- 03 de julho de 2025
Condenados à prisão
O Tribunal de Justiça de Roraima encerrou o ano condenando nove presos na Operação Cartas Marcadas, que apurou desvio de quase R$ 7 milhões da Assembleia Legislativa por meio de contratos superfaturados e fraudulentos. Entre os condenados está Gerson Melo, irmão do deputado George 'PF' Melo(foto), condenado a 20 anos de prisão, mais multa.
Indicado por George Melo
Gerson Melo assumiu a diretoria financeira da Assembleia Legislativa por indicação do irmão deputado. Ele era da 'cota' de indicações de George Melo, que em fevereiro passado, em reunião com correligionários, disse que desafiava o Ministério Público Estadual a provar qualquer envolvimento do irmão com desvio de dinheiro na Assembléia.
Chances remotas
A decisão da justiça sobre os réus condenados da Cartas Marcadas ainda acabe recurso e eles podrão recorrer em liberdade. Pela sentença dada e pelas provas apresentadas no processo, advogados ouvidos pela Coluna acreditam que as chances de um total reviravolta nesse caso 'são remotas, mas possíveis', como igualmente concordam dois deles. E arriscaram dizer que provavelmente ocorra alterações nas penas, provavelmente redução em algumas delas.
Delação é alternativa
"Se ocorrer delações e essas delações conterem indícios que levem a provas contra outras pessoas ou até mesmo alguma autoridade (deputado), o MPE e a justiça poderão entender que seja motivo de redução de pena. Mas isso, caso esses indícios apontem de forma concreta o envolvimento no que foi apurado pelo MPE", comentou uma fonte.
Abacaxi no colo de Jalser
Como a 'dieta' do momento é abacaxi, dona Suely Campos jogou um bem grande no colo do presidente da Assembléia Legislativa, Jalser Renier ao informar a ele e demais deputados que o estado está quebrado, sem dinheiro para pagar suas contas, que atrasos no duodécimo para os outros poderes continuarão, e que o governo precisa urgentemente que os R$ 115 milhões pedidos à ALE para empréstimo sejam liberados.
Para todos os efeitos, a versão oficial foi a de que a governadora tratou apenas de questões do duodécimo e do Orçamento para o ano que vem.
Desastre e incompetência
Dona Suely Campos é a imagem mais fiel do desastre político somado à incompetência gerencial. Que Anchieta Júnior tenha deixado uma dívida enorme, isso todos nós sabemos. Que o governo dele foi tão ruim que ficou em terceiro lugar para o senado como reconhecimento disso, também sabemos. Porém, em três anos, era para esse 'governo do povo' (deles) ter cortado gastos, ter colocado em prática uma administração austera para que nãos e chegasse ao ponto que chegou. só para a ALE, são mais de R$ 30 milhões que o governo deve.
Apelo e efeito dominó
Mas aí, vem o apelo em forma de 'abacaxi' para que o presidente da Assembleia descasque em nome dos servidores públicos que poderão ficar sem receber salários, empresas sem receber por seu serviços e fornecimentos, e os demais poderes, também causando os mesmos danos aos seus servidores, fornecedores e prestadores de serviços em um efeito dominó. Ou seja, o anúncio do caos institucional geral foi feito ontem.
Remédio amargo
A situação é, sim, grave, porém há remédios para isso, bastando um amplo pacto em que o governo é que tem que dar o grande exemplo de cortar gastos, despolitizando secretarias e estatais que são verdadeiros cabides de empregos dos próprios deputados, que usam tais estruturais para que empresas amigas participem de licitações, para que aliados e correligionários ganhem empregos, onde boa parte não faz nada de produtivo.
Enriquecimento da parentada
A olhos nus, os cidadãos vêem enriquecer parentes de dona Suely Campos que estão empregados em seu governo, que engrossam nepotismo mais sem vergonha que existe no país. Nepotismo esse que motivo de chacota de todo o país, e que os honrados deputados estaduais não tomam nenhum providência. Sim, volto a repetir, parentes da governadora hoje ostentam riqueza em carros de luxo e casas suntuosas que contrapõem completamente ao patrimônio que tinham há exatos três anos, quando ela estava prestes a assumir o governo.
Pacto e fiscalização séria
Cada um analisa essa questão pela sua lógica. E é difícil imaginar o efeito dominó em que o cidadão, servidor público e empresário é que serão penalizados pelo erro, pela mais pura e genuína prevaricação que tomou conta desse governo. A saída poderá ser uma intervenção branca, em que a ALE junto com conhecimento e aval do Poder Judiciário, imponha à dona Suely que, no caso do empréstimo de R$ 115 milhões ser liberado, que seja restritamente para cobrir esse rombo deixado, e que no dia 1º de janeiro de 2018, cortes nos gastos do governo sejam implementados na base desse acordo.
É uma farra!
ALE e TJ também poderiam dar o bom e saudável exemplo de reduzirem gastos. Hoje, R$ 19 milhões para deputados aprovarem, por exemplo, decretos e projetos que em nada nada nada ajudam ou melhoram a vida dos cidadãos, é muita muita coisa. É uma farra!