- 03 de julho de 2025
Primeiro prende, depois ouve
Peço atenção do amigo leitor para o que diz o pedido da procuradora geral da República, Raquel Dodge, para revogar as prisões de pessoas próximas ao presidente Michel Temer: "Os objetivos das prisões já foram alcançados. Os alvos já prestaram depoimento e as buscas e apreensões foram cumpridas". Ou seja, prisões, desmoralização coletiva, constragimentos e prisões ocorreram apenas para que suspeitos fossem ouvidos.
Não existe mais o instituto da intimação da justiça, tem que primeiro prender para depois ouvir?
Estado policialesco
O argumento para as prisões desnecessárias, explicitado por Raquel Dodge, deixa às claras o estado policialesco e condenatório antecipado que o país vive, e que milhões de brasileiros são induzidos a aplaudir.
Burlando o STF
As prisões temporárias, decretadas na quinta-feira (29), eram válidas por cinco dias. Elas foram pedidas por Raquel Dodge porque a condução coercitiva pedida pela Polícia Federal está suspensa em todo o país desde dezembro por uma decisão provisória do ministro Gilmar Mendes. O plenário do Supremo ainda vai analisar a questão.
Trocando em miúdes, mandar prender foi a maneira encontrar para burlar decisão do Supremo, e quem burlou essa lei, o 'tradutor' da Constituição, ministro Roberto "no meu entendimento" Barroso, desafeto público e ferrenho de Gilmar Mendes.
Exemplo de abuso
Não gosto do ex-presidente Lula. O considero um cínico patológico e chefe da maior quadrilha de larápios do erário que já existiu no mundo, mas aquela condução coercitiva da Polícia Federal para que ele fosse prestar depoimento em 2016, foi um dos maiores abusos e exemplos de como se está instalando no país, sob aplausos dos menos informados e dos que levam vida de gado nas redes sociais, que a Lava Jato, Sérgio Moro, Ministério Público praticaram não apenas contra Lula, mas contra todo cidadão porque se fazem isso com um ex-presidente da República, imegine com um relés mortal?
Acaba em constrangimento
No ano passado, sabendo que estava em curso uma investigação sobre o custo de obras do programa Minha Casa Minha Vida em Roraima, os filhos do senador Romero Jucá e da prefeita Teresa Surita, em ofício à Polícia Federal e ao Ministério Púlico Federal, se colocaram à disposição para quaisquer esclarecimentos. Dois meses depois, os quatro filhos de Romero e Teresa, foram levados coercitivamente para prestarem informações na Polícia Federal.
Nenhum deles foi, primeiramente, intimado e faltou audiência sem justificar ausência, para merecer tratamento constrangedor de ser levado 'sob vara'. Em mais uma tradução do regime policialesco que o país vive.
Nós pagamos a conta
Reputações são feridas de morte por essas ações e exageros do Ministério Público, que depois dos danos causados, deixa a vítima ao relento para mostrar à sociedade que tudo não passou de injustiça. Ninguém é responsablizado. Nenhum procurador paga pelo execesso e pela injustiça cometida. Quem quiser reclamar terá que processar o estado, e o estado sou eu, você amigo leitor, a sociedade. Então essa conta será nossa e não de quem verdadeiramente cometeu um erro - para não dizer outra coisa - contra um inocente.
Espaço e tratamento desiguais
Romero Jucá tem sido condenado pela mídia e nas redes sociais por ser citado em delações premiadas sem provas. Quatro dessas acusações a Procuradoria da República e o Supremo já arquivaram por falta de provas e indícios que mostrassem ou levassem a algum crime dele. O espaço dessas notícias, de que acusações não foram comprovadas e os indícios não apontam nenhum caminho de crime, não recebem o mesmo tratamento e espaço que a acusação recebe.
Autoridades extrapolam, condenam antecipadamente, e o povo embarca sem discernimento na base do 'é porque é'. Isso, só fortalece o tal estado policialesco que o país vive.
Do tamanho do bucho
"Todo mundo viu a fome de poder que o pessoal do Neudo (Campos) assumiu o governo em 2015. A fome do Anchieta (Júnior), que ficou de fora (sem mandato) por leseira, é proporcional ao bucho dele. Pode escrever: Vai ser muito maior (fome de poder) que a da família do Neudo", comentou ontem com a Coluna, um experiente obsverador da política macxi.
Missão dada, missão cumprida
O presidente Michel Temer assinou ontem o decreto que regulamenta a Medida Provisória que trata do enquadramento de servidores dos ex-territórios de Roraima, Rondônia e do Amapá. O decreto foi assinado na presença do l´dier do governo, Romero Jucá, relator da MP, ampliou o alcance de beneficiados.
Nova oportunidade
"Quem já entregou documentos não precisa repetir o processo. E para os novos interessados, o prazo é de 30 dias corridos, a partir da data da publicação no Diário Oficial, deste decreto presidencial. E quem teve pedidos indeferidos poderá solicitar nova análise com base nas regras da Emenda Constitucional 98, que é mais abrangente”, informou Romero Jucá.
Só Romero
É de reconhecimento geral no Senado que a MP do esquadramento, ou seja, que abre vaga de emprego e fetivação no serviço público federal, com todas suas garantias e vantagens, nesses tempos em que o país tem muitas contas para pagar, só poderia ser aprovada tendo um parlamentar de peso e força junto aos demais colegas e junto ao Executivo.
Perguntinha:
Algum senador ou deputado federal por Roraima, desde a criação do estado, teria a mesma força e peso que Romero Jucá, têm, para aprovar um medida provisória dessa, que onera e muito, os cofres do Executivo?
Não tem o que mostrar
Mais perdido que um galo velho em granja de frangos, Telmário Mota, anda acusando o uso político e eleitoral do decreto de enquadramento dos ex-servidores. Ora ora ora, como diria um experiente político roraimense que se prepara para voltar à labuta, Telmário pensa que está no planeta Nibirú? Só lá, que político não divulga os seus feitos. Na Terra, quem reclama disso é porque não em o que mostrar.
Aposta baixa
E falando em Telmário Mota, no 'cassino da Sala Vip', ainda não surgiu nenhum deputado que aposte que ele terá 10% dos votos na eleição desse ano.
Efeito Otaci das Pensões
Três pré-candidatos a deputado federal estão com malas prontas para deixar o partido do vice prefeito de Alto Alegre, Otaci das Pensões.
Apoio
Ontem, 13 vereadores foram junto à prefeita Teresa Surita, manifestar apoio à sua candidatura ao governo.