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Edersen Lima

MPF desconfia de Neudo


Transparência e clareza
\"\"Então ministro do Supremo, Evandro Lins e Silva, se posicionou contra a censura à liberdade de imprensa que imperava no país nos ditos "anos de chumbo" da Ditadura militar (1964-1985). Os órgãos governamentais não só processavam judicialmente como demitiam, perseguiam, prendiam e matavam jornalistas que divulgavam ou criticavam o governo imposto a base de armas e tanques.
"Transparência e clareza dos atos são deveres e obrigações de todos os governos e de todo homem público. Não se pode penalizar quem justamente cobra esses deveres e essas obrigações por informar o cidadão sobre o que governos e os seus representantes fazem", disse Evandro Lins e Silva, há quase 50 anos.
Cabe acrescentar que, quem usa desses artifícios, os usa por covardia e por medo da verdade que possa vir à tona. Quem tem as mãos limpas, jamais necessitaria de mecanismo tão covarde, digno dos homens pequenos.


Não é papel do Estado
Outro ministro do Supremo, comentou e votou sobre o direito de informação, da liberdade de imprensa. "Não é papel do Estado definir previamente o que pode ou o que não pode ser dito por indivíduos e jornalistas. Não há liberdade de imprensa pela metade ou sob as tenazes da censura prévia, pouco importando o Poder estatal de que ela provenha. Isso porque a liberdade de imprensa não é uma bolha normativa ou uma fórmula prescritiva oca", manifestou Carlos Ayres Brito, que prediiu o STF no início do julgamento do Mensalão.


Defesa do pensamento crítico
\"\"Ayres Brito observa que cabe aos jornalistas "o mais desanuviado olhar sobre o nosso cotidiano existencial e os recônditos do Poder, enquanto profissionais do comentário crítico". E sublinha: "o pensamento crítico é parte integrante da informação plena e fidedigna".


Sobre o humor na imprensa
Com relação ao humor usado em charges, em colunas jornalísticas e em programas de rádio e TV, especificamente, o ministro acrescentou que não se trata apenas de uma forma de fazer rir. Citando de memória declaração do humorista Ziraldo, Ayres Britto disse que "o humor é uma visão crítica do mundo e o riso, efeito colateral pela descoberta inesperada da verdade que ele revela".


Atividade da imprensa
Nesse aspecto, o humorismo é equiparado pelo ministro a uma típica atividade de imprensa, que abriga diversos gêneros de informação e discussão. "O fato é que programas humorísticos, charges e modo caricatural de pôr em circulação ideias, opiniões, frases e quadros espirituosos compõem as atividades de 'imprensa', sinônimo perfeito de 'informação jornalística'". O magistrado permitiu-se inclusive criar a locução "humor jornalístico", composta de duas palavras que enlaçam "pensamento crítico e criação artística".


A Constituição assegura
Ayres Britto mencionou também o artigo 220 da Constituição, pelo qual é assegurada a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo. Por isso, entende o ministro que é assegurado ao jornalista o direito de "expender críticas a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero, contundente, sarcástico, irônico ou irreverente, especialmente contra as autoridades e aparelhos de Estado. Obviamente o autor das críticas deve responder penal e civilmente pelos abusos que cometer, além de estar sujeito ao direito de resposta a que se refere a Constituição.


Candidato
\"\"A exoneração do ex-deputado Rodrigo Jucá do cargo de secretário municipal de Saúde, virou barbada na bolsa de apostas de que ele será candidato a vice da prefeita Teresa Surita na eleição desse ano. Difícil crer que, um secretário que vem realizando um trabalho apoiado pela pela prefeita em uma pasta fundamental como a da Saúde, se afaste do cargo no último dia de descompatibilização para apenas ficar sem função e não concorrer na mesma chapa de principal aliada política do seu pai, o senador Romero Jucá.


Especulações
Em termos políticos, a descompatibilização de Rodrigo Jucá abre um leque de especulações. Entre as possibilidades que surgem além da dele compor chapa com Teresa Surita, é o arranjo político partidário com vistas às eleições para a Câmara dos Deputados em 2018. A deputada Maria Helena, aliada de Teresa e Romero, manteria o apoio que sempre recebeu, e o nome do marido da prefeita, Marcelo Guimarães, ganha força em ocupar a "vaga" que seria de Rodrigo, e assim também disputar a eleição para deputado federal.


Candidata
Ainda no campo das especulações, com Rodrigo Jucá como vice, e numa evental reeleição, o nome de Teresa Surita ganha força como provável candidata ao governo de Roraima em 2018.


Simulação
Pelo tom usado por pocuradores da República em relação à internação de Neudo Campos no Hospital Geral de Roraima, há grande suspeitas de que o marido da governadora dona Suely Campos, adépto de uma fugazinha básica da justiça, está simulando estado precário de saúde, ou seja, está de pilantragem para não cumprir determinação judicial de transferência para presídio de segurança máxima em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.


Justificativa
"A verdade é que o ex-governador é hipertenso, está em tratamento de depressão, câncer e se recuperando de uma cirurgia na coluna vertebral realizada recentemente no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília", disse um advogado de Neudo Campos, casado com a primeira sobrinha da governadora dona Suely Campos, justificando que o ex-deputado não está bem de saúde. 


Questionamentos
A declaração do advogado de Neudo de certo modo cria questionamentos. Se ele, hoje, está assim ainda se recupenrando de uma grave cirurgia na coluna, com câncer de pele, hipertenso, com depressão, como ele se tratou, cuidou de tudo isso \"\"durante os dias em que ficou foragido da justiça?


Mais questionamentos
Um enfermo com tudo isso que, segundo o advogado "sobrinho", acomete Neudo Campos, não recebeu auxílio para tratar de sua debilitada saúde, e se contou com alguém, quem foi ou foram tais auxiliares, gente do governo, com o conhecimento da governadora?


Fator complicador
As fugas de Neudo complicaram sua situação, isso não resta dúvidas. A alegação de que está muito debilitado, levantam suspeitas e criam os questionamentos que podem complicar a situação do governo de sua mulher.


Sem apoio
Por telefone, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Jalser Renier, negou que o plenário estava com agenda para votar moção de apoio a Neudo Campos. 
A Folha de B. Vista anunciou que a comissão de justiça aprovou a moção de apoio. Dois deputados são apontados como autores da moção: Mecias de Jesus, réu no mesmo crime em que Neudo foi condenado, e George Melo, presidente da Comissão, e que agora nega a provação da proposta.


É só observar
Há uma forma clara de ver como a vida de políticos e parentes de políticos evoluem seus patrimônios quando assumem mandatos eletivos. Basta olhar os carros e casas com que eles passam a desfilar.
Por exemplo: qual carro e onde morava segundo filho, Guilherme Campos, antes da mãe assumir o governo, e como, com que carros e em que casa - ou casas - serão de propriedade do moço ao final desse governo?


Briga de cachorra
Imbroglio ontem na ALE chamado de "briga de cachorra" rendeu comentários nas redes sociaias, e nos leva a lembrar de um provérbio que diz que uma pessoa educada, nobre e elegante sempre agirá como tal mesmo quando atacado moralmente ou fisicamente, não se rebaixando ao nível de quem, sem educação, nobreza e muito menos elegância, se translouca em atos e palavras que só depõem contra.


Amiga da criança
A prefeita Teresa Surita ganhou mais uma vez o prêmio da Fundação Abrinq “Prefeito Amigo da Criança”, agora com o Programa Família que Acolhe. O programa cuida da primeira infância, fase que vai desde a gestação até os seis primeiros anos de vida. "Pra mim, o "Família que Acolhe" é mais do que uma política pública, é um comprometimento com as futuras gerações de Boa Vista. Estou muito feliz e com sentimento de estar cumprindo meu dever", disse Teresa Surita. 

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