- 03 de julho de 2025
'Limite da ética'
“Eu comprei uma praia e não quero que as pessoas entrem. Qual é a melhor placa para eu fincar na areia?”. A pergunta é do marketeiro André Torrettas, que fará a campanha de Luciano Castro ao Senado, feita em uma reportagem do El País, jornal espanhol. “Essa, dizendo que a praia é privada, ou essa, dizendo que a praia tem tubarão? A que tem tubarão funciona mais”, respondeu sorrindo. "E se não houver tubarão na praia será uma mentira, certo?", questionou a reportagem. "Se não tiver tubarão, então é uma fake news”, concedeu. “Eu não vou fazer isso, mas isso existe, é possível e dá para ser feito, no limite da ética".
Me engana que eu gosto
Marketeiro político que usa o exemplo acima afirmando que 'eu não faço isso', mas cita isso como exemplo de 'limite da ética', está mais para aquele pagode "Me engana que eu gosto', de Marquinhos Satã. Na realidade, o esquema é bem simples mas leva um nome sofisticado de programa Ocean, que tem por finalidade colher dados sobre preferências de discurso para o eleitor.
Música para os ouvidos
Assim sendo, mapeando o que os eleitores de uma rua, de uma associação, de uma escola, de um grupo nas redes sociais e outros, pensam e querem ouvir de um candidato, Torretas e companhia adáptam as informações ao discurso do contratante.
Canto da sereia
Em suma, prioridade mesmo, não haverá, pois o posicionamento, a mensagem transmitida será de acordo com o gosto do eleitor freguês. É a tal placa de tubarão citada acima. É o limite da ética em nao falr o que se quer e pensar em fazer, mas, sim, o que o eleitor precisa ouvir para votar nele.
Marketeiro de Flamarion
André Torretas foi o marketeiro de Flamarion Portela em 2002. Mas não foi sua estratégia que elegeu o então governador, e sim, três programas sociais que não existiam no estado: o Vale Solidário, o Alô, Mamãe!, e o Vale Custeio. O eleitor, pragmático por vantagens, votou em quem fez o que nenhum havia feito. Torretas teve a competência de passar bem esses três pulos do gato de Flamarion para o eleitor.
Artifícios desnecessários
Nada contra a filosofia de Andre Torretas com a defesa do 'limite da ética' no uso de fakes news ou 'cantos da sereia'. Mas com base nas últimas eleições para o Senado em Roraima e diante de um eleitorado pragmático como o macuxi, esses artifícios de fakes news serão desnecessários para eleger Tio Luque.
Romero e Augusto Botelho
Em 2002, Romero Jucá foi reeleito pelo trabalho que realizou nos oito primeiros anos de mandato. O médico Augusto Botelho foi eleito pelo histórico que tinha em atender e operar centenas de pacientes e cima da falta de trabalho de Marluce Pinto.
Romero e o candidato de Ottomar
Em 2006, o apelo para que Ottomar Pinto tivesse ao menos um senador do seu lado, haja vista que Romero Jucá e Augusto Botelho eram vistos como oposicionistas, foi o gatilho que elegeu o seu candidato. Em 2010, Romero se reelegeu mais uma vez pelo reconhecimento do trabalho desempenhado, e Angela Portela entrou pela opção óbvia do eleitor pelo novo, pela disposição e pela confiança que transmitiu.
Voto de protesto
Em 2014, o eleitor em parte revoltado com o desgastado governo de Anchieta Júnior, e em outra parte de oposição a Romero Jucá, elegeu Telmário Mota que de feitos nada tinha para mostrar a não ser as promessas de campanha, entre elas, a principal que era a de 'deixar Romero Jucá, pianinho', que virou feito uma praga contra ele porque além de pouca coisa feita por Telmário, Jucá só cresceu em influência e força política na política brasileira.
Sem empatia
Para 2018, importar um marketeiro para envolver o pragmatismo do eleitor do estado que não vai eleger um candidato 'Mauricinho' ao Senado que se vista como 'boy', com calça justa e apertada, camisa baby-look, que use mocasin, que anda cercado de 'paniquetes' e seguranças, e que fale o velho e surrado discurso dos demais de 'trazer recursos para o estado', é gastar muita vela para o pouco santo.
Não ao voto de protesto e sim, ao consciente
Qualquer um em Roraima sabe que no caso de Luciano Castro e de qualquer candidato ao Senado que esteja sem mandato, não há mote maior para elegê-lo que o eleitor não repita o voto de protesto que elegeu Telmário Mota, pois deu no que deu. E sim, dar o voto consciente pra quem tem trabalho social ou político realizado, coisa que Telmário não tinha para mostrar, e Luciano, com mais de 20 anos como deputado federal, foi injustiçado em 2014. Erro que eleitor pode consertar em 2014. Basta saber usar esse apelo.
Festa de Natal
O 'Natal da Família', evento da Assembleia Legislativa, reuniu mais de mil pessoas na noite de 24, na periferia de Boa Vista. O número de presentes esteve abaixo do esperado pela organização, mas emocionou quem assistiu a apresentação do coral do projeto 'Abrindo Caminhos', e aproveitou a farta ceia com distribuição de brinquedos.
Teresa a mais aplaudida
Sete dos 24 deputados prestigiaram a festa, que contou com a presença do senador Romero Jucá e da prefeita Teresa Surita, bastante aplaudida quando foi chamada para subir o ao palco e passar uma mensagem de Natal.
Valorização da família
O presidente da ALE, Jalser Renier, destacou o valor da família como principal alicerce de toda pessoa, e que o Natal era o momento propício para a reflexão de vida e que a paz e harmonia com familiares e com amigos que por ventura estejam acirradas, fossem aparadas.
Para os venezuelanos
A comida e brinquedos que sobraram do 'Natal em Família' foram aproveitados para atender fam[ilias de refugiados venezuelanos que não foram ao evento.
Xenofobia besta
O professor da dragagem, Getúlio Cruz, se superou hoje no quesito 'xenofobia besta', no seu jornal, se referindo a empresários, políticos e servidores públicos que decidem passar as festas de fim de ano fora de Roraima: "muitos que daqui fazem uma espécie de acampamento onde se ganha dinheiro para ser usufruído e investido em outros lugares e cidades, onde essa gente quer, decididamente, fazer a moradia permanente... escondem essa intenção com discurso de que amam Roraima, mas suas práticas mostram o contrário. Essa gente, praticamente, deixa Boa Vista esvaziada a cada final de ano, e começo do próximo, porque fazem romaria em direção aos lugares que amam de verdade."
Redondamente enganado
Getúlio Cruz está redondamente enganado. Inúmeros roraimenses da gema viajam no fim do ano. O presidente da Assembleia Legislativa, por exemplo, deverá embarcar com toda a família no dia 29 para fora do estado, e tudo o que ele tem está em Roraima e não pensa em morar noutro lugar.
R$ 2,5 milhões para se livrar no STF
Uma autoridade afastada do cargo acusado de ter se beneficiado no rumoroso caso dos Gafanhotos, recebeu proposta de dupla de advogados que trabalha na Assembleia Legislativa, no valor de R$ 2,5 milhões, para 'cuidarem' do seu recurso ao Supremo Tribunal Federal. Uma sentença à prisão revertida é o 'portfolio' que a dupla apresenta como 'referência' do seu poder de articulação no STF.
Tô fora!
Quando soube do valor da proposta, a autoridade deu um pulo da cadeira. "Com esse dinheiro (R$ 2,5 milhões) com mais o patrimônio que tem, dá para viver feliz da vida pelo resto dela", comentou um amigo próximo da assustada autoridade com os honorários da dupla de advogados.
Sentimento de certeza
Há dois sentimentos de simpatizantes e opositores em relação à prefeita Teresa Surita e ao senador Romero Jucá, que se convergem no mesmo sentindo. O de simpatizantes é o da certeza de que, entre os políticos do estado, eles são os melhores nomes para tirar Roraima do fundo do poço em que se encontra.
Sentimento de reconhecimento
O sentimento de opositores é o de reconhecimento que, Romero e Teresa têm mais prestígio e força política em Brasília para conseguir refinacimentos de dívidas, liberação de recursos, atração de investimentos e aprovação de projetos, leis e incentivos que alavanquem a economia do estado.
Pergunta ao professor
A Coluna pergunta ao professor de todos nós, Getúlio Cruz: quem tem mais capacidade e meios de melhor governar Roraima, Teresa, Anchieta Júnior, Suely Campos ou Telmário Mota?
Getúlio, com toda certeza, vai apoiar até Telmário contra Teresa, mas lá no fundo no fundo, ele sabe quem tem mais capacidade nessa missão.
Persona non grata
Exemplo de um governo tirano, que não admite nada que lhe seja crítica, Nicolás Maduro, decretou o embaixador brasileiro Ruy Pereira. Isso é o que todo político ladrão, autoritário e desesperado faz quando incomodado por ações e críticas que o contrariam.