Edersen Lima

Foguetório
O colega Antônio Paulo, de A Crítica, fez comentário pertinente sobre o 'foguetório' que os veículos de propaganda oficial fizeram ontem sobre a inflação de janeiro (0,38%) ser a menor dos últimos 38 anos, 'mas passam ao largo (propositalmente) da explicação óbvia até pra mim que não sou expert em economês", diz ele.

Explicação
"Em uma recessão brutal (beirando à depressão), ninguém compra porque não tem com o que comprar;
- falta emprego (12 milhões de desempregados) para aumentar o poder aquisitivo, logo, ninguém vende.
- produção em baixa em todos os setores (a economia bilionária do Amazonas, por exemplo, recuou 10,8% em 2016);
- os empresários e industriais ainda não conseguiram acreditar na política do governo do arrocho fiscal, que seria resolvida como um "milagre econômico" pós-impeachment.
Sem alta demanda, como a inflação pode ser alta? Só pode ter baixa histórica. Simples, assim."

Não vai recorrer
Depois de uma consulta em que apenas dois vereadores se posicionaram contrários a recorrer da liminar da justça que cancelou o reajuste de 60% nos seus salários, o presidente Mauricélio Fernandes, informou que aguardará a decisão do mérito da questão em que a Câmara pede para que seja mantido o reajuste, mas que, em caso de sentença desfavorável, não irá recorrer.

A favor do reajuste
Pessoalmente, Mauricélio é favor do reajuste alegando que é um direito dos vereadores, baseado em dispositivo legal que permite a cada fim de legislatura ocorrer o reajuste nos vencimentos deles. Esse entendimento de Mauricélio é dividido, a princípio, por 19 dos 21 edis de Boa Vista.

Ainda não sabe
Questionado se não é contraditório a CMBV dar aumento de 60% nos salários dos vereadores, nesse momento de crise econômica que o país atravessa, Mauricélio Fernandes, disse que embora seja a favor do reajuste, não sabe se irá aplicá-lo devido ao orçamento da CMBV. "Não sei se dará para arcar", justifica.

Margem necessária
Porém, meios para isso, para que o aumento salarial seja pago, já foram tomados por ele e pelo 1º secretário Romulo Amorim. A dupla decretou demissões e redução salarial de servidores, o que proporcionará a margem necessária para que o orçamento não seja comprometido, e assim, os 60% salariais possam ser embolsados.

São contra, mas não abrem mão
Contrários à recorrer, mas não ao reajuste, ficaram os vereadores Pastor Jorge e Romulo Amorim. Tanto que nenhum dos dois ventila qualquer possibilidade de abrir mão do aumento de 60% nos seus vencimentos, caso ele seja aprovado pelo Justiça.

'Toda unanimidade é burra'
É indiscutível a série de benefícios da operação Lava Jato para a ordem pública, para a justiça e para o sentimento de de justiça no Brasil. No entanto, como diria Nelson Rodrigues que 'toda unanimidade é burra', entendo que a operação em alguns pontos peca pelo zelo, em outros pela pressa e pelo excesso. E pode pecar em erro comum a muitos ministérios públicos em acusar gravemente pessoas por crimes que não cometeram ou nesse caso específico, até o momento, em que não se apresentaram provas reais, cabíveis e irrefutáveis de culpa contra José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá, diante da delação de Sérgio Machado.

'Quadrilha' e 'organização criminosa'
O procurador geral Rodrigo Janot acusa os três de 'formação de quadrilha' e de chefiarem 'uma organização criminosa', o que já rendeu ao trio forte desgaste junto à opinião pública. E se nada for provado contra Renan, Sarney e Jucá, o que caberá à Rodrigo Janot e seus adjetivos e considerações dilacerantes na honra dos três? 

Cadê as provas?
Mas, vamos às considerações e adjetivos de Janot onde Renan, Sarney e Jucá são 'propineiros'. Então, chequemos às provas, como diria Pedro Pedreira, personagem da Escolinha do Prof. Raimundo que de tudo duvidava e cobrava provas. Cadê os registros em banco dos depósitos feitos em contas de cada um dos três? Onde estão as filmagens ou imagens ou documentos quaisquer que provem que o trio 'mordeu' dinheiro da Petrobras? Onde estão as contas secretas no exterior com depósitos feitos e com comprovada ligação com o propinoduto?

Detalhes esmiuçados
Como Rodrigo Janot explica e detalha esmiuçadamente que Renan, Sarney e Jucá efetivamente e comprovadamente atrapalharam e obstruíram as investigações, pressionaram testemunhas, e além mais: de que forma e quando pressionaram o ministro Teori Zavaschi, que não está mais aqui para concordar ou desmentir Janot, em seu pedido?

Lewandovisk deu exemplo
Sim, Romero Jucá fala em um 'grande pacto' entre governo e Supremo Tribunal Federal que estanque a 'sangria' causada pela Lava Jato. Sangria nas áreas política e econômica do país que vive a pior crise de sua História, ou a sangria de prisões de empresários e políticos, que gera toda essa crise?
Vamos lembrar que, o então presidente do STF, Ricardo Lewandovisk, foi quem deu exemplo de se estancar sangrias rasgando a Constituição no fatiamento da punição à Dilma Roussef, quando na cassação de mandato e na patuscada que deu na suspensão de direitos políticos, que consta na Lei, mas foi substituída ou pactuada em absolutamente em nada.

Perguntinha:
Alí, houve ou não houve um pacto com aval de todos os partidos no Senado, junto com o presidente do STF, pelo não sangramento do segundo principal nome do PT?

Como explica?
Assim, onde estavam Romero Jucá e José Sarney, e o próprio Renan Calheiros, quando na decisão de Ricardo Lewandovisk, no 'refresco' que enlameou a Constituição que previa perda de direitos políticos à presidente cassada por desobediência à Constituição, procurador geral?

Suspeitas são suspeitas
Longe aqui achar que Renan, Sarney e Jucá sejam anjinhos, garotos levados mas inocentes. O que pega, é o meio contamidado de corrupção e ladroagem brabas em que viviam e ainda vivem, e isso impõem suspeitas. Mas suspeitas são suspeitas. Crime para ser punido tem que ser provado. E é o que se espera de Rodrigo Janot, responsabilidade em provar o que acusa, ou responder devidamente pelo desgaste moral que causar por não provar o que acusa.

Posteridade

Paulo Vitor Almeida ( Blog & Revista Resenha) entre Melina Gomes e
Thuany Azevedo - Escolhidas Musas do Bloco da RESENHA, que embala
no clima de pré-carnaval no domingo (12) no espaço D'Rosi.

Anulação
O Ministério Público de Contas entrou no Tribunal de Contas do Estado com representação contra o governo de Roraima, pedindo a anulação do processo seletivo para contratação de professores temporários, que está sendo realizado pela Secretaria Estadual de Educação e Desporto (SEED). O MPC defende a imediata realização de concurso público, e não seletivo, para suprir a necessidade de docentes na rede estadual de ensino.

Deu chabú
O juiz Eduardo Rocha Penteado, da Justiça Federal de Brasília, determinou a suspensão da nomeação do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco. O juiz alega que o caso é semelhante ao do ex-presidente Lula, nomeado por Dilma Rousseff para a Casa Civil. Na época, o Supremo considerou que o objetivo era dar foro privilegiado a Lula e suspendeu a posse. 

Exagero
O deputado Brito Danadão exagera quando divulga que quatro deputados do G14 ou G13 ou G alguma coisa estão aptos a ingressarem na base governista. Joaquim Ruiz e Naldo da Loteria, tidos como cortejados pelo governo, querem secretarias de porteiras fechadas, e isso de 'dá' secretarias não é do feitio de dona Suely Campos.

Contraditório
A situação de Naldo é também contraditória. Anteontem, nas redes sociais, ele aplaudiu o lançamento da candidatura 'fanta' ao governo do estado do correligionário Remídio Monai. Então, como pode ir base da governadora se declarando eleitor de um suposto concorrente dela?

Esses querem
No entanto, os deputados Chico Mozart e Janio Xingú estão dispostos. De olho no fisiologismo prático, a dupla pensa em obter do governo parcerias como a criação da bolsa universidade que atenderia pleito de Chico Mozart, que junto com o a família, tem uma faculdade. Ou seja, fisiologismo básico no toma-lá-dá-cá, não muito diferente do solícito Xingú, que vive alugando secretários do governo com elogios à dona Sula, e que, lógico, quer fazer indicações para o Palácio Hélio Campos, e obter recursos para o município do Cantá, onde elegeu um irmão, prefeito da cidade.

Risco de morte
Transportar crianças na garupa é permitido pelo Código de Trânsito Brasileiro, desde que tenham idade superior a sete anos. Essa regra, no entanto, dificilmente é cumprida pelos pais que trafegam pelo centro e bairro de Boa Vista sem a devida preocupação do risco de serem autuados e de colocar em risco a vida dos filhos. A Lei do Código de Trânsito é clara e diz que "a desobediência a esse artigo (244, item 5) é infração gravíssima. Implica multa mais sete pontos na carteira e suspensão do direito de dirigir."
Ontem, um casal deixou a filha pequena de três anos na escola e poucos metros depois quase sofreu acidente com o pneu velho da moto que estourou. Ou seja, coisa bem pior poderia ter ocorrido por irresponsabilidade dos pais da criança.
A mãe ainda usou a sua conta no Facebook para confirmar que levava a filha que estava gripada, pois o narizinho soava muito, e que 'ainda bem que já tinhamos deixado a Lelé'.