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Edersen Lima

Entra e sai da Maloquinha


Entra e sai da Maloquinha
Um advogado que costuma correr bem cedo todas manhãs, comentou com a Coluna que viu, segunda-feira passada, 8, carros do governo chegando às 5:30h na Maloquinha, como é chamada a casa à beira do rio Branco que Neudo e Suely Campos, têm.
Cerca de cinco minutos depois, os carros passaram em disparada pela avenida Getúlio Vargas sentido Centro, parecendo que foram pegar ou buscar algo lá casa de veraneio da governadora.

 

Protagonistas do caos
Dois fatos que expõe o caos no estado marcaram a sexta-feira passada tendo como protagonistas o governo de dona Suely e a Assembleia Legislativa: a fuga de mais de 100 presos da Penitenciária de Monte Cristo, e a troca de comando na Secretaria de saúde.

 

Mais organizado que o governo
Está mais que provado que o crime em Roraima está muito melhor organizado que o governo de dona Suely. Presos conseguem fugir pelo meio mais tradicional, antigo e manjado: cavando túneis tipo buraco de tatú. É evidente que não há vigilância adequada. Está claro que os presos da Monte Cristo vivem com ampla liberdade para isso: planejarem e executarem com excelência seus planos de fugas. É notório que o quadro de agentes penitenciários e policiais militares que atuam lá não dá conta do recado.

 

Parecendo conivente
Como se não bastassem isso, R$ 3,5 milhões foram roubados do sistema prisional, a Assembleia apurou esse roubo mas de forma conivente, parecendo cumplicidade, não toma nenhuma medida punitiva, ou sequer de afastamento da principal responsável por esse desmando, a governadora do estado.

 

Só agora?
Depois de três anos ‘pianinho’ em relação ao governo de dona Suely Campos, que apoiou na eleição de 2014, Telmário Mota gravou vídeo se dizendo revoltado com o descaso com o sistema prisional diante da fuga de mais de 100 presos.

 

Cara dura
Na secretaria de Saúde, o primeiro sobrinho, Paulo Linhares , depois de cumprir etapa preparatória para se candidatar a deputado federal, deixa a pasta se auto elogiando, na maior cara dura.

 

Rotina de denúncias graves
O ano tem 52 semanas, nesses três anos e três semanas de governo de dona Suely, não houve uma semana sequer que não ocorressem denúncias, acusações e notícias graves sobre falta de remédios, falta de medicamentos, falta de leitos, cirurgias suspensas, pacientes espalhados pelos corredores, péssimo atendimento, mortes e mortes acima da normalidade.

 

Deputados são expectadores privilegiados
O governo tinha um sobrinho de dona Suely pré candidato a deputado federal utilizando a Saúde como trampolim político, e a Assembleia mera expectadora de todo esse desmando. Cadê que saiu a tal CPI da Saúde? Onde estavam e estão os deputados de oposição liderados pela dupla JalserRenier e George PF Mel? Que providencias eles tomaram com as mortes no Hospital Geral?

 

Motivos e acordos
É muito ruim constatar que os deputados foram negligentes em não fiscalizarem e punirem tamanho descaso. Porém, pior, é saber o que corre nos bastidores da política, de que o motivo dessa negligencia seja o corporativismo, seja acordos políticos para que um deputado beneficiado por empresas com contratados com a Sesau não atrapalhasse a vida de Jalser Renier, quando teve que se afastar da presidência da Assembleia. “Você não mexe comigo daí, que eu não mexo daqui com teus amigos empresários que mamam na Saúde”, seria isso?

 

Roberto Carlos cover
Verdade ou não, o fato é que a Assembleia nada fez e nada faz com relação ao caos na saúde. Nada fez e nada faz com relação ao caos no sistema prisional. A realidade é que não se sabe o que esses deputados fazem, além de muita propaganda de aulinhas de ballet, de canto, judô e festas e festas com direito a Roberto Carlos cover pedindo para ser lembrado.
Lembrado pelo o quê?

 

Orçamento na pauta eleitoral
A constatação de que os governos de Anchieta Júnior e de dona Suely Campos quebraram o estado, deve, pela primeira vez numa eleição, levar para conhecimento do eleitor, a discussão sobre o orçamento do estado, sobre o que cada Poder gasta para se manter, para pagar salários de seus secretários, deputados, juízes, conselheiros e demais servidores, contratos de fornecimentos e prestação de serviços, custos de benefícios, viagens, diárias , verbas de gabinete, auxílio moradia, e até o esdrúxulo auxílio-paletó que cada deputado estadual tem direito a receber.

 

Roraima não aguenta
É de total conhecimento público que o estado arrecada menos do que tem de pagar de dívidas ativas e constantes. Dívidas do governo de Anchieta. Dívidas de contratos firmados no governo de dona Suely. Custos absurdamente elevados para manutenção dos nobres deputados estaduais, que esse ano tem orçamento de cerca de R$ 22 milhões por mês, o que dá quase R$ 1 milhão para cada parlamentar todos os meses.
Roraima não aguenta um custo desses.

 

Metade já pagava a conta
Um economista ouvido pela Coluna, afirmou que entre salários dos deputados, os benefícios e auxílios paralelos que eles recebem e mais o custeio da Assembleia com despesas comuns e folha de pessoal, R$ 12 milhões por mês, ou um Orçamento de R$ 140 milhões ao ano, daria para bancar todas essas despesas, ou seja, metade do que os deputados gastam hoje.

 

R$ 2 milhões em festas
Ocorre que, como o presidente JalserRenier, sonha em ser candidato ao governo, ele implantou uma política social - que não é função do Legislativo - para se viabilizar eleitoralmente. Daí, mais gastos com publicidade, propaganda, aulinhas de ballet, judô, canto, festas e festas. As do Natal, por, exemplo, consumiram mais de R$ 2 milhões do dinheiro do contribuinte para auto promoção.

 

Dinheiro público não é pra isso
Sabe quando uma situação dessas seria permitida e realizada em um país sério, amigo ouvinte? Nunca! Porque todas essas festas autopromocionais foram feitas com dinheiro público, e dinheiro público não é para festas, ainda mais, tendo tantas prioridades pela frente. Isso ocorre porque do orçamento da ALE, pelo menos R$ 5 milhões todos os meses escorrem para o ralo da tal política social.

 

No bolso do cidadão
Roraima está quebrado. O orçamento desse ano ao invés de ser reduzido por meio de um grande pacto de responsabilidade de todos os poderes, foi aumentado. Todo cidadão sabe que não se deve e nem pode gastar mais do que se ganha, nesse caso, o que se arrecada. Espera-se que os candidatos ao governo sejam francos e realistas ao exporem quais medidas irão tomar em relação aos gastos futuros. Não será no bolso deles que a falta de algo poderá ser sentida, e sim, no prato e na mesa do cidadão comum.

 

Como seria?
Já imaginaram se nos últimos 23 anos Roraima tivesse no Senado, somente Marluce Pinto, Augusto Botelho e João França, ou Augusto Botelho, Telmário Mota e Angela Portela, ou, três Telmários Mota como senadores do estado?
Boa Vista e o interior teriam recebido as obras e recursos que Romero Jucá, sozinho, conseguiu liberar para o estado, recursos bem acima do que esses nomes citados aqui, conseguiram liberar?

 

Caindo no descrédito
Quem diz que não vota em Romero Jucá porque tem informações de ele é acusado de receber propinas, também deve saber que essas acusações estão caindo no descrédito porque a própria Procuradoria da República, que abriu investigação para apurar tais denúncias, está propondo arquivamento por falta de provas.

 

Processo inverso
E o amigo leitor pode ter certeza, a Polícia Federal tem investigado a fundo cada acusação dessas contra Romero Jucá. Tem promovido desgastes desnecessários, como conduzir coercitivamente seus filhos para deporem sem antes sequer tenham sido intimados. Condução coercitiva se dá depois que alguém, oficialmente intimado, não compareceu ao depoimento marcado. O que se viu ali foi o processo inverso.

 

Nenhuma prova apresentada
E como efeito disso, outro processo inverso: estão julgando e condenando sem que Romero Jucá sequer seja réu em qualquer das acusações que lhe foram feitas, acusações sem que provas, diga-se de passagem. Acusações só de boca, só do disse-me-disse.

 

Processos falhos
Hoje o Brasil começa a ver como foram falhos os processos de delações premiadas realizados pela Procuradoria da República. Como vantagens foram dadas a criminosos confessos, criando a impressão que quem confessou e acusou outros mesmo sem provas, tudo ficou perdoado. Interessante saber que praticamente todos esses criminosos confessos estão fora da cadeia.

 

Liberdade e direito
O eleitor tem toda liberdade de votar em que quiser. Só não tem o direito de errar com votos de protestos que se revelam improdutivos e até motivos de vergonha. Só não deve votar por simpatia, e depois verificar que o eleito não tem aptidão e vocação para a política. Protestos e simpatias estão aquém das necessidades de Roraima, que precisa de quem realize. De quem realmente trabalhe, independente de qualquer situação.

 

Posteridade

Manelão Pepita de Ouro e dona Pequena, primeiros moradores
da Vila Nova Colina, gratidão a Ottomar Pinto e 
Chico Rodrigues. 

 

Ilustríssimos quem?
Alguém conhece ou ouviu falar nos senadores Armando Monteiro, de Pernambuco; Cidinho Santos, do Mato Grosso; Elmano Ferrer, do Piauí; Paulo Rocha, do Pará? Pois bem, essa turma que nunca pisou em Roraima, gravou depoimentos a pedido de Telmário Mota, para dizer que ele é dedicado, trabalhador e honra o mandato.

 

Já que tem só tu...
Ou seja, na ausência de lideranças de bairros em Boa Vista, de lideranças do interior, e de quem tenha lastro de realizações sociais no estado para falar qualquer coisa positiva sobre esse mandato de Telmário, ele apelou para os colegas que, por gentileza, gravaram os depoimentos.

 

Sem iniciativas próprias
Não tem quem acredite que algum deles, ou todos em conjunto decidiram “pessoal, vamos gravar umas mensagens elogiosas pro Telmário mostrar lá pros eleitores dele?’, e todos responderam: “Vamos!”.

 

Esculachos
Telmário Mota foi eleito com a promessa de deixar Romeo Jucá, ‘pianinho’. Mas desafinou feio. Ele é conhecido pelos esculachos que levou em plenário. Seria bom ouvir as opiniões do senador José Anibal, Tasso Jeirissati, Omar Aziz, e outros que também comentaram sobre Telmário. Mas esses, é melhor deixar quieto, né?

 

Senador de Nibirú
Ganhou fama nacional quando da tribuna do Senado, anunciou que colocaria o seu gabinete para estudar o impacto do planeta Nibirú com a Terra. Assunto de imensurável relevância para o país e para Roraima.

 

Carradas de votos
É de se imaginar as carradas de votos que essa turma de solícitos senadores que elogiou Telmário Mota, vai transferir pra ele em outubro. Deverá nem caber naquela pampa vermelha, de tantos votos.  

 

 

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