- 03 de julho de 2025
Perdeu grande oportunidade
O presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier, perdeu real oportunidade de realizar algo verdadeiramente importante para Roraima, e marcar sua gestão à frente do legislativo estadual, ao invés de aumentar de forma gral o Orçamento estadual, propor um grande pacto envolvendo demais poderes em prol do estado, que está à beira da falência.
Querem manter gastos
Roraima vive hoje situação igual a de uma família em que o cartão de crédito e cheque especial estouraram, e a renda não dá para pagar as dívidas nem as despesas domésticas, mas mesmo assim, insiste em manter um padrão com gastos em supérfluos e desnecessários como academia, aulas de ballet, cabeleireiro todas as semanas, viagens em feriados e festas.
Ano difícil
O ano passado foi de atraso nos repasses do duodécimo pelo governo aos demais poderes, no claro sinal que não havia dinheiro para se manter os gastos do estado. O Judiciário teve que bloquear repasses de outras fontes do governo para receber a sua parte no bolo orçamentário. A ALE negociou às claras votações em nome da governabilidade onde os deputados aprovaram matérias do Executivo e aguardava que o acordo fosse cumprido.
Complacência geral
Como, apesar de cometer, repetidamente e sequencialmente, falta grave em não repassar o duodécimo, dona Suely Campos não sofreu nenhum incomodo regular constitucional com real risco de perder o mandato por causa disso. O que nos leva a crer que, mais que parcimônia, deputados estaduais e promotores de justiça tiveram a complacência demasiada com a governadora.
Inverteram tudo
Aí, vêm os deputados estaduais e dão um aumento geral de gastos pra todo mundo, quando o que recomenda é contenção de despesas, cortes de gastos, economia geral em contratações, em custos desnecessários com viagens, diárias, obras, serviços, e de custeio como uso de carros, combustível, horário de expediente. Enxugamento das máquinas legislativas, judiciárias e do executivo são necessárias.
Qual o retorno disso tudo?
Como pode a Assembleia ter cerca de cinco mil funcionários para apenas 24 deputados? Como pode esse ano, a Assembleia gastar quase R$ 22 milhões por mês para 24 deputados? Isso é quase R$ 1 milhão de reais por mês e qual o retorno disso tudo para os mais de 500 mil habitantes do estado?
Caro demais para pouco retorno
Vão falar que a Assembleia Legislativa tem suas ações sociais - que não são de sua competência -, o projeto Abrindo Caminhos, que custa por ano cerca de R$ 30 milhões e atende pouco mais de mil crianças e adolescentes. A esse custo, a esse valor, beneficiar mil enquanto outras 320 mil não desfrutam, é um projeto muito caro. Esse Natal da ALE, que custou não menos que R$ 2 milhões para se fazer propaganda política e festa, é um desperdício irresponsável diante de quase falência que Roraima vive.
Remédio em vez de festas
Antes, Jalser Renier e seus parceiros tivessem usado esses R$ 2 milhões gastos com ceias de Natal, brindes, som, luz, banda de música, rapapés e rapapás eleitoreiros, em algo verdadeiramente importante e necessário, como comprar remédios e medicamentos para milhares de doentes e pacientes do Hospital Geral. Pois os todos os deputados sabem que faltam remédios e medicamentos no HGR.
Perguntar não ofende:
O que é mais importante, dar uma de cover de Roberto Carlos, ou salvar vidas?
Lições de ‘dragagens’
O professor de todos nós, Getúlio Cruz, ensina hoje no seu jornal que Gramado, com 40 mil habitantes é exemplo de administração pública em relação a Boa Vista. Um experiente observador da política macuxi, pontua que, se Gramado, tivesse tido um super secretário de finanças, economia e planejamento igual ao que o ex-prefeito Iradilson Sampaio, teve, e que em cinco anos praticamente quebrou município com a tal política econômica babalaônica, Gramado hoje estaria igual igual a Boa Vista: sendo reconstruída e reelegendo seu prefeito com 80 dos votos.
No Conselho da OAB
Pelo menos seis advogados roraimenses, condenados e suspensos de suas funções pelo conselho de ética da OAB-RR, estão aguardando julgamento de seus recursos no Conselho Federal em Brasília. Os supostos delitos denunciados por clientes contra esses advogados vão desde perdas de prazo, apropriação indevida de pagamento de causas e até falsificação de documentos.
Sub judice
Como estão recorrendo, a suspensão aplicada a cada um desses valorosos advogados, cai. E eles podem continuar a trabalhar como se nada tivessem feito.
Armas na fronteira
A imprensa nacional divulgou que venezuelanos presos em Boa Vista fazem parte do crime organizado do outro lado da fronteira. Há dois meses, o deputado Gerson Chagas manifestou preocupação com a segurança nas fronteiras com a Guiana e em especial com a Venezuela, por causa de fluxo de entrada de venezuelanos no estado. “Aquele fronteira precisa urgente de maior efetivo e investimentos. Sabe-se que drogas e combustível passam por pontos não vigiados daquela região, e para é um incentivo para começar a entrar armas pesadas, também”, alerta Chagas.