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Edersen Lima

Está enganado


Está enganado
Quem acha que Romero Jucá está na rua da amargura por não se reelegeu, está completamente enganado. A vida é feita de vitórias e derrotas. É o curso natural da das coisas. Mas, no caso de Romero Jucá, deixar de ser senador, porém presidindo o PMDB, é continuar sendo a maior opção de apoio no Congresso que nenhum presidente pode descartar.


Avalista
Ao longo de 30 anos, o PMDB é avalista de todos os governos. E quem sabe o que significa a palavra avalista, quem já teve que pedir de algum amigo ou parente o favor de endossar e se colocar responsável por contratos de alguel ou de empréstimos, sabe muito bem o que isso significa: parceiro fundamental.


Capacidade
Romero Jucá não foi à toa líder dos governos Fernando Henrique, Lula e Dilma. Sua enorme capacidade de articulação e composição dentro do Congresso é de conhecimento geral. Reconhecimento até dos adversários.


Sócio preferencial
Romero Jucá vai deixar o gabinete que tem no Senado, e vai se ocupar com mais tempo e efetividade um andar inteiro do prédio do maior partido do país. Do partido que é visto como sócio preferencial de todos os governos. Porque sem o PMDB aliado, é quase impossível governar o país, seja Lula, Ciro, Alckmin ou seja qualquer bravateiro que o povo coloque na Presidência.


Até breve, Angela
Eleição é isso, vencer e perder. Para quem vence, é uma alegria enorme, uma satisfação que só o gosto da vitória proporciona. Para quem perde, e sabe perder, a derrota não é nenhum fim do mundo. A Filosofia está aí para ensinar que são nas derrotas e nas dificuldades que o ser humano mais aprende, melhora, cria e cresce.

Tenho certeza que o resultado dessa eleição não terá o sabor de derrota para a senadora Angela Portela, mas de engrandecimento e amadurecimento. De preparação para próximas eleições. Além de nova e com saúde, Angela tem tudo para se fortalecer e encarar qualquer cargo que venha disputar.

E Roraima, não tem como se dar ao luxo de abrir mão de uma política assim, que sempre se mostrou dedicada e batalhadora. Da mesma forma e modo, Angela não deve abrir mão de colaborar com o estado, de empenhar toda a experiência adquirida em 12 anos na Câmara e no Senado. Anos de trabalho que lhe dão qualidade no que se disponha a fazer.

Em 2010 quando foi candidata ao Senado, Angela me disse que, se por ventura não se elegesse, "tudo bem, volto a dar aula com todo o prazer, adoro ser o que sou: professora". 

Quatro anos passam rápido, Angela, e Roraima precisa de gente como você. Não sou eu que penso assim, é o povo que lhe conhece e que vai que lhe dizer isso, e lhe cobrar para voltar. Isso é só um até breve.


1000 dias de campanha
Com uma campanha franciscana, numa caminhada de 1000 dias - iniciada há três anos -, o ex-governador Chico Rodrigues, fez a campanha mais bonita dessa eleição. Não atacou ninguém, mesmo tendo uma rádio que reina sozinha em todo Sul do estado; não prometeu e se comprometeu a mais do que disse que podia cumprir; e obteve a maioria dos votos pelos anos em que, através da Fundação Chico Rodrigues, atendeu milhares de pessoas no tratamento médico e odontológico


Haroldo deu show
O professor Haroldo Campos, o Haroldo Cathedral, deu um verdadeiro 'baile' nessa eleição. Foi o mais votado para deputado federal, vencendo os deputados Jonatan de Jesus, Édio Lopes e Hiran Gonçalves que contaram com fundo partidário e toda estrura que montaram há 12 e quatro anos, e ainda deixou seu principal concorrente, Otaci das Pensões, que contou com apoio integral do presidente da ALE, Jalser Renier, bem atrás.


Reconhecimento e gratidão
Haroldo obteve o voto do reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelas ações sociais da Faculdade Cathedral, por gratidão de milhares de estudantes que não foram impedidos de estudar e colar grau em sua facudade, mesmo com mensalidades atrasadas e com o não pagamento de bolsas pelo governo do estado; e pela renovação que o eleitor entendeu ser possível com Haroldo.


Apanhou feito garnizé 

Eu disse que Telmário Mota iria levar uma pisa das urnas,
e levou. Vergonhosamente, ele icou atrás até de Fábio Almeida

do PSOL. Telmário apanhou feito um galo garnizé que enfrenta
um galo de combate bombado. 


Abaixo do esperado
A votação do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jalser Renier, reeleito com 8.401, foi abaixo do esperado por seus correligionários. Jalser teve um crescimento de 19% em relação à votação que obteve em 2014, o que é considerado pouco sendo ele o comandando a ALE, que implantou inúmeros projetos sociais e que investiu pesado em comunicação social e marketing, e consumiu, só no ano passado, mais de R$ 200 milhões em orçamento.


Comunicação não funcionou
Era esperado que Jalser Renier obtivesse algo em torno de 12 mil votos, isso por causa da estrutura que ele montou para sua reeleição, com comitês e apoiadores trabalhando pra isso em todos os municípios do estado. No entanto, apesar do trabalho social, da montanha em recursos destinados ao marketing e comunicação para divulgação dos feitos da sua presidência, ficou claro que essa comunicação não funcionou, não causou a empatia pretendida.


Xingú presidente
Segundo mais votado, o deputado Jânio Xingú, teve votação quase que 50% a mais da conquistada em 2014. Com 6.132 votos, Xingú, pode ser a opção de Antônio Denarium para a presidência da Assembleia, embora todos saibam da proximidade que Xingú tem com Jalser Renier, que naturalmente será de novo candidato a chefe do Legisativo.
Porém, amigos amigos, presidência da ALE à parte, diz o ditado. 


Revoltado com Anchieta
Mas, ontem, durante as comemorações de sua reeleição, Jalser Renier foi duro e direto ao mandar recado para Anchieta Júnior. Revoltado com a "deputadazinha Shéridan", como ele chamou a mulher de Anchieta, por ela ter desagregado o grupo atuando contra o senador Romero Jucá, Jalser avisou: "Foi uma campanha difícil, em que o próprio grupo nos agredia. Hoje, não temos um senador eleito por causa de uma deputadazinha chamada Shéridan. Olha, Anchieta, você fez a tua mulherzinha fazer com que o meu senador perdesse a eleição. Te prepara que vem troco, meu irmão. Te prepara!".


Toma-lá-dá-cá
A declaração de Jalser, sinaliza que ele não apoiará mais Anchieta, podendo desembarcar no grupo de Denarium. E como política é a arte do entedimento e do toma-lá-dá-cá, é natural e compreensível que o presidente da Assembleia condicione apoiar o concorrente de Anchieta, desde que ele não interfira na eleição da Mesa Diretora da ALE.


Saiu menor
Anchieta, como se viu e vê, saiu menor do que ontem quando tinha a seu favor a pesquisa Ibope que lhe dava possibilidade de eleição no primeiro turno. Levou um cruzado do eleitor que optou pela renovação na política. E pode ser nocauteado por Jalser.


Mulheres na ALE
Como a Coluna antecipou, a ALE quebrou recorde no número de mulheres eleitas para uma Legislatura: Aurelina Medeiros, a decana da Casa, Ione Pedroso (Solidariedade) a mais votada entre elas, Aurelina Medeiros (Podemos), Betânia Medeiros (PV), Tayla Peres (PRTB), e Lenir Veras Lutsgards Rodrigues (PPS).


Deu ruim,
George Melo

E também como a Coluna antecipou a preocupação do deputado George PF Melo, que sentia que sua "batata estava assando", ficou de fora. Cai com ele, a estratégia de desgastar politicamente e até moralmente adversários dele, executada sem medida e limite por sua assessoria informal para assuntos de Facebook. 

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