- 09 de julho de 2025
Dinheirama na mochila
Alto volume de dinheiro guardado em apartamento, que poderia estar dando algum rendimento ao seu dono caso estivesse em um banco, como o que foi encontrado em um apartamento na Bahia, não é novidade na política roraimense. Em 2010, pouco antes da eleição, a Polícia Federal encontrou R$ 750 mil guardados em um mochila do Homem-Aranha, debaixo da cama de José Raimundo Rodrigues, o Jota R Jackson, braço-direito conselheiro do então candidato a deputado Jonatan de Jesus.
Igual a Geddel
A dinheirama, sem recibo ou documento oficializado em cartório, pertencia a Jonatan de Jesus, que também operou milagre da multiplciação da renda mesmo sendo um estudante em Manaus, e que estranhamente, igual a Geddel Vieira Lima, preferiu guardar R$ 750 mil numa mochila no apartamento de um amigo do que em um banco ou na casa do pai que à época era cercada por policiais militares fortemente armados, cerca elétrica, câmeras de segurança e o escambal.
Sonegou dados à justiça eleitoral?
Intrigante que Jonatan de Jesus alegou que a origem daquela dinheirama toda era devido à venda de um posto de gasolina no valor de R$ 1,5 milhão. O documento de compra e venda era um papel sem qualquer registro ou reconhecimento de assinaturas oficializados em cartório. O dinheiro da primeira parcela foi pago à vista. No entanto, na prestação de contas que forneceu à Justiça Eleitoral, Jonatan afirmou que os valores do posto eram bem inferiores ao montante apreendido pela Polícia Federal.
Herdou o dom
Mas, se tratando de filho de quem faz milagres da multiplicação, não se é de estranhar que Jonatan de Jesus tenha herdado o mesmo dom e multiplicou mole, mole o valor do posto, e na hora de prestar informações à justiça eleitoral, se confundiu.
Confirmou ser independente
E falando no homem do milagre da multiplicação dos bens, Mecias de Jesus, em reunião com assessores, ele confirmou o que disse durante entrevista de rádio, que sua candidatura é independente e pediu para que não compartilhassem notícias referentes ao governo de dona Suely Campos, nem positivas e nem negativas.
Descolar imagem
Para um experiente observador da política macuxi, Mecias de Jesus, não quer ter sua imagem vinculada ao governo de dona Sula, no caso dela chegar com o mesmo índice de reprovação que desde o início do ano, tem. Agora, se os ventos mudarem de direção...
Enquanto der
Porém, faltando mais de um ano para a eleição, manter seu grupo bem instalado no governo, com influência em pastas importantes até se tornar 'independente', não faz mal nenhum. Pelo contrário, mantém a estrutura que só o milagre das benesses do governo pode operar.
Dá pra confiar?
'É muito cedo para afirmar que irei compor a chapa de apoio (à governadora). Ainda não descarto uma candidatura independente, mas isso só será confirmado com a proximidade das eleições', afirmou o milagreiro em entrevista de rádio. Como se vê, ele não é Suely fechado. A declaração, para o Palácio Hélio Campos, foi um recado tipo, 'se mexer com os meus, já sabe...'.
O difícil é crer no apoio de Mecias, que historicamente, pula de galho feito macaco em cada eleição.
Forte pela estrutura do governo
O mesmo observador da política macuxi aponta para um fato simples: Mecias é tido como político forte não porque tem carisma e liderança pessoal sobre milhares de votos, mas, sim, porque todos os governos lhe deram apoio, sustentaram o seu grupo, e ele, sempre esteve com governos municipal ou estadual alimentando sua base. A confirmação disso é que há duas eleições municipais que o milagreiro perde feio na sua sua região. 'Tira dele (Mecias) o que ele tem de apoio do governo pra ver a tal liderança', comenta a fonte.
Tiros de Janot
Com apoio irrestrito da TV Globo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vem dando tudo quanto é tiro no apagar das luzes de sua passagem pelo comando da PGR, que nesse finzinho de mandato, teve o filme queimado pela conversa de Joesley Batista, dizendo que ele 'sabe de tudo' que estava sendo fechado com a procuradoria para o acordo de delação.
Ontem, Janot, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra políticos do PMDB do Senado.
Denúncias vazias
Em nota, o senador Romero Jucá, que foi acusado por Janot, disse que “acredita na seriedade do STF ao analisar as denúncias apresentadas pelo PGR” e que “espera, contudo, celeridade nas investigações”. Como presidente nacional do PMDB, Jucá disse que “é mais uma tentativa de envolvimento do PMDB e carece de provas por parte do Ministério Público. Tais denúncias são fundamentadas apenas em delações – como veio a público recentemente – direcionadas e pouco confiáveis. O PMDB confia que o Supremo Tribunal Federal arquivará tais denúncias”, diz a nota.
Mais mortes
E o trânsito violento de Boa Vista, violento pela irresponsabilidade de 'playboyzinhos' causou mais duas mortes. Kaike Alves, filho do vereador Idázio da Perfil, passou sinal vermelho no cruzamento das avenidas Terencio Lima e Ene Garcez, e colidiu com uma moto, causando as mortes do condutor da moto e de um passageiro que estava no carro que dirigia. Carro esse que segundo informações extra-oficiais é alugado pela Câmara de Vereadores.
Tem que investigar
O Ministério Público Estadual tem se mostrado parcimônico sobre essses contratos de alugueis de veículos para a Câmara de Vereadores. Seja pelo custo-benefício desse uso desnecessário de dinheiro público em alugar veículos, seja pelo contrato em si, que, de acordo com denúncias já feitas nas redes sociais, boa parte dos veículos alugados seriam, depois de um ou dois anos, comprados por parentes ou assessores de vereadores que os alugaram.
Precisa desenhar?
O MPE poderia verificar junto ao Detran quantos carros são comprados, alugados e vendidos por certas locadoras de veículos, cruzando dados sobre quem os aluga, por quanto e tempo e quem os compra, verificando alguns tipos de conincidências.
Perguntinha:
O secretário interino da Saúde, primeiro sobrinho Paulinho Linhares, poderia informar se a secretaria tem algum 'anexo' no Bairro dos Estados?
A pergunta se deve ao fato de servidores da Sesau, constantemente, serem vistos em horário de expediente por aquelas bandas.