- 11 de julho de 2025
Concorda, Azamba?
No ano passado, durante uma cerimônia na Universidade de Turim, na Itália, onde estava sendo homenageado, o escritor, filósofo e estudioso de estética e semiótica, Umberto Eco, afirmou categoricamente: “As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel”.
Há uma quantidade sem número de imbecis ao compasso da de pessoas com conhecimento e raciocínios lógicos e práticos a cerca dos mais variados assuntos que são difundidos e debatidos nas redes sociais. Ocorre que, por uma tendência antropológica, o ser humano é atraído pelo o que pode ser de mais estapafúrtio ou escandaloso como 'notícia' e 'fato verdadeiro'.
Em Roraima, as redes sociais viraram campo de batalhas e ofensas entre membros de grupos políticos. Ninguém que ataca um lado político, ataca por imparcialidade política, ou seja, quem fala mal de um bloco partidário, fala porque pertence ao grupo adversário, como bem sabem as pedras soltas e surradas do Beiral.
Falar em imparcialidade nas redes sociais roraimenses, soa mais falso que afirmar que amanhã, um eclípse solar deixará a Terra em escuridão profunda por dois minutos e 36 segundos, exatamento às 12 horas. Em suma, não há imparcialidade político-partidária alguma no lavrado, de quem se manifesta contra o governo de dona Suely Campos, contra a gestão de Teresa Surita, e contra os adversários delas.
Como na Itália, terra de Umberto Eco, como em Boa Vista, os imbecis ganharam voz nas redes sociais, o que já gerou como consequência, demanda maior nas varas judiciais Cívil e Criminal. A imbeciliadade é tamanha, que em nome de um 'corretivo' por contratar desafetos dos imbecis, seus patrões é que pagam a conta das desavenças alheias. Assim, muito político passou a ser atacado porque tinha entre seus assessores algum persona não grata de outra que usa os Facebooks da vida para expressar seus ranços, mágoas, despeitos e, trabalho. Sim, amigo leitor, falar mal das redes sociais virou meio de vida para uns, e meio de expressar suas vontades de outros, dos contratantes, concorda Azamba?
Engraçado é que, o 'corretivo' que vale para Chico não vale para Francisco. A demissão de um casal de servidores da Educação virou 'argumento de luta' para a causadora disso, e usual do tal 'corretivo' nos patrões de seus desafetos. Pedir a cabeça desse e daquele que não se gosta, pode. Mas provocar a demissão pagando na mesma moeda, não pode? Quantos alertas e até pedidos para que não expusesse pessoas inocentes, que nada tinham a ver com rusgas e broncas pessoais não foram feitos, mas que em nada adiantaram? O 'faça o que eu mando, e não o que faço' só vale para a 'palmatória' do lavrado, Azamba?
Não à toa, Umberto Eco, era considerado o mais profundo conhecedor das novas tecnologias de Comunicação Social, que tornou-se mundialmente conhecido com o sucesso do livro 'O nome da rosa', e do filme que o livro inspirou. A história trata do poder e do perigo que vêm com a capacidade de dominar, armazenar e transmitir conhecimento – o que valia para a Idade Média, vale para a atualidade.
Só não vale para os imbecis que ganharam voz nas redes sociais, que a cada 'buchada' dada, se perdem no descrédito daquilo que divulgam. Esses mais causam prejuízos a si e a outros, do que propriamente lucros políticos ou financeiros que se sonha, concorda, Azamba?