Edersen Lima

Invasão é invasão, é crime
O homem do milagre da multiplicação dos bens, Mecias de Jesus, e mais o deputado Sampaio das Diárias, deram exemplos de oportunismo eleitoral e de certo incentivo ao crime de invasão de terras ontem ao participarem como membros da Comissão de terras da Assembleia Legislativa de Roraima de uma reunião com invasores na propriedade invadida próximo à Ponte dos Macuxis.
Invasão é invasão, é crime. Não se promove reunião oficial de um poder para se discutir a viabilidade de um crime. 

Cumprir a lei
Ao invés de oportunismo eleitoral, Milagreiro e Diárias deveriam agir de acordo com a lei, e a lei proíbe invasão. Assim, para se discutir a intervenção da ALE nessa questão, que primeiro os invasores deixassem a área. Que os proprietários fossem ouvidos. Que o governo e os órgãos reguladores de terras fossem chamados. 
Agora, promover 'reunião' que mais parecia um comício, dando a entender aos invasores que nada mais são que massas de manobra eleitoral, que poderão ganhar um lote de terra, é oportunismo e dos mais baratos e baixos.

Olha quem tem terra para distribuir!
Mecias de Jesus e seu filho Jonatan estão entre os maiores donos de terras na região de São João do Balisa. Jonatan numa situação raríssima de se ver, se torno dono de inúmeras terras do Incra quanto tinha 22 e morando em Manaus.  Ele desfrutava de singular confiança de assentados da vicinal 32, em São Luís do Balisa. Nos meses de julho, agosto e novembro de 2008, se tornou procurador com total poderes para fazer o que bem entendesse com três áreas rurais.

Alô, MPF!
No dia 30 de julho de 2008, o servidor público Sebastião Pereira da Silva e sua mulher Mirthô Maria da Silva, compareceram ao 1º cartório de oficios e registros de Boa Vista como outorgantes de procuração para Jonatan de Jesus, a quem conferiram plenos poderes para "em caráter irrevogável, irretratável e sem prestação de contas, regularizar, desmembrar, vender, transferir, ceder, doar, ou de qualquer outra forma alienar, para si ou para terceiros, o imóvel rural de propriedades dos outorgantes constituído como Sítio Riacho Doce, localizado na Vicinal 32, lote n° 1736, cadastrado no Incra sob o n° 9500258393886, com área total de 70,0561 hectares". Ver abaixo:

Alô, MPF! 2 
No mês seguinte, em agosto de 2008, com os mesmos plenos poderes e também em "caráter irrevogável, irretratável e sem prestação de contas", Jonatan de Jesus foi outorgado procurador de José Raimundo Rodrigues e de Lidiane Rodrigues Silva, para regularizar, desmembrar, vender, tranferir, ceder, doar, ou de qualquer outra forma alienar, para si ou para terceiros, o imóvel rural de propriedades dos outorgantes constituído como Sítio Capim Verde, localizado na Vicinal 32, lote n° 1380, cadastrado no Incra sob o n° 9500258145718, com área total de 70 hectares". Ver abaixo:

Alô, MPF! 3 
Três meses depois, foi a vez do casal Vanilde Pereira de Oliveira e Joel da Cunha Silva, outorgarem como procurador, Jonatan de Jesus, igualmente com total e plenos poderes para "em "caráter irrevogável, irretratável e sem prestação de contas, regularizar, desmembrar, vender, transferir, ceder, doar, ou de qualquer outra forma alienar, para si ou para terceiros, o imóvel rural de propriedades dos outorgantes constituído como Sítio Sonho Azul, localizado na Vicinal 32, lote n° 386, cadastrado no Incra sob o n° 9500258145637, com área total de 403 hectares". Ver abaixo:

Transação irregular disfarçada  
O motivo de tais procurações em "caráter irrevogável, irretratável e sem prestação de contas" que mais parecem documentos de transferência das áreas rurais para Jonatan de Jesus não consta nos registros do cartório. No Iteraima, os lotes também são desconhecidos, embora toda a transação de outorga de procuração tenha ocorrido em Cartório Público.
 

Cheiro estranho no ar
Chama a atenção que as procurações tenham sido dadas a Jonatan que, na época, morava em Manaus onde estudava Medicina na Faculdade Nilton Lins. E chama mais atenção o fato dele ter se cadastrado como "produtor rural" pleiteando regularizar para sí o imóvel rural Fazenda Sonho Azul, em 15 de junho de 2010, de acordo com número 54390.000220?2011-87 de identificação do Incra. Jonatan nunca fez nada que o caracterizasse até então como produtor rural.
 

Com a palavra, o MPF
Sabe-se que, por lei, que o interessado, seja quem for e o que for, só pode ter um lote inscrito em seu CPF. No entanto, no caso de ser apenas procurador dos proprietários, porém, com plenos poderes para "regularizar, desmembrar, vender, transferir, ceder, doar, ou de qualquer outra forma alienar, para si ou para terceiros", as áreas ficam sob controle e domínio sem que o seu CPF limite e impeça de possuir tais áreas como bem entender. Vê-se que Jonatan não é só o "menino de ouro" do pai. É digno e merecedor de total confiança dos outros.
 

Doa tuas terras, Milagreiro
Assim sendo, com tantas terras, por que Mecias de Jesus ao invés de apoiar 'uma saída viável' para invasões em propriedades registradas, não distribui lotes das áreas do Incra que ele e o filho menino de ouro herdaram sem gastar nenhum tostão?

14º salário em prêmio
"A educação hoje vive outra realidade no município. Quase 100% dos professores são efetivos e capacitados, a metodologia é diferenciada, a merenda é de qualidade. Fortalecemos a rede para que as escolas mostrem bons resultados”, destacou a prefeita Teresa Surita, ontem, durante entrega do Prêmio Referência em Gestão Escolar Delacir de Melo Lima a quase 500 professores que receberão o 14º salário. O dinheiro estará na conta hoje, 4. Com o pagamento dos dois prêmios, a prefeitura injeta mais de R$ 1 milhão na economia local.

Beneficiados
Com o pagamento referente ao mês de março. Os premiados foram reconhecidos pelas boas práticas de ensino, que resultaram em melhorias no aprendizado dos alunos.
Receberão o prêmio em remuneração, 279 professores e 190 servidores administrativos e de serviços diversos. Além de gestores, coordenadores e professores, estão entre os beneficiados os cuidadores, auxiliares de secretarias, assistentes de alunos, merendeiras, exceto os servidores terceirizados.

Compulsivo
Pra quem por 30 anos mente e engana dentro de casa, uma a mais ou a menos, não faz diferença. Ontem o senador das melancias, Telmário Mota - veja, amigo leitor, se isso é papel de senador - liberou 'nota' assinada pelo seu braço direito, dizendo que o mecãnico Wilson Clemente foi condenado por mentiras que postou sobre ele no Facebook. Mais uma mentira das tantas que Telmário compulsivamente espalha na vida. Clemente chegou atrasado à audiência judicial, após o seu encerramento, e por isso, foi condenado, e não porque a justiça enxergou algum crime que tenha praticado.

Diferente de 'galo brabo'
Telmário gosta de mentir ou de omitir acerca de processos da justiça que envolvam seu nome. Ele espalhou no ano passado que foi 'absolvido' pelo STF do crime ambiental, aquele em que foi preso em flagrante numa rinha de galos e o qual inventou inúmeras estórias para justificar sua prisão. Na verdade, a morosidade da justiça o beneficiou, pois o crime prescreveu, ou seja, ele não provou inocência alguma, ele teve a sorte de não ser julgado.

Catituzão e as desconfianças
Líder supremo e incontéste do Catitus Unidos (C.U.), o deputado Édio Lopes já levantou duas fortes desconfianças pela enxurrada de propaganda política que vem desenvolvendo nas redes sociais. A primeira, é de que está pavimentando sua candidatura ao Senado. Catituzão não põe fé na reeleição de Angela Portela, e acha que Romero Jucá sofrerá desgaste imprevisível da Lava Jato. Assim, sobram-lhe chances, crer.

Renuncia a la Neudo
Em segundo, o comandante do 'C.U.' pode estar preparando uma saída honrosa e temporária da política. Isso porque, ele tem um processo complicadíssimo no STF, por um tipo desvio de salários de servidores em seu gabinete, que está pronto para entrar em pauta. Assim, Catituzão renunciaria a la Neudo, antes de ser julgado.

O maior dos desgastes
Pesquisa encomendada pelo governo do estado expõe o maior desgaste de dona Suely Campos como governadora: a parentada nepotista contrata por ela que soma quase R$ 500 mil por mês no bolso do contribuinte. Parentada essa, que não dá lá muito retorno em prestação de bons serviços.

Não justificam ganhos e cargos
Exemplos de desgaste da parentada, estão na gestão de sogrão Josué Filho à frente da Secretaria de Justiça e o caos incontrolável no sistema prisional. Os contratos abençoados pelo primeiro sobrinho Paulo Linhares na Saúde, com empresas que não fornecem remédios a contento, e alimentação das priores já registrada, porém em acordos milionários. A Educação que teve e ainda, indiretamente, tem, à frente a primeira irmã Selmão Mulinari, que ocasionou na maior greve de professores da história do estado. E tem mais familiares fazendo pouco e ganhando muito.

Dona Suely não pede nada
Sobre gastos do governo, dois empresários ouvidos pela Coluna foram taxativos em dizer que 'ela (Suely Campos) não pede nada. Diferentes de alguns secretários'. A declaração já chegou tanto no ministério Público de Contas, como no Estadual. O que foi feito com as denúncias, é que são outros quinhentos.

Livres, leves e soltos
A nota acima confirma o que alguns deputados governistas reclamam na ALE. Dona Sula deixa os secretários de governo muito à vontade para fazerem o que bem entendem. quando entendem e do jeito que entendem.

Candidato ao Senado
'Graças a Deus tenho com o que viver com tranqulidade os anos que me restam. Não preciso da política como meio de vida. Meus filhos estão encaminhados não precisam de mim. Não preciso da política como meio de vida. Assim sendo, vou buscar realizar o que quero de melhor para o estado que me deu muito do que tenho", com essas palavras o ex-governador Chico Rodrigues garantiu ontem à Coluna, que está buscando um partido político para compor chapa majoritária para o Senado.

Fatores ajudam
Chico acredita na sua eleição por uma 'junção de fatores simples': 'O eleitorado que votou em mim não se arrependeu, diferente do eleitorado eleitorado da governadora, que amarga hoje 70% de rejeição. Vamos trabalhar o voto da recuperação de valores e objetivos concretos. Meu governo não teve privilégios com parentes, não teve superfaturamentos em contratos com empresas de alimentação, da construção civil e nem da de fornecimento de remédios. Meu governo foi limpo. Não sou ficha suja, e nunca envergonhei Roraima. Com certeza, o estado não estaria na situação que hoje se encontra se eu e meu grupo político tivéssemos vencido a eleição'.