Edersen Lima - Lisboa

Rosinha presa causa vergonha
A prisão do casal Antony e Rosinha Garotinho chama atenção para o fato dela ser a primeira governante a ir para a cadeia sob acusação de arrecadação de dinheiro ilícito para o financiamento da campanha dos dois. É uma realidade constrangedora, seja por qualquer tipo de visão de mundo machista ou feminista, mas acima de tudo vergonhosa por se tratar de agente público. 

Darbilene e Suzete, também
Rosinha Garotinho não é a primeira mulher a ser presa em caso de corrupção envolvendo aplicação irregular de dinheiro por influência ou conhecimento indireto do marido. O famigerado Escândalo dos Gafanhotos mandou para a cadeia a esposa do então presidente da Assembléia Legislativa, Mecias de Jesus, Darbilene Rufino; mandou a ex-deputada Suzete Mota, mulher do senador Telmário Mota, além de irmãs, cunhadas e secretárias de deputados.
Todas, como procuradoras ou beneficiadas pelo desvio de cerca de R$ 70 milhões dos cofres públicos.

Carne fraca
Acredita-se que, pela natureza feminina, de Rosinha Garotinho, passando por Darbilene Rufino, Suzete Mota até às irmãs e secretárias de deputados roraimenses, elas foram aliciadas pelos maridos, parentes e patrões a se envolverem nas irregularidades em que se meteram. Ou então, por muita ignorância.

Sabiam o que estavam fazendo
No caso de Darbilene (foto ao lado) e Suzete, no entanto, ambas tinham total conhecimento - se de bem ou de mal -do que estavam fazendo com as procurações que receberam de gente que mal sabia escrever o próprio nome, e que em depoimentos à Polícia Federal, revelaram que nem sabiam que estavam empregadas no governo, mas lembravam que tinham assinado procurações em que Darbi - como a mulher de Mecias é conhecida nas colunas sociais - e Suzete, receberam seus salários e depositaram o dinheiro em suas respectivas contas bancárias.

Ritmo de festa
Mas independente das prisões dos Gafanhotos, praticamente nada mudou em Roraima. Outras esposas, outras irmãs, várias secretárias de políticos, e agora também, cunhadas - a novidade do momento - enriqueceram independente de seus maridos assim que nem aquela musiquinha do programa Silvio Santos, 'Ritmo, é ritmo de festa...'.

Esposas e cunhadas
É o que o mostra um levantamento básico feito pela Coluna em que, lojas de marcas de grife em shoppings, postos de gasolina em Boa Vista e em Manaus, casas na beira do rio Branco, prédio para funcionamento de instituição pública, loteamento avaliado em mais de R$ 8 milhões, contratos com prefeituras para aluguel de veículos, apartamento em Miami, e até partido político, foram 'presenteados' a esposas, cunhadas e secretárias.

Dólares, jóias e Loubotins
Outra mulher de político que foi parar na cadeia, é Adriana Anselmo, mulher do larápio Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, foi presa também por bronca do marido. Teve mais de R$ 100 milhões em jóias, roupas, bolsas e sapatos (62 da grife Christian Louboutin) apreendidos pela Polícia Federal.

Casa-cofre
Sobre montantes de doláres e reais, jóias valiosas, bolsas Prada, Gucci e Chanel, e sapatos Loubotins, uma casa-cofre  foi montada para levar essa particularidades no mesmo dia que uma operação policial aconteceu em Roraima no ano passado.

Foto
"Só falta pra essas meninas (esposas e cunhadas de políticos) tirarem foto em cima de uma lambreta para se tornarem famosas', comentou uma fonte.

E a Receita Federal, o que faz?
Sobre essa realidade socio-econômica de esposas de políticos, um experiente observador da política macuxi questiona: "Pra que existe a Receita Federal em Roraima? Pelo visto, só para emitir dados sobre balanços do imposto de renda geral, multar quem é pego em contrabando, emitir CPF e CNPJ. Mas apurar o que a imprensa denuncia sobre enriquecimento ilícito, já sabemos que não é a praia da Receita Federal em Roraima. Se cruzar dados do imposto de renda com cartório de imóveis, pode ter certeza que muita coisa vira manchete do Jornal Nacional"

Pegou mal
Pegou muito mal para o deputado Hiran Gonçalves falar em composições politicas com adversários do governo de dona Suely Campos, que antes dele estrar no PP, já era filiada há mais de 10 anos. Hiran conseguiu vitimizar a governadora, com aquele conversa típica de político oportunista, fisiologista mas que o eleitor ver é como traidor.

Trairagem anunciada
Hiran, como 99% dos políticos, é rodeado de gente que só lhe fala elogios. Mas a verdade é essa, sim, pegou mal essa 'trairagem' anunciada.

Tem que provar o que falou
Parece que bateu o desespero no deputado Jane Xingú que fez acusações contra a prefeita Teresa Surita e ao senador Romero Jucá, de boca, sem apresentar nenhuma prova do que falou. Como deputado estadual, Xingú tem que honrar a calça que veste. Tem dever e obrigação de provar as acusações que fez, pois acusar sem apresentar documentos, sem mostrar provas, só depõe contra ele e contra quem Xingú quer defender.

Explica a obra da delegacia, Xingú
Aquela barbeiragem feita na construção onde funcionava a Delegacia da Mulher, na rua Terencio Lima, é que deveria ser explicado por Xingú. Não é novidade para ninguém que a construtora que recebeu mais de R$ 2 milhões para fazer aqueles escombros, é muito próxima a ele.

Explica as notas frias, também
Xingú, deve antes explicar o escândalo das notas fiscais frias de um contrato de R$ 753 mil firmado entre a Assembléia Legislativa e a empresa que era controlada pela sua então esposa, que emitiu supostas notas frias.

Abafou
Quem cobra tem que dar o exemplo. A ALE abafou o caso das supostas notas fiscais frias apresentadas por Xingú para receber dinheiro da verba indenizatória emitidas para ele pela empresa criada por dois assessores do seu gabinete e que tinha como procuradora com plenos poderes para vender, contratar, comprar e desfazer o que quisesse, a então esposa do deputado.

Explica as procurações para Jonatan
Ainda sobre o vídeo que o homem do milagre da multiplicação dos bens, Mecias de Jesus, gravou, ele reclama sobre a titularização de terras no estado. Ora, primeiro, Mecias, explica por que o teu filho Jonatan, que vivia em Manaus e com 22 anos de idade, se tornou procurador com plenos poderes, irretratáveis e irrevogáveis sobre três áreas que depois se tornaram na tua fazenda, e por que o teu braço direito Jota R Rodrigues, foi dos que transferiu o lote de terra para Jonatan?

E o que o Jonatan fez?
Mecias reclamou também sobre a questão energética de Roraima. Antes disso, ele deveria perguntar do filho Jonatan, que é presidente da comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, por que com esse poder, ele não fez alguma coisa de positivo para a situação caótica do que estado passa?