- 11 de julho de 2025
Cumprimento de pena
“Sou homem público, trabalhador, nasci do povo. Ninguém é mais Macuxi que eu na minha terra. Não vou me esconder. Estou à disposição da Justiça e preparado para cumprir minha pena. É uma pena em regime semiaberto, o que frustra meus inimigos. Hoje eu estou caindo, mas vão ter que me engolir quando eu levantar”, disse ontem o presidente da Assembléia Legislativa, Jalser Renier, a servidores da Casa, informando que se apresentaria ao Comando da Polícia Militar para dar inicio ao cumprimento da pena que foi estabelecida em regime semi aberto, em que durante o dia trabalhará normalmente, e passará a noite no CPM.
Continuará trabalhando
O cumprimento da pena não impedirá Jalser Renier de exercer seu mandato à frente da Presidência da ALE, isso porque os trabalhos na Assembléia ocorrem durante o dia, e em caso de alguma sessão ultrapasse o horário de apresentação do deputado, há dois vices presidentes para substituí-lo nessas sessões.
Recursos
Jalser Renier aguarda, ainda, decisão de recurso contra a condenação, e outro em relação à sentença de cumprimento antecipado da pena.
Estado violência
No ano passado, cerca de 160 pessoas foram assassinadas por dia no Brasil, uma pessoa a cada nove minutos. No total, 58.383 pessoas foram mortas violentamente e intencionalmente no país, retração de 1,2% em relação a 2014, segundo dados inéditos do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Já o número de pessoas mortas por policiais aumentou 6,3% (saiba mais aqui).
Os dados de homicídios dolosos, latrocínios e mortes provocadas por intervenção, que configuram as mortes violentas, foram obtidos via Lei de Acesso à Informação pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, autor do anuário que será divulgado no dia 3 de novembro.
Taxas
Nove pessoas foram mortas por policiais por dia no Brasil em 2015, número 6,3% maior do que o registrado em 2014, segundo dados inéditos do 10º Anuário Brasileiro de Segurança. No total, 3.345 foram mortas por policiais militares ou civis no ano passado. Já o número de assassinatos em geral teve pequena retração de 1,2%.
As maiores taxas de letalidade policial registradas no ano passado foram no Amapá (5 por 100 mil habitantes), seguido por Rio de Janeiro (com 3,9 por 100 mil) e Alagoas (2,9 por 100 mil).
Desconto nos salários
O Supremo Tribunal Federal decidiu ontem que servidores públicos em greve deverão ter descontados em suas folhas de pagamento os dias decorrentes da paralisação. O STF, no entanto, abriu brecha para a compensação do corte em caso de acordo, além de determinar que o desconto será incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do próprio poder público.
Mal exemplo e retaliação
Responsável pela denúncia sobre o uso da Polícia Legislativa do Senado contra a Lava-Jato, Paulo Igor Bosco Silva parece não cumprir o que defende em termos de regularidade de funções na área em que trabalha. Sua jornada de trabalho foram registradas saídas fora do horário pelo sistema de segurança do Congresso.
No dia 30 de dezembro de 2015, Paulo registrou sua chegada às 6h44. Entretanto, deixou o local logo em seguida. Às 19h14, de roupa casual, ele voltou ao Congresso para registrar o fim do expediente.
A ação se repetiu por mais dias. Em 5 de janeiro, por exemplo, Paulo deu início à jornada às 6h49. Após almoçar, às 14h, ele foi embora. Pouco depois das 19h, já de roupa casual, ele retornou ao local para marcar sua saída.
O vazamento dessas informações nada mais são do que retaliação ao denunciante.
Aproveitou sugestão
Há a desconfiança que a governadora dona Suely Campos não acatou, e sim, aproveitou a sugestão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para substituir os secretários Shiská Pereira (Sefaz) e Alexandre Henklain (Seplan).
O argumento 'meia-boca' do conselheiro Netão Souto Maior para pedir o afastamento de Henklain e Shiská de que a dupla “com suas condutas ou omissões, geraram e potencializam dano ao erário”, é fraco, pois até as velhas pedras soltas do Beiral, sabem muito bem que os dois não têm voz altiva no governo, e sim, apenas cumprem ordens.
Assim sendo, quem deveria ser afastada era quem dá as ordens para as "condutas e omissões" de Henklain e Shiská.
Coisa do babalaô
Essas considerações do jornal do professor de todos nós, Getúlio Dragagem Cruz, em estranhar a possibilidade do senador Romero Jucá ser líder do governo ou do Congresso, por ele ser investigado na operação Lava Jato, destoam completamente com a do próprio professor que, condenado - e não investigado - pela justiça federal a devolver mais de R$ 40 milhões aos cofres públicos por desvio de dinheiro público e peculato no rombo causado pela lunática obra de dragagem do rio Branco, foi por cinco anos o super secretário de planejamento, economia e fazenda da fragorosa gestão de Iradilson Sampaio na Prefeitura de Boa Vista.
Crime
Falando em Romero Jucá, em entrevista à 93 FM, ele afirmou que a governadora dona Suely Campos está cometendo crime em não repassar parte dos recursos de ICMS às prefeituras do estado.
Vendeu carrão
E segundo filho, Guilherme Campos, ao que parece, vendeu sua potente Mercedes Clan 200 - coisa básica acima de quase R$ 300 mil - para o filho de um ex-deputado federal.
De onde Guilherme Campos tirou dinheiro para tanto, é coisa particular dele.
Não serve
A máxima de 'quem não deve não tem' não cabe em Renan Calheiros. Revoltado com o andamento de processos que responde no STF, pela própria chefe do poder, ministra Carmen Lúcia, Renan, dois dias depois da operação que prendeu servidores do Senado, partiu para ofensas em chamar o juiz federal que determinou a as prisões, de 'juizeco'.
Ora, se não há o que se preocupar, qual o problema de ter sido um juiz de primeira instância em determinar investigação no Senado. E mais, só por causa disso, um profissional que passou em concurso público super concorrido se torna 'juizeco'?
Primeiro semestre de 2017
A deputada Shéridan dise ontem que espera votação do seu projeto que criminaliza o uso de ‘laranjas’ em doações eleitorais, ainda no primeiro semetre de 2017. A eleição desse ano mostrou que muitas pessoas foram usadas - ou tiveram CPF usado - para abastecer campanhas eleitorais com recursos de caixa 2. Até benficiados pelo Minha Casa Minha Vida e Bolsa Família apareceram como doadores de campanhas, o que comprova o 'laranjal' usado.
R$ 25 mil de multa
No projeto, a deputada prevê multas de até R$ 25 mil por cada doação fraudulenta identificada, pena que pode chegar a cinco anos de prisão e a possibilidade de cassação do candidato beneficiado.