- 03 de julho de 2025
Quer controlar Lava Jato
Pra quem desconfiava que o juiz Sérgio Moro quer manter o controle absoluto sobre seus julgamentos na Lava Jato, a disposição dele ontem em, mesmo estando de férias, esquecer que há juiz substituto e há juiz plantonista, para se oporem à decisão de um desembargador Tribunal Regional Federal da 4 Região, em Porto Alegre, que acatou pedido de habeas corpus para soltura de Lula, pode ter certeza que o nosso herói nacional parece, sim, querer controlar o que decide na Lava Jato.
Não tinha atribuição
Independente que a decisão do desembargador Rogério Favreto ser esdrúxula e absurda em se amparar no argumento de que o objetivo da sua decisão foi garantir a liberdade de um pré-candidato para se manifestar em atos de pré-campanha, Moro não era autoridade competente no caso, não tinha atribuição de responder sobre a decisão de um superior seu. Quem tem essa prerrogativa é a juíza da 12º Vara de Execução Penal de Curitiba.
Cabo eleitoral de Lula
Agindo assim, com tanta disposição - estando no gozo de suas férias -, Sérgio Moro alimenta o discurso de petistas e de outras pessoas que não são petistas mas enxergam nesse voluntariado uma intromissão, um desgaste, um incremento às suspeitas de que se trabalha em conluio para que Lula fique preso.
Agindo assim, Moro vitimiza ainda mais Lula perante seus seguidores, engrossando o discurso de perseguido político que o ex-presidente vende para o país e para o mundo.
Dono da bola
Moro não precisava meter a sua mão nessa cumbuca. Mas pelo visto, ele faz questão de mostrar que é o dono da bola na Lava Jato, e pronto.
Exemplo em Poncio Pilatos
Amigo leitor, nada disso teria ocorrido se a Constituição fosse seguida. Não consta nela a tal prisão em segunda instância, e sim, cumprimento de prisão após trânsito e julgado. Está lá no inciso 57, Artigo 5º. Lula não deveria estar preso. As regras do jogo foram modificadas com a partida em andamento para agradar a opinião pública. E justiça não se faz sob pressão popular. Exemplo maior disso, foi o julgamento presidido por Pôncio Pilatos, em que atendeu o júri popular movido pela pressão do público.
"Suicídio acontece, pessoal pratica suicídio”
Sexta-feira passada, em entrevista à jornaista Mariana Godoy, Jair Bolsonaro encenou o que mais gosta, o seu cinismo cívico. Disse que não sabe se o jornalista Vladimir Herzog foi assssinado ou não dentro de um quartel do Exército em 1975 durante o regime militar que ele defende. E afirmou: "Suicídio acontece, pessoal pratica suicídio”.
Exercício do cinismo
A imagem ao lado não deixa dúvidas sobre a morte de Vladimir Herzog, de joelhos, enforcado, e o Exercito diz que se suicidou. Como alguém conseguiu se enforcar de joelhos desafia as leis da física. Porém, isso que parece convencer a "inteligência" de Bolsonaro, ou simplesmente ele libera seu cinismo em negar o óbvio, o fato, que colegas militares executaram o jornalista covardemente, como comprovadamente e assumidamente executaram outras pessoas, estudantes, pais de família, mulheres, ou seja, quem eles considerassem perigos para a ditadura.
Piada
Bolsonaro disse que não estava lá para confirmar se Vladimir Herzog foi torturado e assassinado, ou só torturado, isso porque, marcas de tortura em todo corpo de Herzog foram verificadas e constam no laudo da sua morte.
Lamenta
O candidato que defende a sociedade armada, que disse que preferia ter um filho morto em acidente de trânsito do que gay, comentou que lamenta a morte do jornalista, mesmo não sabendo em que circunstância ela ocorreu. O Brasil foi condenado por unanimidade semana passada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos pelo assassinato de Herzog.
Senso do ridículo
Em outro trecho da entrevista, Bolsonaro diz que um povo armado nunca se submeteria a uma ditadura, ou seja, se o brasileiro estivesse armado em 1964 o golpe militar não teria ocorrido. Dá para imaginar o tamanho da asneira que esse senhor fala sem qualquer senso de ridículo?
Histórico
Bolsonaro ser um oportunista dos mais baratos que pode se tornar nocivo à toda a Nação, é uma coisa. Outra coisa é a falta de memória, de estudo, de conhecimento e de discernimento do eleitor que ele convence como sendo salvador da pátria propondo a volta de sistema parecido ao da ditadura militar; sendo processado por crimes de racismo, por homofobia, e sem explicar como enriqueceu seu patrimônio de forma a fazer inveja a Mecias de Jesus e Shéridan de Anchieta.
Igual com iguais
Bolsonaro me lembra o Collor, que prometia acabar com a corrupção e com os marajás. Ele promete a mesma coisa. Só que Collor, pelo menos, não era tido como racista, homofóbico e que desfrutava de benesses pagas pelo dinheiro público, como o auxílio moradia, "para comer gente". Nesse caso como um todo, quem diz que votará em Bolsonaro, é porque faz ou quer fazer igual a ele.
Posteridade
Na Vila Félix Pinto, Romero Jucá, Cláudia, e Maria de Lourdes.
R$ 1 bilhão com auxílio-moradia
Enquanto o STF não toma uma decisão sobre o auxílio-moradia para juízes, o benefício continua saindo dos cofres públicos e, até agosto, deve atingir quase R$ 1 bilhão (R$ 973,5 milhões) gastos em 2018, revela o Estadão.
Fux sentou em cima
Ainda não está definido se o tema vai entrar na pauta do Supremo, mas o ministro Luiz Fux avalia discutir a possibilidade de incorporar o auxílio nos salários dos magistrados, ele é o relator da matéria desde 2014. A presidente Cármen Lúcia já indicou ser contrária a incluir a proposta no reajuste do Judiciário.
Sobre derrotas
A derrota ontem da seleção, que passou a ser a maior favorita depois das oitavas de finais, me fez lembrar outras derrotas de favoritos. Mas favoritos na política, afinal, esse espaço não é dedicado a comentários esportivos e sim, políticos. Ottomar Pinto e Teresa Surita, os maiores nomes políticos de Roraima perderam eleições em que eram favoritos, mas venceram os pleitos seguintes em parte, por reconhecimento do eleitor de que eram os melhores para os cargos que disputavam. E por outro lado, pelo eleitor fazer um mea culpa em ter votado em quem não cumpriu as promessas feitas.
Mudanças e arrependimentos
O eleitor roraimense hoje tem motivos para se arrepender em ter votado em dona Suely Campos e não em Chico Rodrigues. Dificilmente o estado estaria em situação pior da que se encontra. Mas o eleitor queria mudança ao desgastado governo que Anchieta Júnior quebrou e deixou uma dívida que ainda irá pendurar o estado por mais dois governos.
Lembrem de "pianinho"!
O eleitor tem motivos de sobra para se arrepender em votar no discurso que prometia deixar o mais atuante político da história de Roraima, "pianinho". Pura bravata de candidato. Pura idiotice do eleitor que votou torcendo para que um representante do seu estado, fosse impedido de trabalhar. Roraima elegeu para o Senado quem a gente questiona o que tem na cabeça?
Interesses escondidos
O eleitor roraimense tem hoje motivos para se lembrar que, mudança por nomes novos pode representar trocar o ruim pelo pior, ainda mais quando não se conhece o que se tem de conteúdo ou o interesse escondido, embutido nessas candidaturas majoritárias que prometem, por exemplo, acabar com a corrupção. Essas promessas não passam de bravatas e mentiras.
Corrupção não se acaba no grito
Amigo leitor, não se acaba com a corrupção no gogó. Não se acaba com esquemas e benefícios escusos ou imorais, assim, de boca. Sejamos realistas que isso, infelizmente, depende de tempo, de trabalho e da conscientização geral da sociedade para que se elimine muito, mas acabar com a corrupção como promessa de campanha eleitoral, é conversa fiada para enganar trouxas.
Anistia aos caloteiros
Ainda mais, quando quem promete isso, não revela que grupo de empresário o apóia porque recebeu como promessa a anistia de dívidas em impostos não pagos, não recolhidos para os cofres do estado. Ou seja, já assumiria tirando do cidadão quase R$ 50 milhões que seus amigos e apoiadores devem. Gente que lucrou e não quer pagar o fisco estadual. Isso é acabar com a corrupção? Ou é beneficiar de forma oficial amigos devedores, num claro jogo de interesses em que a saúde, a segurança e a educação, perdem?
Perguntinha:
A mudança que se apresenta hoje pode ser igual igual igual a que dona Suely e Telmário Mota se apresentaram há quatro anos. Sim, mudança melhor para eles, e para Roraima, e para você?
Fazem falta
Ottomar e Teresa fazem falta nessa eleição em que neles o eleitor podia confiar sem risco de se arrepender como o eleitor que votou na mudança prometida em 2014.
Eles enriqueceram, e o Balisa?
Esse mês, São João da Balisa completa 36 anos. Desses, 18 anos contando na Assembleia Legislativa com o seu "ex líder máximo", o homem do milagre da multiplicação dos bens, Mecias de Jesus, que se tornou milionário em apenas três mandatos; além de oito anos, com o deputado federal Jonatan de Jesus, o "menino de ouro".
Pergunta-se: O que a dupla fez de bom, de melhoria significativa, de crescimento patrimonial também para o município e para o cidadão, a exemplo de como pai e filho enriqueceram?
Pobre e carente
São João da Balisa continua praticamente tão pobre e carente de quase tudo como há 16 anos. Mecias e Jonatan pouco fizeram. Resultado disso, de como os "milagreiros" a cada eleição contam com menos apoio do eleitorado daquela região, é que Mecias e Jonatan, apesar de todas as estruturas financeira e política que dispõem, perderam as duas últimas eleições para a prefeitura do município.
Em débito
E perderam essas eleições porque, como deputados, não atenderam as necessidades do povo de lá. A saúde continua precária, as vicinais esburacadas, os investimentos muito abaixo do prometido, a violência crescendo, e só muita politicagem sobrando.
Não fechou
Na Assembleia Legislativa, o comentário é de que o Baliza não está fechado com a candidatura de Mecias ao Senado. Isso já circula em todos os corredores, tanto que ele tem focado mais em reuniões e contatos em outros municípios e com outras lideranças, pois as do município, só um outro milagre para que o eleitorado feche em sua maioria com o seu ex-líder máximo, o homem que operou o incrível e misterioso milagre da multiplicação dos pães, peixes e principalmente, dos bens.
O importante é ser feliz...
Geddel inocentado
O juiz federal Walesney De Oliveira, absolveu o ex-ministro Geddel Vieira Lima da acusação de obstrução de justiça ao depoimento do doleiro Lúcio , no caso dos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento alugado por Geddel. O MPF acusou o ex-ministro de intevir nos fundos do investimento do FGTS, mas segundo o o juiz Walesney de Oliveira, não apresentou provas disso.
E se fosse o Gilmar?
E se ao invés do juiz Walesney de Oliveira, fossem Gilmar Mendes, Dias Toffoli ou Ricardo Lewandovisck que tivessem absolvido Geddel?
Não é o filho, mas também não é o ladrão