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Edersen Lima - Algarve

'Bomba' pode implodir CPI do Sistema Prisional


No ventilador
Tanto nos corredores da Assembléia Legislativa como nos do Palácio Hélio Campos, corre boato de um desdobramento sobre a CPI do Sistema Prisional, em que suposto acordo firmado para que a paz voltasse a reinar entre os dois poderes, envolvendo investigações realizadas de um um lado e do outro, proposta de R$ 1 milhão para facilitação desse entendimento onde R$ 300 mil teriam sido pagos, gravações comprometedoras, e agora, ameaças de que tudo ser jogado no ventilador.


Colegas delegados 
A cúpula da Polícia Civil já estaria a par desse boato, mas não só por se tratar de uma instituição de investigação, mas pelo fato de que de uma lado, o relator da CPI é um delegado de carreira, e do outro lado, o ex-secretário de Justiça, investigado, com situação nebulosa, que se negou a prestar depoimento, e nenhuma repreenda sofreu por causa disso, que teve até uma declaração escabrosa e estranha do relator de que 'alguém maldosamente usou sua senha'. Ou seja, dois colegas delegados.


Crítica
No governo, o secretário de Justiça, coronel Ronan Marinho, criticou, o que ele chamou de 'politização da CPI do Sistema Prisional', como uma retaliação ao governo do estado pela decisão do desembargador Leonardo Cupello, que acatou pedido do Ministério Público Estadual, para abertura de inquérito sobre desvio de dinheiro via pagamento fraudulento de diárias a deputados e servidores da ALE.
'Primeiro, essa ação partiu de denúncia do MPE, e não do governo do estado. Segundo, apontar que o governo tenha tido ou tem qualquer ingerência na decisão de um desembargador em abrir inquérito, ou seja, investigação sobre o que foi denunciado, é extrapolar do uso da imaginação', comentou o secretário.


Investigação não é condenação
Para Ronan Marinho, se nada de irregular foi cometido na ALE, que seja posto às claras no inquérito aberto. 'Inquérito não é decisão. Inquérito é para se apurar informações. E esse é o campo e meio para que a ALE tire qualquer dúvida ou acusação. O que não pode é politizar uma CPI em retaliação ao que não aconteceu", completou.


Tinha que apurar desde a origem
O governo publicou nota oficial anteontem, reclamando que: 'a CPI sequer apurou as obras inacabadas de gestões anteriores ao atual governo. É o caso da penitenciária de Rorainopolis, que é de 2006 e a ampliação da cadeia pública de boa vista, que é dessa mesma época, inclusive o período que o deputado Jorge Everton foi diretor da SEJUC'.


Suspeito ou não?
Agora, amigo leitor, é ou não é suspeito uma CPI, abrir mão, deixar meio que correr solto a não disposição de um envolvido na investigação?


Nada de retaliação
Na ALE, um membro da Mesa Diretor rechaçou tanto a nota do governo como as declarações do secretário de Justiça. 'A CPI existe há quase um ano. A sociedade e a imprensa já cobravam pelo relatório dela. Ela (CPI) nao foi aprovada por retaliação alguma, e sim, pelas inúmeras denúncias da qualidade da comida, das condições do presídio e cadeia pública, das denúncias sobre superfaturamento de contratos e má qualidade de serviços, tudo isso feito por agentes penitenciários, advogados de presos, presos, familiares de presos e empresários', comentou a fonte.


Foi outro vereador?
Está coberto de razão o vereador Genilson Costa, que pediu investigação policial e deu uma senhora prensa no presidente da Câmara de Boa Vista, Mauricélio Fernandes (ao centro na foto ao lado), sobre a difamação de que teria sido flagrado com um travesti. Com depoimento de quem deu o flagrante, inocentando Genilson e apontando outro vereador, um que nas redes sociais sempre aparece com um copinho de bebida na mão e com uma 'noiva' de ocasião, como o protagonista do caso.


Quis desviar o foco
O protagonista, maliciosamente, teria tratado de espalhar nas redes sociais que Genilson Costa é que foi pego em situação íntima com um travesti. Isso, com intuito de desviar ou pelo menos colocar em dúvida a também suposta história em que 'copinho' teria sido flagrado.


Se não cumplice, omissa?
Ontem, corre-corre foi grande na predidência da CMBV. Após apurar a armação, Genilson teria ido pra cima de Mauricélio Fernandes por suspeitar que a Mesa Diretora da Câmara estaria sendo, se não cúmplice, omissa nesse caso. 


Cara de pau
Quem lê as declarações do professor da dragagem Getúlio Paredão Cruz, no seu jornal, tem certeza de tratar-se pessoa corpo e alma puros. 'Ao contrário do que dizem esses políticos, citados com autores de malfeitos, o mundo da política não iria acabar se eles fossem, finalmente, para cadeia por terem se beneficiado com a roubalheira de dinheiro público. Sem eles, a democracia funcionaria muito melhor', disse o professor, sem responder sobre quem já foi condenado na justiça federal por desvio de dinheiro público.


Responde, professor
Getúlio, e no que deu aquela tua condenação pelo roubo de dinheiro público na lunática obra da dragagem do rio Branco?

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