- 09 de julho de 2025
Explicar ou desmentir
Duas informações extra-oficiais merecem ser esclarecidas ou desmentidas pelo presidente da Assembléia Legislativa, deputado Jalser Renier. A primeira, de que utilizaria o amigo Paulo Sérgio Souza, o 'maninho', que é procurador do Ministério Público de Contas, para promover série de auditorias em todas as prefeituras de Roraima com objetivo de pressionar os prefeitos que estejam dispostos a apoiar a prefeita Teresa Surita ao governo na eleição do ano que vem.
Indicação de Cíntia para vice
A segunda, é a de que durante a conversa que teve sábado à noite com a governadora dona Suely Campos, em que combinou a aprovação do empréstimo de R$ 110 milhões ao endividado e mau pagador governo, teria acertado indicar sua mulher, a fisioterapeuta Cíntia Padilha, como vice na chapa de Suely caso ele seja 'impedido' e 'se não puder' concorrer ao governo no ano que vem. Isso, em troca do seu apoio à reeleição da governadora.
Caroço debaixo desse angú
Essas duas informações ou boatos, estão correndo no meio político desde a tarde de domingo, 5, um dia depois do acerto firmado entre Jalser e dona Suely para liberação do empréstimo. Alguns pontos soltos dessa conversa, juntados a fatos políticos, dão força de que há caroço debaixo desse angú, como podemos analisar abaixo:
* Sabendo-se de como é a política em Roraima, que candidato aprovaria empréstimo de R$ 110 milhões ao seu concorrente para ser usado no ano da eleição?
* Jalser já teria dito que apoiaria a reeleição de dona Sula, e não a candidatura de Teresa Surita, com quem tem divergências pessoais e se mantém omisso aos ataques que gente contratada e pautada pela assessoria de imprensa da ALE, despeja contra a prefeita todos os dias.
* Com o processo de afastamento da governadora concorrente na mão e podendo responder por prevaricação, Jalser se nega a colocar em votação decisão de afastar dona Suely, com quem abriu possibilidade de composição política.
'Kim Jong-Un do lavrado'
Se verdadeira ou não a informação de que solicitou ou irá solicitar ao amigo Paulo Sérgio Souza a tal série de auditorias nas prefeituras do estado para pressionar os prefeitos que não o apoiem, Jalse Renier precisa esclarecer ou desmentir o que está circulando, isso porque, como comentou um ex-deputado, 'se como pré-candidato ao governo ele já age assim (suposto uso de fiscalização), imagina se virar governador, vai ser o Kim Jung-Un do lavrado'.
De Souza pra Souza
O 'maninho', Paulo Sérgio Souza é apontado como 'conselheiro' de Jalser e seria o autor das indicações do consultor geral da ALE, Andreive Souza, e outras para composição da ampla assessoria jurídica da Casa.
Jogando pesado
O certo é que, arrojado, Jalser Renier está jogando pesado para confirmar sua candidatura ao governo. Está usando tudo quanto é verba da Assembléia para promover contratação de pessoal, firmar alianças com políticos sem mandato, e bancar as ações sociais que criou - ações sociais pertinentes diga-se de passagem -, realizadas com dinheiro do contribuinte e já apontadas como eleitoreiras.
Não contribui em nada
Nesse clima de adversidade de Jalser contra Teresa, em nada ajuda a pregação que George 'PF' Melo, tido como sucessor dele na ALE, vem promovendo, e que não contribui em nada para a harmonia do grupo que tem Romero Jucá, segundo o próprio Jalser, como 'líder maior'.
'O Jalser não precisa do Romero para se (re)eleger. O Romero é que precisa do Jalser se quiser ser (re)eleito'. Pela grossura do pescoço que o presidente da ALE tem mostrado, ele já aderiu à pregação de seu "sucessor".
Anchieta agradece
E tudo que Anchieta Júnior quer é que a manobra de Jalser Renier em tirar Teresa do processo eleitoral tenha sucesso. Com Teresa fora do páreo, o ex-governador acredita que suas chances aumentam muito mais com possibilidade de vencer a eleição no primeiro turno. Isso, devido à enorme rejeição que dona Suely desfruta.
Apoio dos descontentes
Como está aberto a tudo quanto for entendimento, Anchieta crer, ainda, que poderá contar com apoio de aliados da prefeita descontentes com o 'fogo amigo' contra ela, disparado por gente que está na folha de pagamento da Assembléia.
E Paredão, Getúlio?
O professor mestre em dragagens, Getúlio Cruz, não é exemplo de quem fala em 'visão de futuro' como escreveu ontem em seu jornal. Depois de chamar os roraimenses de 'babacas' porque não sabem por que vão pagar mais caro pela conta de energia elétrica, Getúlio pensa que não tem gente viva em Roraima para lembrá-lo de suas lambanças quando governador biônico do ex-Território, como a de criar a usina do Paredão ao invés da de Cotingo, em que milhões de dólares foram 'dragados' sem rumo, que penalizou o estado a ficar na situação caótica que hoje vive pela falta de energia confiável.
Professor comédia
Na época, Getúlio dizia que quem não acreditasse na usina de Paredão levaria um choque.
Compra de votos
A acusação de comprar votos a favor da reeleição do então marido Anchieta Júnior , em 2010, rendeu ontem à deputada Shéridan Steffanny a denúncia ao Supremo Tribunal Federal, feita pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que a acusa de ter oferecido vantagens a moradores de Boa Vista em troca de votos para o marido. Essas vantagens incluiriam a inscrição em um programas sociais do governo e o pagamento de multas de trânsito.
Gravação
Dois eleitores, moradores do bairro de Pintolândia, gravaram o diálogo com a então primeira-dama e realizaram uma representação contra Shéridan. Em depoimento, ela reconheceu que pode ter tratado sobre o assunto, mas ressaltou que isso ocorreu devido a sua posição como secretária, e que as promessas não foram relacionadas com o pedido de voto.
Crime
“A denunciada era capaz à época dos fatos, possuía consciência da ilicitude e dela se exigia conduta diversa, encontrando-se caracterizada a autoria e materialidade delitivas. Está caracterizada a autoria e a materialidade do crime”, escreveu a procuradora-geral.
Posteridade
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O gente boa Eugênio Thomé e sua Nádia,
confirmando o amor verdadeiro.
Sem prestígio
De novo, em vídeo espalhado por ele mesmo, Telmário Mota assume que é um expectador privilegiado de 'descasos' com Roraima e que, sem prestígio, não tem conseguido impedir os tais 'descasos', de que obras não são realizadas, de que dinheiro público foi desviado, de que fulano é ladrão e o grupo X é de bandidos, e por aí vai...
Luciano é candidato ao Senado
Um dos nomes citados por Temário Mota é do secretário nacional de Infraestrutura do Ministério dos Transportes, Luciano Castro, que já informou ao seu grupo político que será candidato ao Senado com apoio da prefeita Teresa Surita.
Daí, o 'ouriçamento' de Telmário.
Prova de que Mecias não é candidato
A candidatura de Luciano Castro reforça o que esta Coluna tem afirmado, que o homem do milagre da multiplicação dos bens, Mecias de Jesus, não irá disputar o Senado, e sim, quer articular a troca de apoio para reeleições dele e do filho Jonatan à Câmara de Deputados.
Luciano e o milagreiro de Jesus têm aliança histórica em composições políticas-eleitorais, onde sempre um apoiou o outro. E nesse, caso, a coisa casa direitinho: Luciano senador, Jonatan deputado federal, e Mecias deputado estadual.
Nomes
Luciano Castro soma à lista de candidatos ao Senado que tem nela os senadores Romero Jucá e Angela Portela, e mais o ex-governador Chico Rodrigues e o empresário Haroldo Catedral. O pastor Izamar, é outro que é só 'farofa' a sua candidatura.
Pedro 'perde prazos' Duque
O advogado Pedro Duque está sendo denunciado à OAR-RR por danos morais e jurídicos causados a um cliente. Duque, além de perder prazos em processos, se habilitou em uma ação sem conhecimento do cliente que sequer havia sido intimado. Para completar, Pedro Duque também perdeu prazo nessa ação em que, sabe-se lá por quais motivos, assumiu sem informar à parte requerida.
Não é de hoje
O histórico de Pedro 'perde prazos' Duque em ações suspeitas de irregularidades não vem de hoje e nem de ontem, vem há tempos. Ele foi acusado de falsificar grotescamente documentos para colocar em ação a candidatura da colega Vera Regina, para desembargadora no fim dos anos 1990. O processo, pelo visto, caiu no esquecimento, deixando-o livre para perder prazos por aí, e se habilitar irregularmente em processos judicais sem informar a parte requerida.