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Edersen Lima - Lisboa

Nem aqui nem na China



Nem aqui nem na China
Nunca a máxima de que 'o meu direito acaba onde começa o seu, e vice versa' foi tão verdadeira na história recente do país. Não há legitimidade, e assim direito algum nas entidades sindicais promoverem depredação do patrimônio público, agressão a cidadãos, queia de pneus, desordem generalizada e até agressões físicas contra quem foi prejudicado com a paralisação que promoveram ontem em alguns pontos de algumas cidades.
Sobre a desordem e vandalismo cometidos ontem, recorro a dois comentários postados sobre o assunto por gente que entende de Direito. Um, do amigo Julian Barroso, defensor público, que propôs que, ao invés de os 'trabalhadores' defensores da greve geral promovessem uma campanha de doação de sangue, hospitais de todo o país precisam disso. E mais, por que não dedicar nesse dia ao menos duas horas de serviços comunitários em creches, asilos e escolas como exemplo de quem quer realmente o melhor para sociedade?
Iria mais além, sugerindo grande campanha de conscientização pelo voto corretivo, aquele em que cada eleitor descontente com o mau comportamento e voto considerado errado do seu deputado federal ou senador, não o reelegesse. Para boa parte de eleitores, a sugestão seria de que parassem de vender seus votos. É, sim por causa disso, que a maioria dos deputados não lhes representam.
Outro a que recorro, é ao comentário feito pelo promotor de Justiça, Ulisses Moroni, que aqui reproduzo: 'CONSEGUI CHEGAR AO TRABALHO! Apesar do trânsito lento por conta dos bloqueios dos manifestantes, consegui. E MEU DIREITO DE IR E VIR? Ninguém me consultou se eu hoje queria parar. Não dei procuração para ninguém falar por mim. Mas, querem impor que eu pare. Usem seu direito de se manifestar, mas respeitem o daqueles que discordam!'
É isso! Que direito foi dado aos manifestantes desocupados prejudicar quem quer trabalhar? 
'Isto é quase que fazer um sequestro relâmpago para demonstrar um produto a venda! Imagine você entrar numa loja, e lá trancam você por 15 minutos "apenas", para mostrar um produto. Certamente este 'consumidor' vai sentir ojeriza do local e tudo ali por anos! Mesma coisa de ser impedido de se locomover onde andamos livremente todos os dias. NA MINHA OPINIÃO, isto não vai sensibilizar para os motivos do bloqueio, mas causar, isto sim, antipatia!', completa Ulisses Moroni.
Finalizo afirmando que, se essa gente que se acha nacionalista, patriota ou coisa parecida soubesse o quanto as pessoas de bem, trabalhadoras de verdade sentem aversão a essas manifestações anti-democratas e impositivas, não se colocavam à disposição de tanto desgaste. Defender direitos causando prejuízos não é direito aqui nem na China.

 

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