- 09 de julho de 2025
Sina?
O passado parece estar de volta no governo de dona Suely Campos. No fim de semana passado, 14 pacientes do Hospital Geral morreram em menos de 24 horas, o que fez muita gente lembrar as 32 mortes de bebês na Maternidade Pública há 20 anos, no governo de Neudo Campos, marido de Suely.
Justificativa
Esse fato, 14 mortes em menos de 24 horas, é número bem acima da média do hospital. A Secretaria de Saúde escalou o coordenador do NIR (Núcleo Interno Regulação) do HGR, Marcelo Borba, para ´prestar informações sobre as mortes no HGR. Segundo ele, o número de pacientes com estados de saúde críticos, nos quais mesmo com todo aparato médico disponibilizado, não foi possível garantir a sobrevida dos pacientes, na sua maioria, de causas irrecuperáveis como meningite, insuficiência respiratória, cirrose, tuberculose, acidente vascular cerebral [AVC], tumores, onde a maioria dos pacientes eram idosos.
Infecção hospitalar negada
"São casos que deram entrada na unidade em situação avançada nas quais os tratamentos disponibilizados não conseguiriam mais reverter o quadro do paciente”, disse Marcelo Borba, afastando o boato de que haveria uma infecção hospitalar generalizada no HGR.
Festa e mortes
As mortes ocorreram em momento que na imprensa e nas redes sociais era repercutido a mega festa de aniversários dos netos quadrigêmeos da governadora. Para completar a fase 'boa', com salários atrasados, funcionários de empresa terceirizada que atua na área de limpeza e serviços gerais do HGR, fizeram ontem paralisação de uma hora em protesto ao não pagamento de seus salários.
Investigação
Para completar essa 'maré boa' de fatos e notícias para o Palácio Hélio Campos, o Ministério Público Estadual anunciou ontem que irá investigar as causas e possíveis responsabilidades sobre as 14 mortes ocorridas no HGR. Um inquérito policial já foi pedido à Delegacia Geral de Polícia Civil, e um requerimento dando prazo de 10 dias ao HGR prestar informações sobre as mortes.
Imposto suspenso
A 20ª Vara Federal do Distrito Federal suspendeu o aumento de imposto sobre os combustíveis anunciado na semana passada. A decisão vale para todo o país e entra em vigor assim que o governo for notificado. Na decisão liminar, o juiz avalia que o governo cometeu ilegalidade ao não cumprir o prazo de 90 dias entre a edição da norma e sua entrada em vigor: “O decreto publicado em 21 de julho com vigência imediata frustra todo o planejamento tributário dos contribuintes”.
O governo já entrou com recurso contra a suspensão do aumento de imposto.
Sem noção
O presidente Michel Temer parece que gosta de dar declarações infelizes. Na Alemanha, no encontro do G20, com o país pegando fogo, 12 milhões de desempregados, disse que o 'Brasil não atravessa nenhuma crise'. Na sexta-feira passada, sem noção, falou que 'o brasileiro compreenderá' o aumento de impostos, com saúde pública precária e segurança pública deficiente reinando.
Economia de R$ 1 bi
O governo informou ontem que a adesão ao programa de demissão voluntária de servidores federais vai começar ainda esse ano. Mas áreas prioritárias ficarão fora do plano. A meta é economizar R$ 1 bilhão por ano.
Pela regra, não poderá aderir quem já tem condições para se aposentar e continua na ativa. Algumas áreas onde há falta de profissionais vão ficar de fora como setores de segurança, saúde e educação.
Para se desligar do sistema público, o servidor receberá um salário mais um quarto. Por exemplo, para um salário de R$ 10 mil, ele receberá R$ 12.500 para cada ano trabalhado no serviço público. Essa conta seria feita com base no salário atual.
Bem que tentou ajudar
E Telmário Mota disse ao site Congresso em Foco que é vítima de uma 'armação' no explosivo inquérito que a Procuradoria Geral da República abriu para apurar denúncia de que ele espancou a ex-namorada Maria Aparecida Nery. Ela bem que tentou ajudar o ex-amante. Primeiro, pedindo para cancelar o Boletim de Ocorrência feito com exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, anexado. Depois registrou outro B.O. alegando que ela é que se bateu a ponto de desmaiar. Quando a bomba estourou, registrou o terceiro boletim, esse dizendo que fez tudo a mando de um 'namorado.
Agressão confirmada
Telmário nega que agrediu a então namorada. Mas na hora do 'vamo ver', Maria Aparecida afirmou em depoimento na Polícia Federal que foi, sim, espancada por Telmário, que ficou possesso de ciúmes dela só porque cumprimentou um tio; que não fora a primeira vez que isso - apanhar - aconteceu; ganhava mesada dele de R$ 2 mil; e que iniciou caso amoroso um mês depois de completar 16 ano.
Quem acredita?
A questão é: quem, Telmário, está por trás dessa 'armação' que você alega ser vítima? Por que você não revela os nomes? Por que você ainda não enquadrou judicialmente quem lhe acusa de tamanha atrocidade? E quem, Telmário, você acha que acredita nessa sua versão?
Não dá um pio
Acuado, Telmário Mota, que se diz 'senador do povo', não presta esclarecimentos ao povo sobre tão pesada acusação que responde.
Hipocrisia
Critica-se o Planalto por liberar emendas de deputados em troca de apoio contra o afastamento de Michel Temer. O governo figura como vilão, como corruptor. Esquecem, os que criticam que, na ponta disso, com emendas liberadas, ruas, bairros, cidades e estados são beneficiados com obras, com medicamentos, com equipamentos diversos para a educação, agricultura, segurança e transportes.
Esquecem que se o governo age errado 'comprando' deputados, deputados que se 'vendem' também não incorrem em erro, só o governo peca?
Cavalo de batalha
O choro de boa parte da grande imprensa está em uma causa: o corte radical de publicidade do Planalto, depois que Temer assumiu. O amigo leitor já deve ter percebido que não há propagandas a rodo, no ar, como havia nas gestões petistas.
O corte em publicidade se dá como economia de gastos. Mas virou cavalo de batalha da grande imprensa