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Edersen Lima

Contra as justiças pessoais


Contra as justiças pessoais
\"\"O mundo está ao contrário e ninguém ainda reparou. A quase unanimidade de apoio e louvor ao juiz Sérgio Moro é errada ou apenas comprova a desconfiança da sociedade com a justiça, ou, a comprovação de que a justiça brasileira funciona mal com juízes fazendo valer suas justiças pessoais.

Sérgio Moro, amigo leitor, nada mais nada menos está cumprindo o seu dever e sua obrigação como servidor público investido na figura de juiz de Direito. Então, por que tantas loas, honrarias, homenagens e rapapés para quem tão somente está cumprindo o papel para o qual recebe alto salário e inúmeros benefícios para isso?

Sim, o trabalho de Sérgio Moro merece reconhecimento e aplausos por estar realizando um bom trabalho. Só isso. Pronto. Transformá-lo em herói nacional demonstra sim, que não se confia em outros juízes ou ministros do Judiciário pela forma como atuam. Aponta descrédito com a própria justiça, pois se assim, uma coisa ou outra, não fosse (ou fossem), não haveria essa distinção e destaque a um juiz pelo trabalho que faz.

Embora sejam minoria, há maus juízes, sim. Há juízes que vendem sentenças, sim. Há juízes que perseguem desafetos e abusam do seus poderes, sim. E daí, a desconfiança natural da sociedade com a justiça e com o abuso de poder de alguns de seus membros.

    
\"\"Quando e como um juiz que invade uma casa armado de revólver na mão, ameaçando o dono da casa e seus familiares, não se trata de abuso de poder? Quando esse mesmo juiz invade uma instituição como o Ministério Público, novamente armado com revólver na mão para fazer a sua justiça pessoal contra um assessor do procurador chefe, e nada lhe acontece por está protegido sob o manto sagrado da toga judicial, não é abuso de autoridade? Como, de novo, esse mesmo juiz, processa um jornalista, perde a ação e quatro anos depois, recebe ação criminal contra seu desafeto e quer julgá-lo, porém, o processo depois é reconhecido pelo Ministério Público de que não há nenhuma prova contra o injustiçado réu? Não é mais um abuso de autoridade, de poder e de vontade de fazer valer a sua justiça pessoal?

Admiro o juiz Sérgio Moro por ser um bom juiz e bom servidor público. Torço para que ele, como membro do Judiciário, faça fazer valer a justiça. Só isso. Prestar-lhe homenagens por ele fazer o que seu dever e obrigação, penso ser desnecessário, justamente porque não está fazendo nada além, repito, que seu dever e obrigação.

No mais, esses fatos só servem para que se analise que não há o porque transformar em herói nacional quem apenas cumpre o seu papel, e que o bom juiz, o servidor honesto e sério, nada tem com que se preocupar com a criminalização do abuso de autoridade pois isso em nada lhe afetará. Afetará os maus juízes, que querem porque querem fazer valer as suas justiças pessoais.

 

Dois pesos e duas medidas?
\"\"O procurador geral do Ministério público de Contas, ao que parece, dá peso à acusação de que age por motivos pessoais contra membros do Tribunal de Contas de Roraima. Ele, segundo queixas, por um lado atua com dedicação querendo colcoar em pratos limpos acusações anônimas, por outro lado, incorpora aqueles três macaquinhos que nada vêem, nada ouvem e nada falam sobre casos estranhos que o Ministério Público Estadual vem levantando com contratos formados recentemente no TCE.


Viagens à toa?
Pelo visto, as viagens internacionais, onerosas mas com alegações de grande importância e relevância para Roraima, que Paulo Sérgio e outros membros do MPC fazem, não tem resultado em pelo menos, curiosidade em observar, fiscalizar e noticiar todas as contas do próprio tribunal em que atuam, sobre contratos de aluguel e de construção no TCE, prevalecem os três maquinhos.

 

PMBV calendário de pagamento 2017

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Perguntinha:
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