Edersen Lima

Menos de 25%
A desistência da prefeita Teresa Surita em disputar o governo do estado, deixou um vácuo que todas as pesquisas têm apontado. Em consultas internas de partidos políticos, nenhum candidato, de forma espontânea ou estimulada passa de 25%.

Motivos da apatia
Isso demonstra a apatia do eleitorado com os nomes que se apresentam, como da candidata que se revela a pior governante da história de Roraima; do ex-governador que quebrou o estado e deu sumiço em verbas públicas como a da reconstrução do estádio Canarinho; como a do empresário que se diz de renovação mais está colado com o que é de mais comum na política, um deputado que tinha R$ 52 mil de patrimônio e três mandatos depois apresentou lista de bens que chegavam a mais de R$ 1,3 milhão. Isso é renovação?

Descontente com políticos
A realidade é que o eleitor roraimense está sem boas opções, está descontente com a política e com políticos, e não será surpresa que expresse esse sentimento em outubro, se abstendo de votar ou anulando o voto. É um direito seu diante do descontentamento e da falta de nomes. O eleitor de Tocantins fez isso recentemente. O do Amazonas, no ano passado. Ambos estados elegeram seus governadores tampões apenas com metade dos votos dos eleitorados que demonstraram suas revoltas.

Perguntinha:
Pergunto aqui ao amigo ouvinte, quando você vai a um restaurante e olha o cardápio mas nada ali lhe agrada, o que você faz: pede qualquer coisa ou simplesmente não pede nada e vai embora?

Serve para eleição
Ninguém que entra num restaurante e não encontra o que queira comer é obrigado a consumir. Se nenhum prato me agrada, vou embora. O mesmo vale para a eleição em que, de repente, nenhum candidato que esteja à disposição lhe sirva, lhe convença de que será um bom governante.

Ninguém é obrigado
Votar em quem faz errado ou em quem fez errado, é insistir em erros. Apostar em mudança e renovação em Roraima, só me faz lembrar a cara de Telmário Mota que era a renovação de 2014, e hoje o eleitor colhe o que de tal renovação? Vai querer eleger mais um Telmário ou melhor, uma melancia colada em um Mecias?

Evitar arrependimentos
Ir à zona eleioral no dia da eleição pode ser obrigatório. Mas ter que votar em A, B ou C, não. Se esse cardápio não lhe acrescenta nada, não for do seu agrado, rejeite. Assim, ninguém corre risco de se arrepender no futuro, com o sabor amargo de comida mal feita ou de  estragada pelo tempo.