tendo Telmário Mota como parâmetro. Telmário é nivelado muito por baixo, é só olhar o resultado dessa eleição em que ele ficou em último para o governo, perdendo até para os votos Nulos.
O eleitor irá medir a atuação de Chico e Mecias pelo o que eles deixaram de eleger, nesse caso, Romero Jucá, que é referência de político operacional, e que gregos e troianos reconhecem que ele é um dos políticos mais influentes do país.
A imprensa que acompanha a Política em Roraima irá avaliar a atuação dos novos senadores. As redes sociais, com certeza, serão envolvidas nesse processo e cobrará implacavelmente que Chico e Mecias dêem o retorno esperado aos votos que receberam.
O eleitor vai querer ver o mesmo volume de recursos que Romero liberava para o estado caindo na conta dos municípios. Os prefeitos do interior vão exigir a mesma atenção e operacionalização que Romero dispõe. O cidadão vai exigir o fim dos cortes de energia. Vai exigir medicamentos nos hospitais. O pessoal do interior, vai querer ver ambulâncias, remédios, médicos, melhorias nas vicinais, incentivos agrícolas, transporte escolar funcionando, e demais promessas feitas pelos dois, cumpridas.
Se Chico e Mecias, que venceram a eleição para o Senado, não começarem a realizar já em 2019 o que prometeram, vão se tornar os principais cabos eleitorais de Romero Jucá para 2022. Chico e Mecias vão confirmar que o eleitor não só errou e foi injusto nessa eleição, vão confirmar que o eleitor roraimense se iludiu com eles.