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Edersen Lima

Romero deixa Planejamento


PF prende "batedores" da fuga de Neudo
A Polícia Federal efetuou ontem prisão de dois policias militares lotados na Casa Militar do governo de Roraima por associação à fuga de Neudo Campos, marido da governadora dona Suely Campos. O delegado Alan Robson, chefe da equipe que prendeu os dois PMs, acredita que os dois policiais receberam ordens superiores para auxiliar a fuga de Neudo, o que faz com que um outro inquérito possa ser aberto, esse para apurar o envolvimento de autoridades ou até mesmo da governadora no crime de obstrução da justiça.


Exemplo para criminosos
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A condição de foragidos da Lei em que vivem Neudo Campos e Suzete Mota, demonstra que quem deveria servir de exemplo, serve é de espelho para todo criminoso se ver com o direito de afrontar, desrespeitar e até atrapalhar a justiça.
Se por um lado, Neudo e Suzete não se importam com o constrangimento que causam aos conjugues autoridades que correm risco de responder judicialmente por obstrução da justiça, dona Suely Campos e Telmário Mota demonstram não ter nenhuma vergonha de que seus companheiros sejam foragidos da justiça, e muito menos receio em desacatar a justiça com isso.


Assunto de ontem
E o assunto que dominou o dia de ontem foi o da gravação feita pelo ex-senador Sérgio Machado, de uma conversa com o ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá, em que o primeiro se mostra preocupado com sua situação de investigado na operação Lava Jato, e o segundo, demonstra concordar com algumas colocações, como o de "estancar a sangria" que a operação da Polícia Federal vem causando na classe política, como "delimitar" os efeitos da operação, e sobre um amplo "pacto com todos, inclusive o Supremo", essa, no sentido de se organizar o país.


Analisando
Vamos aceitar, amigo leitor, que nesses três pontos, os mais destacados pela imprensa como comprometedores, Romero Jucá tenha concordado com Sérgio Machado, seu amigo de longa data e que, pelo grau de comprometimento no esquema de pagamento de propinas oriundo do Petrolão, estava ali na casa de Jucá, gravando aquela conversa para fins de delação premiada.
Difícil, num momento como esse, em que um amigo corre sério risco de ser preso, discordar daquilo que o amedronta e ao contrário, soltar palavras afirmativas de que seus dias estão contados para passar a ver o sol nascer quadrado.


Idéias e opiniões
Mas, mesmo assim, vamos concordar que Romero Jucá tenha falado em "estancar a sangria" em relação a estancar os trabalhos da Lava Jato, em "delimitar" também esses trabalhos, e que o grande "pacto com participação do Supremo" seja também com essa finalidade. Isso tudo, amigo leitor, está no campo das idéias e das opiniões. Se erradas ou não, idéias e opiniões são livres nesse país. Eu e você amigo leitor, podemos não concordar com o ponto de vista de A, B, ou C, como A, B, ou C não têm obrigação de aceitar nossos pensamentos e entendimentos acerca do mundo. O fato de não concordar com o que o outro pensa e quer não implica que ele seja criminoso ou que tenha cometido alguma irregularidade em pensar diferente.


Pensamento, ato e ação
Daí, continuando concordando que Romero Jucá cometeu uma série de atos falhos, numa conversa com um amigo preocupado com a iminência da sua prisão, há de separarmos o que é ponto de vista e o que é ato. Uma coisa é falar em "estancar a sangria", "um amplo pacto" e "delimitar" a operação Lava Jato, outra coisa, muito distinta, é fazer algo, cometer alguma ação em prol disso. 
Nesse país, ainda bem, o pensamento e opiniões são livres, atos e ações que gerem danos, que atinjam a lei, não.


Nota
No início da noite de ontem o presidente interino Michel Temer divulgou nota sobre o afastamento de Romero Jucá. No texto, Temer agradece o “trabalho competente e a dedicação” do político. Jucá ficou à frente da pasta durante 11 dias.
Na nota, Temer adianta que Jucá continuará “auxiliando o Governo Federal no Congresso de forma decisiva”, e destacou a “imensa capacidade política” do peemedebista. Ainda de acordo com o texto, Jucá teve papel fundamental no “correto diagnóstico” da crise financeira e também foi responsável por criar medidas céleres para a correção do déficit fiscal e da retomada da economia brasileira.


Olhar para o próprio rabo
O senador das melancias, Telmário Mota, afobado, se antecipou e quer pedir ao Conselho de Ética que analise pedido de cassação de mandato de Romero Jucá, por obstrução à justiça. Telmário Mota é, talvez, o único senador sem moral para falar em obstrução da justiça e em punição judicial.
Um áudio que vazou nas redes sociais, Telmário alerta em mensagem de áudio o seu meio irmão Gelb Pereira, para fugir porque soube que a Polícia Federal estava com mandado de prisão contra ele.


Carreira de ator
Com a cara de sempre, Telmário negou que tenha passado tal mensagem para o seu irmão e sim, que apenas "leu" para sua mulher, uma mensagem que recebeu. O tom interpretativo ou incisivo da fala de Telmário, demonstra que, ou ele está mentindo, ou deveria ingressar na carreira de ator, tamanha interpretação da leitura que fez. Ouvir áudio abaixo:


Perguntar não ofende
Tem mais sobre obstrução de justiça e Telmário Mota. Há mais de uma semana a prisão de Suzete Mota, sua mulher, foi decretada e ela fugiu passando agora à condição de foragida da justiça. Não custa perguntar: Telmário Mota, o senador que se diz do povo, que em gravação disse que quando fosse decretada a prisão de Suzete, iria pessoalmente entregá-la à polícia, não sabe como, quando e para onde fugiu sua esposa? Não teve nenhum conhecimento ou mesmo participação na fuga dela?


Outro
O professor da Dragagem falar em obstrução da justiça é "telmarizar" seu discurso. Quem, Getúlio, tirou do flagrante um colega secretário municipal depois de embriagado bater em uma moto e matar uma jovem de 19 anos, obstruindo o trabalho da polícia e por consequente, o da justiça?


Redução 
A Prefeitura de Boa Vista tem desenvolvido uma política voltada à segurança no trânsito, implantando medidas para garantir a harmonia entre pedestres, ciclistas e condutores de veículos. Em relação às infrações cometidas nas ruas e avenidas da capital nos cinco primeiros meses deste ano, as notificações caíram cerca de 35% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são da Superintendência Municipal de Trânsito (Smtran). 
Em 2015, no período compreendido entre 1º de janeiro a 20 de maio, o número de notificações de trânsito foi de 7.674, tendo com principais infrações atos como dirigir veículo sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou permissão (525 casos), condutor de veículo ou passageiro sem cinto de segurança (3.630) e dirigir veículo falando ao celular (508). 

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