- 11 de julho de 2025
A palavra é coerência
O deputado Jorge Everton é o autor e relator da CPI do Sistema Prisional e quem protocolou pedido de impeachment da governadora Suely Campos por crime de responsabilidade por não ter impedido gastos e nem punido os envolvidos no desvio de R$ 20 milhões na Secretaria de Justiça.
Assim sendo, em conformidade com o que pensa Jorge Everton, deve-se acusar também a Mesa Diretora da Assembléía quanto aos servidores presos na operação Cartas Marcadas. Ninguém da Mesa impediu que servidores da Casa, entre eles Gerson Melo, irmão do deputado George Melo, desviassem mais de R$ 10 milhões e fossem presos, segundo o Ministério Público.
A Mesa Diretora fez o mesmo que a governadora, deu total autonomia e permissão para que seus servidores pintassem e bordassem com dinheiro público. Dessa forma, se dona Suely tem responsabilidade pelos gastos suspeitos de seus auxiliares, a Mesa Diretora da Assembléia não tem sobre os seus, deputado Jorge Everton?
O pau que bate em Chico bate em Francisco. O que vale pra um vale pro outro. Se a governadora tem que ser afastada por crime de responsabilidade, a Mesa Diretora da ALE, por sua vez, no caso das Cartas Marcadas também tem que ser igualmente afastada. O nome disse é coerência.
Há diferenças
Uma diferença que deve ser observada nessa questão de responsabilidades da governadora e da Mesa Diretora da Assembléia: os suspeitos do governo sequer respondem inquérito, já os da da ALE, foram presos acusados de embolsarem mais de R$ 10 milhões em contratos superfaturados.
Dados
A Corregedoria do Tribunal de Justiça divulgou ontem dados de atuação no período de fevereiro a maio deste ano, onde 178 reclamações e questões foram feitas. De acordo com o levantamento, 87% delas já foram solucionadas, 6% foram consideradas improcedentes e 6% estão em análise e tramitação.
A demora de tramitação de processos é a maior das reclamações, ou seja, 63% da demanda.
Impeachment para agosto
O presidente da ALE deputado Jalser Renier, foi convencido a deixar para agosto a decisão sobre receber ou não o pedido de impeachment da governadora dona Suely Campos, feito pelo colega Jorge Everton. A Assembléia encerra hoje suas atividades do primeiro semestre. Assim não daria tempo sequer de formar comissão processante para analisaria o pedido.
Sem tendência
O fato de deixar para agosto a decisão de aceitar ou não o pedido de impeachment de dona Sula, não quer dizer que Jalser Renier esteja tendencioso a não acatar. Se tivesse essa tendência já tinha recusado.
'Peça de ficção'
Denunciado pelo crime de corrupção passiva ao Supremo Tribunal Federal a partir das delações premiadas do Grupo J&F, o presidente Michel Temer se manifestou nesta ontem sobre a acusação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra ele. Acompanhado de aliados no Palácio do Planalto e em um discurso forte contra Janot, Temer disse “sem medo de errar” que a denúncia é uma “peça de ficção”, que sua “preocupação jurídica” com ela é “mínima” e só se pronunciaria em função da “repercussão política”.
'Denúncia por ilação'
Michel Temer também classificou a acusação apresentada ao Supremo como “ilação” e “trabalho trôpego”. “Examinando a denúncia, eu percebo e falo com conhecimento de causa que reinventaram o código penal e incluíram uma nova categoria: a denúncia por ilação. Se alguém cometeu um crime e eu o conheço, e quem sabe tirei uma fotografia ao lado dele, logo a ilação é que eu também sou criminoso. Por isso, um precedente perigosíssimo em nosso Direito esse tipo de trabalho trôpego permite as mais variadas conclusões sobre pessoas de bem e honestas”, completou.
Vítima?
Orientado pelo presidente da Câmara de Boa Vista, Mauricelio Fernandes, e pelo primeiro secretário Romulo Amorim, o vereador Wagner Feitosa, foi à tribuna se dizer vítima de uma campanha de difamação e calúnia nas redes sociais. Feitosa foi gravado falando abertamente com supostos assessores sobre divisão de salários e fantasmas pagos pelos cofres da CMBV.
Gafanhotagem
Não sobram muitas dúvidas no que se ouve nas gravações. Wagner Feitosa comenta, por exemplo que pessoas não precisariam trabalhar para receber R$ 5 mil. Porém, desse valor, elas ficariam apenas com R$ 800, e repassariam o restante para ele quitar dívidas de campanha.
Operação abafa
Numa sequência de cinismo ou muita ingenuidade - embora seja quase impossível ter algum vereador inocente ali -, colegas de Wagner Feitosa, como numa operação abafa, se revezaram para manifestar solidariedade ao colega que foi gravado tratando de 'gafanhotagem'.
Perguntinha:
O vereador Rômulo Amorim se mostrou indignado com o que classificou de “uma indústria da fofoca” que circulam em grupos de WhatsApp, mas quem, Romulo, andou espalhando inverdades sobre um colega, justamente em grupos de Whats?
Pulou fora
Mauricélio Fernandes não presidiu a sessão de ontem e assim, evitou ser cobrado pela imprensa a tomar uma atitude, no minimo, condizente, não corporativista e sim, responsável com o eleitor, com a população, que seria a de pelo menos abrir uma investigação sobre o fato. Pois é fato que Wagner Feitosa tratou de contratação de servidores, de que pessoas não precisariam bater ponto e que maior parte dos salários seriam repassados para pagamento de dívidas de campanha.
Evitando
O que Mauricélio Fernandes demonstra querer evitar, é que essa situação ande e caia no seu colo a responsabilidade pelas contratações feitas ou acertadas por Wagner Feitosa. Haja vista que toda e qualquer contratação e despesa da CMBV é paga com a sua assinatura e permissão.
Punição acertada
Para os tendenciosos, trata-se de 'castigo' a Corregedoria da Polícia Militar ter punido o policial que expulsa a empurrões o secretário de Administração do governo, Frederico Linhares, de uma seção de votação no ano passado. As imagens são bem claras. Frederico é empurrado de forma ostensiva, sequencial e desnecessária pelo policial. Questionado a informar o seu nome, o policial nada responde.
As imagens abaixo mostram que em nenhum momento o secretário reagiu ou sinalizou reagir, até pudera, dois policiais com quase do dobro do tamanho dele, Frederico reagiria se fosse louco. Ver vídeo abaixo:
Quantos outros casos?
O caso do abuso de poder contra Frederico Linhares foi parar na Corregedoria da PM, e quantas outras situações de excessos como esse ou até mais ostensivo - para não dizer violentos - já não ocorreram e ocorrem, mas por se tratar geralmente com pessoas mais simples e sem alcance da lei, esses casos acabam em nada?
'Senador imbecil e idiota'
Depois que foi chamado de 'imbecil' e de 'idiota' pelo líder do governo, Romero Jucá, na tribuna do Senado, Telmário Mota parece que desde então ficou 'pianinho' e nunca mais tratou de criar ou autorizar manifestações de seus asseclas contra o líder governista.
"Foi uma palhaçada movida por um senador imbecil (Telmário Mota). Não vou discutir com um idiota (Telmário Mota)", disse Romero Jucá na tribuna do Senado, se referindo à grotesca 'manifestação' de três assessores de Telmário Mota, no aeroporto de Boa Vista, em fevereiro passado.
Nas redes
A classificação feita por Romero Jucá, de 'imbecil' e de 'idiota', atrelada às 'coisas' que Telmário Mota fala e faz como aquela 'pérola' sobre o planeta Nibirú, incrementaram o estoque de críticas, chacotas e gozações que o eleitorado faz dele nas redes sociais.
Só lembrando. Quem se dirigiu a Telmário Mota como 'imbecil' foi Romero Jucá, em discurso na tribuna do Senado em fevereiro passado. Por que ele não tirou satisfação com Romero?
Coisa de imbecil
Telmário Mota não faz cerimônia em classificar Romero Jucá de tudo quanto é adjetivo depreciativo. Aí, foi chamado de 'imbecil e idiota' e não gostou. Ora, quem fala o que quer, ouve o que não quer. Só um imbecil ou idiota para achar que essa máxima não ocorre.
Assessora 171
Uma 'assessora' do afobado Azamba tem evitado ser localizada por oficiais de justiça que tem intimação de processo por falsidade ideológica. Ela se anuncia como jornalista formada na UFRR mas não consta nos registros da universidade que a mesma tenha concluído curso de Comunicação Social.
Elefanta
Pelas fotos que circulam nas redes sociais, comprova-se que maconha engorda, e muito. É o chamado 'efeito larica'.