Edersen Lima - De Brasília

Os pais da criança e o 'imbecil'
Em Roraima é assim. Uma promessa ou proposta ou noticia boa na área política sempre tem, pelo menos, meia dúzia de autores pra cima. Há dois anos, a ALE, sob comando do presidente Jalser Renier levou a maior caravana de políticos com mandato para uma audiência em Brasília para reivindicar a conclusão do Linhão de Tucuri e acabar com a sofrência da população com os cortes de energia elétrica e valores exorbitantes na conta de luz.
No mesmo dia, meia dúzia de deputados federais e um senador 'imbecíl' (como foi chamado publicamente), espalharam nas redes sociais - o chamado de 'imbecil' sujou Boa Visa espalhando panfletos - que eram os 'autores' da conclusão das obras do Linhão.

Continua orfã
Dois anos depois, de nada adiantou o Linhão ter mais de 10 'pais' e um chamado de 'imbecil' - que para muitos, mostrou-se digno da denominação -, porque a população continuou órfã de energia elétrica confiável e mais barata.

Falta o 'imbecil'
Agora, com as obras do Dnit, encampadas pelo secretário de gestão do Ministério dos Transportes, Luciano Castro, aparecendo, já surgiu, de novo, a penca de 'pais da criança' se auto-proclamando autores dos recursos via emendas parlamentares. O chamado de 'imbecil' em público, ainda não sujou a cidade com panfletos dizendo que ele 'e o presidente Temer', liberaram esses recursos.

Postagem

"Mais um ano que vai ficar marcado na história do carnaval de Boa Vista. O desfile dos blocos pegou pra valer. Nesses cinco dias de folia, nossa praça recebeu 70 mil pessoas, muitas famílias e nenhuma ocorrência grave. Tudo na paz, por conta da organização e da estrutura de segurança montada com aquele cuidado com as pessoas que nossa gestão sempre prioriza. Foi lindo e ano que vem tem mais! Minha gratidão a todos." Teresa Surita, prefeita de Boa Vista.

Jabá de R$ 5 mil
Um vereador do chamado grupo da 'farinha pouca, meu pirão primeiro', perguntou ao pessoal de imprensa que cobre o dia-a-dia da Câmara, se é normal logo após da entrevista, o entrevistador vir com proposta de 'trabalhar sua imagem na mídia'?
Claro que a resposta dos colegas foi que isso não é normal, mas que tem quem aproveite ocasiões assim e tentam emplacar o 'jabá oficial'.
A proposta, segundo o vereador, era de R$ 5 mil. Porém, não aceita.

Pessoa errada
Se o Facebook te bloqueia, alguma coisa pode estar errada. Mas se te bloqueia três vezes em uma semana, é você que tem alguma errada, e nada adianta rosnar.

Lava Jato vai afetar contribuições eleitorais
O constrangimento, receio e negação de empresários e empresas a contribuírem para campanhas eleitorais de acusados e réus da operação, serão mais um reflexo ou consequência ou herança da lava Jato. 
Qual construtora, conglomerado ou empresas médias, mesmo, vai se expor como financiadoras da eleição de suspeitos e réus do maior escândalo de desvio de dinheiro público da História?

Eleição passada sentiu
Essa dureza de financiamentos de campanha eleitorais foi sentida na eleição do ano passado, que ainda teve, sim caixa dois, mas de custos bem inferiores aos previstos.

Projeto da repetição do igual mesmo
Todo poder Legislativo tem dois deveres e duas obrigações básicas: criar leis que melhorem a qualidade de vida do cidadão e fiscalizar as ações, gastos e cumprindo das leis pelo Executivo, nesse caso, os governos municipais, estaduais e federal.
Daí, esse projeto 'Fiscaliza Roraima' parecer o projeto do 'repetição do igual mesmo', pois fiscalizar a qualidade dos serviços oferecidos à comunidade pelo Poder Executivo já é de dever e obrigação de vereadores, deputados e senadores. 

Vem aí o 'Executa Roraima'
Não demora muito, a exemplo do 'Fiscaliza Roraima', dona Suely Campos vai acabar lançando o 'Executa Roraima', versão do governo para fazer o que também é de seu dever e obrigação constitucionais. 

Assumiu beócidade e inapetência
Em entrevista a Folha de B. Vista, o nada nada vaidoso, deputado Coronel Chagas, que é idealizador do projeto, disse: “A população vai poder dizer aos deputados o que quer que seja fiscalizado, um parque, um hospital, uma escola. Qualquer demanda, vamos fiscalizar e pedir providências ao poder público”. Santa ignorância e inoperância assumidas, Batman!
Chagas assumiu que os deputados, pelo menos ele, não sabem fazer a lição de casa, ou seja, previsam que de quem os diga o que fazer. Não se atenam às notícias da imprensa e nem o que se posta nas redes sociais.
Esse projeto é mais um daqueles 'ôba-ôba'.

Só coincidências
Quer dizer que o homem do milagre da multiplicação dos bens, Mecias de Jesus, e sua Darbilene Rufino, a Darby, como é mais conhecida nas colunas sociais, tinham procurações de mais de 50 servidores públicos, dos quais recebiam os salários, e iam entregá-los a cada servidor no interior do estado, e os depósitos com valores iguais à soma dos salários recebidos, que eram feitos na conta de Darby no Banco Real, no mesmo dia do pagamento se tratavam apenas de coincidências?

Darbilene e os R$ 823 mil
Como Mecias de Jesus saiu de um patrimônio de R$ 56 mil em 1998 para R$ 1,3 milhão três eleições depois, coincidentemente no mesmo período em que sua Darby, pelas contas da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, recebeu R$ 823 mil em salários de servidores fantasmas que, e que ela depositava em sua conta no Banco Real, como apontou a investigação.

Inocente saldo
A Polícia Federal e o MPF acompanharam toda a movimentação bancária de Darby, e afirmam no inquérito em que ela junto com o marido, o pai e um irmão são réus, que a soma dos salários de 'laranjas' era a mesma quantia que ela depositava em sua conta no Banco Real.
A investigação também apontou que os valores depositados na conta de Darby no mesmo dia de pagamento dos servidores fantasmas, não eram sacados de sua conta. Ou seja, ficavam lá fazendo um inocente saldo.

Prevaricação na Receita? 
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal constataram isso. O delegado da Receita Federal em Roraima, Omar Rubim Filho, mesmo com um dossiê com as declarações patrimoniais de Mecias, apresentadas à justiça eleitoral onde constam o milagre da multiplicação do bens, operado, simplesmente engavetou a denúncia. E assim, não contribui com as investigações e julgamento promovios pelo Ministério Público Federal.