- 03 de julho de 2025
Mãe é mãe
"Somos tão vítimas quanto o outro casal. Não desejo isso para ninguém. Eu perdôo meus filhos. Se não o fizesse, não seria digna de ser mãe. Mas acho que eles precisam de punição. Erraram, mas eu nunca os abandonarei. Estarei, como sempre ao lado deles, buscando a regeneração de suas vidas. É tudo o que uma mãe deve e pode fazer; nunca desistir de seus filhos". Esse depoimento é de Nadja Gravinhos, mãe de Cristian e Daniel Gravinhos que, barbaramente, assassinaram Manfred e Marísia von Richtofen, em 2005.
O depoimento de Nadja Gravinhos vem a calhar no momento em que uma mãe, nas redes sociais, chama o próprio filho, preso nessa madrugada por tráfico de drogas, de "egoísta". Afirma com desprezo que "não vou mais sofrer por ele". Apenas lamenta pelo avô paterno do filho. E declara em letras garrafais "PHODA-SE (o filho). Vou paroveitar meu último dia em Brasília. Vida que segue". Veu abaixo:
O motivo desse surto de rigidez, de sentimento de justiça e de desprezo com o próprio filho, tem como explicação a pose de austeridade e seriedade que encena para manter clientes que investem na difamação de adversários políticos. Pela quantidade de processos judiciais criminais que tal figura responde na justiça, confirma-se o quanto ela é apontada por difamar opositores de quem ela elogia.
No reino animal, nenhuma fêmea abandona sua cria, ainda mais em situações de perigo. Mãe, em todos os sentidos literal, social e biológico, defende, cuida, protege seus filhos. Isso é o normal, o natural, embora hajam exceções, como podemos bem constatar nesse fato, em que um jovem de 25 anos, notadamente precisando de tratamento psicológico, pois há alguma coisa errada oriunda talvez de traumas de infância ou maus tratos na infãncia. Esse jovem, com menos de 10 anos, teve a sua guarda passada pela Justiça para os avós paternos (sim, paternos) por desleixo e negligência de cuidados da mãe. A mãe que hoje, digita "PHODA-SE" para ele.
Não tenho dúvida alguma de que, as mães que se dispuserem a ler esse texto, irão se identificar com Nadja Gravinhos, que sempre acreditou, lutou e nunca desistiu da recuperação de seus filhos. Que pediu perdão pelo erro deles. E não, com quem verdadeiramente se mostra egoísta, que lamenta não pelas falhas do filho mas pelo sentimento do avô. De quem nega qualquer parcela de responsabilidade no que aconteceu na madrugada de hoje. De quem diz "vida que segue", ela livre e o filho à mercê de toda sorte dentro de um presídio.