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Edersen Lima

Roraima foi de 7x1 no impeachment de Dilma


Roraima foi de 7x1
Por 367 votos a favor contra 144 obtidos pelo governo, os deputados federais aprovaram o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A bancada roraimense votou em peso pelo afastamento mas não unânime. O deputado Édio Lopes votou a favor da presidenta enquanto que os demais colegas roraimenses foram a favor do impeachment.


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Qual a compensação?
O voto de Édio Lopes viralizou nas reds sociais que passaram a hostilizá-lo. Na lógica, ele não votou à toa em Dilma colocando sua imagem em desgaste. Resta saber se esse voto representará algum benefício para Roraima ou para Mucajaí, município que Édio mantém base eleitoral.


Admitem
Seguindo para o Senado, os governistas já admitem que o processo será aceito e Dilma afastada, colocando Michel Temer na presidência, com liberdade e poder para trabalhar apoio suficiente para conseguir os votos para o impeachment da presidenta.


Líder
O senador Romero Jucá já assumiu a liderança informal do vice presidente no Senado, com a missão de indicar a relatória do processo e articular os votos para a aprovação do impeachment.
Ontem, ele acompanhou junto com Michel Temer a votação do impeachment na Câmara.

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Presságio
Os reflexos do impeachment de Dilma, ocorrendo no Senado, serão sentidos fortemente em Roraima. Hoje, a senadora Angela Portela e o colega Temário Mota é que detém as principais indicações em órgão públicos. Os dois passarão à categoria de opositores, e ninguém dá cargo e poder a opositor.


Faca e queijo nas mãos
Com a indicação dos cargos federais na mão, mais o apoio inconsteste de Michel Temer, Romero Jucá estará com o queijo e a faca nas mãos para fortalecer, ainda mais, a já forte candidatura de Teresa Surita à reeleição na Prefeitura de Boa Vista, como a própria para o Senado, em 2018.


Lembrar a peia
No entanto, Romero deve olhar no retrovisor da história. Excepcional articulador em Brasília, ele não demonstra a mesma habilidade e eficiência em Roraima. Em 2006, líder há seis anos dos governos FHC e Lula, ex-ministro da Previdência, Romero, juntamente com a então esposa Teresa Jucá, perderam fragorosamente a eleição para o governo e Senado, numa peia de votos aplicada pelo saudoso Ottomar Pinto, que fez Romero tomar a decisão de não mais concorrer ao governo. Ele perdeu também em 1990, para o mesmo Ottomar Pinto.


Perdeu de novo
Há dois anos, Romero Jucá coordenou a campanha eleitoral de reeleição de Chico Rodrigues ao governo, e indicou o filho Rodrigo Jucá como vice na chapa governista. Mesmo com apoio da PMBV e da Assembléia Legislativa, mais a estrutura do governo, Romero, que deu as cartas na campanha palaciana, perdeu outra eleição para o governo.


Não tem 1/3 de apoio
Hoje, qualquer levantamento que for feito junto às bancadas de deputados estaduais e federais, que demonstrem as composições de grupos políticos, Romero não conta com apoio nem de 1/3 delas. Exemplo disso é a ALE, onde no máximo, seis deputados se mostram seguir com ele. 
Na bancada federal, somente a deputada Maria Helena, está fechada e amarrada com Romero e Teresa. 


Aposta no marketing
\"\"Com apoio político reduzido, Romero e Teresa vão apostar pesado no marketing institucional e eleitoral dos feitos e realizações promovidos por ambos, um liberando recursos e outro tocando obras, na Prefeitura de Boa Vista.


Sete em 10
E falando em Teresa Surita, é bom quem acha que só porque Boa Vista tem mais de 200 mil eleitores e assim ocorrerá segundo turno, colocar as barbas de molho. Técnicos do TRE e professores da rede estadual de ensino que acompanham o movimento de cadastramento para o primeiro voto de jovens de 16 e 17 anos, confirmaram à Coluna: Sete em cada 10 estudantes que tiram o título de eleitor  e que se manifestam sobre a eleição desse ano em Boa Vista, dizem que estão tirando o título de eleitor "para votar em Teresa".


Terceira vez
E mais Teresa Surita. Ela venceu pela terceira vez o Prêmio Prefeito Empreendedor do Sebrae, na categoria Melhor Projeto, que reconhece iniciativas que fomentam o empreendedorismo e ajudam a criar um ambiente propício ao desenvolvimento dos pequenos negócios.  A Prefeitura concorreu com o projeto “Eu Amo Boa Vista, Cidade Empreendedora”, que apresentou duas vertentes.


Cusparada sem justificativa
\"\"Rivais de conhecimento público, os deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Jair Bolsonaro (PSC-RJ) protagonizaram no plenário da Câmara uma cena digna de briga de bar. Câmeras de TV captaram momento em Wyllys alogo após votar contra o impeachment, se vira para Bolsonaro e cospe na sua direção. Wyllys, que admite a cusparada, se justifica alegando apenas ter reagido a uma provocação de Bolsonaro após declarar voto contrário ao impeachment de Dilma Rousseff. O que não justifica. 


Se fosse o contrário...
Dá para imaginar a repercussão que seria, amigo leitor, se fosse o contrário, se Jean Wyllys, homossexual assumido, é que tomasse uma cusparada.


Só bola fora
Escalar José Eduardo Cardoso, tido pelos deputados como boçal e antipático , para defender a presidenta na comissão de impeachment e no plenário da Câmara, com discurso agressivo, foi um tiro no pé, comparado ao de colocar - ou deixar - que um neófito da política nacional e dos procedimentos políticos de bastidores, Telmário Mota, para defender Dilma, atacando José Serra, FHC, Paulinho da Força, e Jair Bolsonaro com cinismo e galhofa, só pioram a situação.


Cinismo ou sem vergonhice?
Telmário Mota foi de um cinismo sem vergonha. Falar que Jair Bolsonaro seria ministro da Educação e "os professores iriam apanhar que só", enquanto ele, Telmário, coleciona BOs por agressões físicas e ameaças é o quê, sem vergonhice ou cinismo?
Afirma que que Paulinho da Força "é ladrão", tendo em casa a mulher Suzete Mota, condenada pela justiça federal a cadeia em regime semi aberto por se apropriar de salários de servidores fantasmas, é o quê, cinismo ou sem vergonhice?


Tem mais
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E tem mais, enquanto o PMDB orientava sua bancada a votar pelo impeachment, mas descartava punir quem contrariasse a orientação, Telmário Mota acusa o partido de "agir com mão de ferro" pois iria expulsar quem votasse contra o impeachment.
A verdade, a realidade dos fatos, que cinicamente ou de forma sem vergonha Telmário esconde, é que ele próprio ameaçou de expulsão filiados que lhe desobedecessem, e o seu PDT, sim, publicou nota oficial (imagem acima) notificando os seus deputados que se votassem pelo impeachment seriam expulsos.
Isso é sem vergonhice ou cinismo, amigo leitor?


Perguntinha:
Quem usa documento falso para ludibriar a justiça, coleciona Boletins de Ocorrências policiais por agressões físicas e ameaças, produz filhos fora do casamento, e afirma que entregará, ele próprio, a companheira de mais de 30 anos "à Polícia" em sentença criminal, vai saber o que é decoro parlamentar?

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