Edersen Lima

Sucupira
Um advogado é contratado para defender uma causa milionária de danos morais contra uma multinacional, e quando mais de 90% do trabalho foi feito, é destituído e não recebe seus honorários.
Um escritório de advocacia é contratado, e põe um advogado irmão do juiz do caso, no processo. O valor pedido pelos danos morais, que era de R$ 45 milhões, sobe para R$ 150 milhões.
Um acordo no valor de 10% da causa - geralmente acordos assim são de 50% - é fechado, e o escritório que assumiu o processo, recebe R$ 150 mil e o irmão do juiz, que entrou às véspera da decisão, R$ 800 mil.
Antes de ser publicado o fechamento do acordo no Diário do Poder Judiciário, em fato raro - mas muito raro de acontecer -, o beneficiado da ação foi até o cartório assinar documento para receber a bolada. Tudo a jato.
O beneficiado da ação, no entanto, abre mão de embolsar 100% dos R$ 14.050.000,00 (Catoze milhões e cincoenta mil reais) em sua conta bancária, para que sua filha fosse beneficiada, perdendo desse modo 27% em imposto de renda ou cerca de R$ 3,5 milhões. 
O advogado original da ação, que realizou mais de 90% do serviço, questiona seus direitos na justiça cobrando seus honorários, que até hoje não recebeu.

Pesquisa encomendada
Pesquisa considerada nas redes sociais como suspeita, aponta o homem do milagre da multiplicação dos bens, Mecias de Jesus, na frente para o Senado, e sem mais e nem menos, coloca o seu filho Jonatan de Jesus, em terceiro para o governo do estado. Ocorre que Jonatan nunca ventilou ser candidato ao governo, o que fortalece a suspeita de que o pai Mecias é quem encomendou essa pesquisa bem encomendada.

Governo é governo
A tal pesquisa aponta a governadora dona Suely Campos praticamente sem pontuação, só que ninguém é bobo o suficiente ou tem o nariz furado em não levar em consideração frase típica na política macuxi, de que "governo é governo". Ou seja, mesmo mal avaliado, qualquer governo tem garantido, na pior das hipóteses, 20% do eleitorado. 

Votam com o governo
Numa soma fácil de fazer entre os votos da base aliada, servidores que não querem perder o emprego, familiares desses servidores, além de pessoas que foram beneficiadas nas áreas sociais do governo, até porque, na pior das situações, o mínimo foi feito, vão votar no governo. 

Anos dourados
A empresa contratada para essa tal pesquisa "meciânica", é de um amigo muito próximo de Mecias de Jesus que viveu seus anos dourados de empresário durante os oito anos em que o amigo foi presidente da ALE.

Posteridade

Marta Dantas, porque malhar é mais
que preciso: é saúde.

Aposta que irá desistir
Por essas e outras, uma pesquisa malhada que nem Judas em Sábado de Aleluia, é que a Coluna mantém firme a aposta de que Mecias de Jesus irá desistir de concorrer ao Senado, e a desculpa será a manjada sina de ser vítima de alguma traição.

Outro com pinta de desistência
Outro que está com todo jeito que também vai desistir de concorrer ao Senado, é o ex-deputado Luciano Castro, que até agora, não se sabe quais candidatos a deputado federal irá apoiar, ou seja, está deixando o campo aberto para isso, concorrer à Câmara Federal. E na segunda-feira, num gesto inédito e nada usual, abriu horas de espaço na sua rádio para um suposto "concorrente", Mecias de Jesus, se promovesse.

Perguntinha:
Que candidato ao Senado abre espaço no seu maior veículo de comunicação para um adversário se promover?

"Coca-Colas"
Pelo o que se ouve nas ruas em Boa Vista e no interior de Roraima, Tio Luque e seu amigo milagreiro, não estão com essas "Coca-Colas" toda, não.

Qual interesse?
Qual o lucro em votos ou em dinheiro, para os deputados estaduais entrarem numa briga que não é deles, como o imbróglio da autonomia financeira da UERR?

Segundo voto
Pelo o que se escuta muito, o ex-governador Chico Rodrigues aparece bem como segundo nome das intenções de voto para o Senado. Isso, provavelmente, porque Chico vem há mais de dois anos fazendo sua campanha de forma discreta e, principalmente, sem atacar ninguém, pedindo a todos que já conversou, o segundo voto.

Receita
Numa eleição para duas vagas, quem radicaliza contra algum nome bem ou mais ou menos cotato, pode ficar certo que não terá do eleitorado desse o segundo voto. E Chico tem sido inteligente, e muito, nesse ponto.

Mais de R$ 10 mil em diárias
Da Câmara de Vereadores de Boa Vista vem a informação de que, os gastos da viagem a São Paulo, do presidente Mauricélio Fernandes, e mais um assessor, passou a casa dos R$ 10 mil, fora a despesa com passagens. Espara-se que ele apresente as notas de gastos com hospedagens e os bilhetes de passagens.

Muito ruim
O eleitor roraimense que tem pré-disposição a votar em Anchieta Júnior, parece ter memória curta. O governo dele foi um governo muito ruim. Foi um governo que endividou o estado, e de tão ruim, esse mesmo povo preferiu eleger para o Senado as bravatas de Telmário Mota. Preferiu dar votos para Luciano Castro, e só depois desses dois nomes é que veio Anchieta como prova de que o povo considerou ele um governador muito ruim para o estado.

Sem sentido
Não faz sentido o eleitor reprovar um nome e o governo que ele comandou, para depois, votar nisso tudo que foi reprovado por justamente ser ruim.

Tiro no escuro
Com Teresa Surita fora da eleição, sobrou Antônio Denarium, um desconhecido, que tem como destaque ser empresário bem sucedido no ramo de emprestar dinheiro a juros, e com isso ser uma potência no setor imobiliário, na pecuária, e na produção agrícola. Ou seja, um tiro no escuro, que pode deixar o estado daqui a quatro anos voltado mais para o desenvolvimento, ou um tremendo desastre, o mais desastroso da história de Roraima, porque gestão pública, não é como administrar uma fazenda ou empresa, por maior que elas sejam.

Menos pior é o melhor
O eleitor, terá essas opções: manter o governo que aí está; voltar ao passado que reprovou; ou apostar no que não se sabe. Pelo visto, a menos pior pode ser a melhor escolha.

Como se faz
Pato jiujiteiro ensinou galo metido a brabo como se faz: leva para o chão, monta, e aplica sequência. Ver vídeo abaixo: