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Edersen Lima

Contradição


Contradição
Paulo César Quartiero caiu em contradição sobre o motivo da sua renúncia. Em nota oficial ele disse que sua renúncia se dava por motivos particulares. Falando à imprensa, no sábado, o ex-vice governador foi enfático em outra versão: “Não nego em momento algum que essa era a minha intenção (renunciar para que Jalser Renier inicie processo de impeachment da governadora). Sei que muitos deputados não queriam tirá-la do poder temendo que eu assumisse. Estou deixando o caminho livre para que eles resolvam a situação”.

 

Traição
Quartiero, vai além no seu ato. Ele traiu os votos que recebeu junto com dona Suely Campos. Ele foi eleito conscientemente para em eventuais e até mesmo definitivamente substituir a governadora, e vê-se pelas suas próprias palavras que preferiu conspirar contra ela, e renunciar à missão que as urnas que deram.

 

E quer ser senador
Difícil enxergar em Quartiero, que foi um deputado federal apagado, como um bom nome para o Senado, diante de se nivelar tão por baixo, abrindo mão de ser governador para que a Asssembleia Legislativa, que ele nunca elogiou, ‘resolvam a situação’, e depois que um cheque de R$ 500 mil foi encontrado pela Polícia Civil e sua mochila. Cheque esse, dado pra quem ele deixou o ‘caminho livre’ para assumir caso dona Suely seja afastada.

 

Conspiração
Os deputados e o vice governador fecharam um acordo, onde um, eleito pelo povo para em eventuais ou definitivamente assumir o governo do estado, renuncia combinado para que os deputados empossem o seu presidente no lugar da governadora e assim concorra à eleição para o governo sentado na cadeira de governador.

 

Conluios e esquemas
Conspiração pura. Quartiero não foi eleito para fazer conluios desse nível, e nem Jalser Renier foi eleito para ser governador dentro desse esquema, as urnas, sequer, elegeram Jalser para ser presidente da Assembleia. O elegeram para ser deputado.

 

Escancaradamente lesado
O eleitor está sendo escancaradamente lesado. Pois nenhum dos dois foi eleito para o que estão fazendo.

 

Observações
Falando no tal checão de R$ 500 mil de Jalser Renier, há sinais de possíveis rasuras no valor numeral e data do cheque? Sim. Mas, também, há de se reconhecer que a escrita do valor por extenso, não contém rasuras.

 

De burros e de garantias
Há quem diga que ninguém é burro em pagar propina com cheque. Há quem afirme que aquilo pode ter sido dado como garantia, forma usual no mercado de agiotagem, em que cheques são pegos como segurança e não como meio de pagamento, até em razão do negócio não ser tributado.

 

Perícia da PC
Jalser não desmentiu que o cheque era seu e nem negou a assinatura dele. A secretária de Segurança, Giuliana Castro, afirmou total confiança no trabalho de perícia da Polícia Civil, que recentemente, segundo uma fonte, identificou que a conversa entre uma assessora de Jalser pelo aplicativo Mensseger, partiu da sua conta e não se tratou de falsificação de imagens.

 

Livres, leves e soltos
Um ano depois que a Odebrecht iniciou processo de delações premiadas, apenas um político foi denunciado, nenhum virou réu e muito menos alguém foi preso. Ao todo, 83 inquéritos foram abertos pelo STF para investigar parlamentares, desses inquérito, 78 continuam ainda sem conclusão, e já teve gente beneficiado com a prescrição do suposto crime cometido.

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