- 11 de julho de 2025
Só com união e objetivos comuns
Há duas verdades na política macuxi. A primeira, é que até boi voa, como dizia o saudoso Ottomar Pinto. A segunda, é que só se vence eleição com grupo unido, fechado em um propósito.
Votos arrependidos
Dá para ir mais longe. Não só boi voa, como galo, também, embora hoje o percentual de arrependidos de fazer um bravateiro com pecha de mentiroso traidor voar para o Senado seja quase a da totalidade de votos que foram jogados nas urnas como o voto de protesto, ou como voto contra Romero Jucá.
Até Getúlio e as múmias se uniram
União de grupo é o segredo de eleição majoritária em Roraima. Quem lembra da de 2006 em que Ottomar montou a maior e mais forte aliança política que já existiu, vai concorda comigo. Até Getúlio Cruz, que sempre esteve contra Ottomar, se uniu aele. Isso sem falar que 90% dos deputados federais e estaduais estavam com o velho brigadeiro. Além de Neudo Campos e algumas múmias da política local.
Favorita perdeu
Essa aliança montada por Ottomar tinha um propósito extra além de elegê-lo: varrer Romero Jucá do mapa político do estado. Romero, então líder do governo Lula, perdeu feio. Teresa Surita, que vinha de duas administrações super elogiadas na Prefeitura de Boa Vista, diante da concorrência e pelos seus méritos, merecedora da vaga do Senado, surpreendentemente, perdeu, também. Isso porque, a união do bloco governista foi maior.
Usou o poder
Tudo bem que Ottomar lançou mão de tudo o que podia em termos de compor alianças dando quase tudo o que seus aliados pediram. Ou seja, o governo usou bem o poder de governo que tinha em distribuir benesses.
Desunião e azambas
Mas não basta ser só governo e distribuir benesses. Se assim fosse, Chico Rodrigues não tinha perdido em 2014. Mas faltou em torno dele a união de propósitos, a união de grupo. Tanto isso é verdade que, há um caso famoso do deputado estadual estilo azamba já reeleito junto com um ex-prefeito do interior que receberam R$ 250 mil para trabalharem a infraestrutura da campanha no segundo turno em um município próximo a Boa Vista, e Chico perdeu lá ainda pior que no primeiro turno.
No bolso deles ou no da concorrência
Em suma, é claro que o deputado estilo azamba com o ex-prefeito não aplicaram os R$ 250 mil para organização do segundo turno. Ou se aplicaram, usaram todo o dinheiro com aliados de dona Suely Campos.
Diferente de 2010
A falta de união do grupo de Chico Rodrigues foi o real motivo da sua derrota. Lógico que o desgaste do governo de Anchieta Júnior tembém somou. Mas não houve da parte dos governsita de então a mesma junção de objetivos que ocorreu em 2010 quando Anchieta foi reeleito.
O oportunismo do milagreiro
Sem falar que, traições e puladas de barco ocorreram do lado de Chico para o de Suely. Teve o oportunismo do homem do milagre da multiplicação dos bens, Mecias de Jesus, que negociou apoio em troca de infraestrutura política na Codesaima e Secretaria de Saúde, se Suely fosse eleita. Exigiu também 'condições' para trabalhar 'infraestrutura' de campanha no Sul do estado. E assim, deixou o grupo governista.
Exemplo de objetivo comum e desunião
Se Telmário Mota faz hoje as mamortas de distribuir melancia, abrir espaço para uma 'samambaia' assumir o Senado por Roraima, e campanha eleitoral antecipada com distribuição de produtos chineses baratos, é porque houve a união dos opositores viscerais de Romero Jucá em apoiar quem mais falava mal dele com o racha ou desunião do grupo governista em lançar dois nomes de peso ao Senado, que dividram os votos e ajudaram o galo voar.
Tudo menos um novo 'melancia'
Só que hoje, esses opositores de Jucá estão mais criteriosos. Querem ele a todo custo fora da política, mas não querem mais eleger um fanfarrão, um bravateiro que vive levando esculachos dos colegas do Senado, conhecido como traidor e mentiroso, e acusado de espancar amante 40 anos mais nova do ele.
Exemplo de 2016
Dona Suely Campos é a governadora, mas tem menos poder de liderança e de união de grupo que Chico Rodrigues tinha em 2014, daí o vergonhoso resultado das eleições para prefeitos em Roraima, onde não venceu em nenhum município, isso porque, o candidato 'governista' que venceu em Uiramutã não teve o apoio dela.
Soma-se a isso, o fiasco desastroso da candidatura palaciana à PMBV. Resumo, sem grupo político forte, governo nenhum consegue se eleger.
Futuro incerto
Pelo andar da carruagem, não se tem nenhuma certeza de que o governo aumentará sua base na ALE, ou se diminuirá com vista à eleição do ano que vem. A rejeição que dona Suely sofre na opinião pública faz com que sua base viva de 'paquera' com outra base. Por outro lado, não há até agora nenhum movimento de união da oposição em torno de um nome.
Igualou-se ao anão
Quem pensava que o anão reprodutor fosse imbatível nesse quesito específico, pode tirar o cavalinho da chuva. O deputado Chico Mozart está sendo acusado de igualar a marcar que metro e meio, oficialmente, tem.