Edersen Lima - De Bras�lia

Vai apurar, Fiscaliza Roraima?
Creio que o tal 'Fiscaliza Roraima' ainda não tomou conhecimento da reforma de muro mais cara do Brasil. Menos de 15 metros de obra, que não sairia mais que três mil reais, a Secretaria de Administração do Estado pagou R$ 74.280,96 reais. Esse valor cerca de 40% superior do preço média de casas - repito, casas - construídas no programa Minha Casa Minha Vida.
A 'obra' está lá. Basta agora o tal 'Fiscaliza Roraima' fazer a sua parte, não é?

Sumiu
Ontem, estranhamente, a placa da obra foi retirada.

Sem novidade
Se o tal Fiscaliza Roraima nada fizer, não será novidade. O Ministério Público Estadual, e o de Contas, e mais os deputados estaduais que por dever e obrigação constitucionais, teriam que tomar providências, ao que parece, não demonstraram, ainda, qualquer interesse no assunto.
E assim, segue Roraima.

Lembram da fonte do Parque Anauá?
O empresário Túlio César Pinto e a filha Paula Camila Pinto são os donos da Pacaraima Construções Ltda, que, de acordo com denúncias que correm nas redes sociais, cobraram R$ 74.280,96 reais pelos mais ou menos 15 metros de cimento e tijolo instalados no que é digno das obras dos governos do engenheiro Neudo Campos.
Quem não lembra da fonte do Parque Anauá que funcionou por menos de um mês e custou R$ 866 mil em 1995?

R$ 4 milhões
Hoje, com o valor corrigido, aquela fonte no Parque Anauá, obra do governo de Neudo, sairia pela singela bagatela de R$ 4 milhões. Pode um troço desses?

O outro lado
Por telefone, Túlio Pinto informou que o contrato que firmou com o governo foi para reforma e construção de 100 metros de muro, com valor até R$ 78 mil. O muro teve preço médio de R$ 740 por cada metro quadrado, não foi totalmente pintado, e ainda tem tijolos descobertos. De acordo com dados do Sindicato da Insdústria da Construção Civil, o preço médio dessa obra está em torno de R$ 120.
O empresário informou que ainda não recebeu pelo serviço.

Não tem quem fiscalize?
Será que na Secretaria de Administração ou na de Obras, não há nenhum engenheiro que acompanhe essas licitações e analise o absurdo que se cobra em obras públicas, junto com a falta de vergonha do poder público em pagar pelos valores estratosféricos que são cobrados?

Não sabe de nada?
Dona Suely Campos, a senhora não tem nenhum conhecimento disso?

Reforma do milagreiro
Essa realidade de metro quadrado de obra ser absurdamente cara ficou evidente com a reforma - repito, reforma - do prédio da ALE, que custou quase R$ 30 milhões na gestão de Mecias de Jesus.

Receita protege supostos 'laranjas'
E da assessoria jurídica da ALE vem informação que o relatório da CPI do Sistema Prisional foi prejudicado com a negativa da Receita Federal, dirigida por Omar Rubim, em fornecer a evolução patrimonial dos donos das empresas que se beneficiaram com fornecimento de materiais e com prestações de serviços à Cadeia Pública e à Penitenciária de Monte Cristo.

Trabalho prejudicado
A CPI quer apurar denúncia de que os donos das empresas não passam de 'laranjas' de políticos da base governista e de parentes da governadora dona Suely Campos, que seriam os verdadeiros donos e que lucram com superfaturamento em contratos com o sistema prisional.

De hábito
É do feitio de Omar Rubim Filho, que responde pela Receita Federal em Roraima, não dar atenção e não cumprir preceito de apurar denúncia feita por escrito, documentada que aponte não só enriquecimento prá lá de suspeito, mas como também sonegação fiscal.

Protegeu? 
Em 2013, ele recebeu um dossiê com as declarações patrimoniais do ex-presidente da ALE, Mecias de Jesus, onde oficialmente se constata que em 10 anos ele aumentou em mais de 20 vezes seu patrimônio. Como Mecias operou esse milagre, Omar Rubim Filho, não quis saber e arquivou a denúncia protocolada.

Vai recorrer
A CPI do Sistema Prisional vai recorrer à justiça para que a Receita Federal informe os dados solicitados pela investigação.

'Cuidado com o anão'
A governadora dona Suely Campos foi alertada sobre a especulada entrada no PRB do milagreiro Mecias de Jesus. 'Se ela acha ruim ficar no PP que sempre acolheu o Neudo (Campos), dirigido por um solícito Hiran Gonçalves, muito pior é virar refém das vontades do 'anão', que vai querer, no mínimo, duas secretarias importantes como Saúde e Educação, mais uma Codesaima ou Caer da vida como contra-partida pra se candidatar ao Senado', afirmou um secretário de governo.

Desconfiança não seria à toa
A assessores mais próximos, dona Suely já manifestou não ter segurança quanto à fidelidade de Mecias. Apesar de ter recebido total apoio de Neudo em 2012 quando se candidatou a prefeito de Boa Vista, em 2014 ele não apoiou dona Suely no primeiro turno. Preferiu as benesses do governo que lhe foram dadas assim que Chico Rodrigues assumiu. Mas vendo o resultado do primeiro turno, com dona Sula na frente, pulou de lado com a desculpa mais esfarrapada, igual às roupas que usava antes de operar o milagre na multiplicação dos bens quando foi presidente da ALE. (Ver foto ao lado)

Violência contra a mulher
Uma em cada três brasileiras com 16 anos ou mais já foi espancada, ameaçada, agarrada, perseguida, esfaqueada, empurrada ou chutada de fevereiro de 2016 pra cá. A informação é de pesquisa feita pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que entrevistou mulheres de todo o país e revelou que 29% delas afirmaram ter sofrido violência física ou psicológica no ano anterior.

Anão bom
Marcos Jr. atacante do Fluminense que entrou no segundo tempo do jogo em que o clube foi campeão da Taça Guanabara em cima do Flamengo, e fez o gol decisivo nas cobranças de penaltis, é o que se pode chamar de 'o bom anão', pois não é como alguns que são réus acusados de roubo de dinheiro público e nem manda a mulher pra cadeia no seu lugar.

Duelo de Titãs
A eleição de 2018 para a Câmara dos Deputados terá um verdadeiro duelo de titãs, entre um pavãozão e um ex-candidato a prefeito conhecido por 'pitoquinha de arroz'. Inimigos - não são adversários, são inimigos, mesmo - viscerais, Pavão e Pitoca alardeiam aos quatro cantos e de forma igual que "posso até perder, mas não vou ter menos votos que aquele ...(termo impublicável)"