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Edersen Lima

Reflexo de um governo nepotista


Reflexo de um governo nepotista
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A Coluna já bateu na tecla. Em qualquer sociedade minimamente séria, o secretário de Justiça responsável pelo sistema prisional que convivesse com média quase semanal de fugas de presos - nesses três primeiros meses de 2016 ainda nem completados já ocorrem três fugas em massas -, já estaria há muito tempo no olho da rua. 
Em Roraima, por ser sogro da segunda filha do governo nepotista de dona Suely Campos, o advogado Josué Filho, se mantém no cargo em que, informações de servidores da própria pasta da Justiça, dão conta de que ele inicia seu expediente depois da 11 horas da manhã.


Reflexo de um governo nepotista 2
Lógico e evidente que Josué se mantém no cargo por causa do laço de parentesco agregamento que mantém com a governadora. Não é sua competência(?) e nem capacitação(?) e muito menos seu conhecimento(?) com sistema prisional que o mantém secretário, pois tais expedientes, notadamente, já se verificou que Josué não os possui.


Farra das fugas
\"\"Sob o comando do sogrão Josué Filho (com chapéu de malandro, ao lado), em menos de três meses, mais de 100 presos (média de dois por dia) desde o início de 2016 já fugiram da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. Isso, sem falar nos quase 200 presos que pularam a cerca, saíram pela porta da frente e como ratos, escavaram túneis e fugiram do comando do sogrão.


Guias
Pelo menos cinco presos da fuga em massa de domingo já tinham fugido antes, o que provavelmente pode-se dizer que eles serviram como guias da "excursão".


Explica, sogrão
A última fuga em massa, ocorrida no domingo passado, os presos fugiram escalando uma escada, igual em outras situações. Agora, como os presos preparam uma escada, e depois,  como escalam essa escada e fogem tendo o plano de fuga identificado já em andamento, sogrão?


Registro
E mais: os próprios detentos gravaram as imagens da fuga, então, como há celulares nas mãos de presos da PAMC, sogrão?


Marcas da gestão
O que marca a gestão de Josué Filho como secretário de Justiça à frente da PAMC, fora as fugas corriqueiras, são os gastos exorbitantes com as quentinhas dos presos - que continuam reclamando da qualidade - serem, simplesmente, o dobro do valor das fornecidas antes dele  assumir, e a compra de tornozeleiras eletrônicas.
Aumentar a altura do muro, criar situações como grades cercas que atrapalhem fugas por escadas, sistema de vigilância eletrônica decente, construção de novas alas, impedimento que celulares continuem a entrar e serem entregues a presos e outras medidas mais urgentes e necessárias não foram tomadas pelo sogrão.


Perguntar não ofende:
Josué Filho é a vitrine, mas, e os rebentos, seguem a mesma linha?


Nas mãos de Moro
\"\"A juíza Maria Priscila Veiga Oliveira encaminhou para as mãos do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba (PR), a denúncia e o pedido de prisão preventiva feitos pelo Ministério Público de São Paulo contra o ex-presidente Lula. A Justiça paulista decidiu que o caso do tríplex no Guarujá (SP) já era alvo da Operação Lava Jato e que os crimes investigados são de esfera federal. 


É com a Receita Federal
A juíza também usa como argumento para encaminhar à justiça federal o fato de que, segundo os promotores de São Paulo, o ex-presidente Lula "teria feito declaração falsa em seu imposto de renda".
Ela explica que, considerando que a "declaração falsa foi prestada à Receita Federal, a competência para processamento é da Justiça Federal".


É só investigar
Pois bem, caros procuradores do Ministério Público Federal em Roraima, em especial o procurador chefe Fábio Brito Sanches, o que não falta nas terras macuxis é político que enriqueceu milagrosamente e de forma assustadoramente veloz que mereceria uma atenção especial dos senhores.


Mecias é o maior exemplo
\"\"Exemplo maior em Roraima, não há, como o do homem do milagre da multiplicação dos bens, Mecias de Jesus, que em 14 anos - ou em três mandatos - evoluiu seu patrimônio em mais de 20 vezes, saiu de míseros R$ 52 mil em 1998 para R$ 1.366.458,16 em 2012, justamente nos períodos em que ele e sua mulher Darbilene Rufino foram pegos em operação da Polícia Federal e do MPF no Escândalo dos Gafanhotos, e na faraônica - pelo valor final da obra - reforma do prédio da ALE em quase R$ 30 milhões, quando milagreiro era presidente da instituição.


Não fez nada
Em março de 2013, o delegado Omar de Souza Rubim  Filho, chefe da Receita Federal em Roraima, recebeu denúncia sobre o enriquecimento de Mecias, com base no fato de que por ser deputado estadual, pessoa pública portanto, tem o dever e a obrigação de ser transparente na prestação de informações acerca de suas atividades e ganhos oriundos do serviço público. Assim, foi pedido que a Receita fizesse batimento do que Mecias declarou como bens e justificativas de evolução patrimonial e com o que declarou À justiça eleitoral, que não cobra explicações de como patrimônio evolui.
Osmar de Souza Rubim Filho nunca deu qualquer resposta sobre a denúncia protocolada diretamente a ele.


Com base em declarações
O pedido à Receita Federal para que desvendasse o milagre da multiplicação dos bens de Mecias está ancorado nas declarações de renda que o próprio Mecias informou à Justiça Eleitoral nas eleições de 1998, 2002, 2006, 2010 e 2012. Só para se ter uma idéia do milagre, em 1998 Mecias de Jesus declarou (ao lado) como patrimônio possuir um total de apenas R$ 51.154,68. Catorze anos ou três eleições de deputado depois, ele aparece com patrimônio de R$ 1.366.458,16. (Ver abaixo do texto)


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Questionamentos
A Receita Federal é questionada como, apenas com o salário de deputado estadual, com as despesas de pensões de filhos (alimentação, educação, transporte, saúde e até tratamento de beleza) e mais os seus gastos pessoais, Mecias multiplicou em mais de 25 vezes o seu patrimônio?
"Como deputado estadual, portanto, homem público, Mecias de Jesus tem o dever e a obrigação de prestar contas à sociedade e explicar como conseguiu essa proeza. A Receita Federal, por sua vez, tem o dever e a obrigação de apurar denúncias desse tipo e em se comprovando qualquer ato ilícito, aplicar a lei, servindo de exemplo a todos os cidadãos", é defendido no requerimento que apresentado no dia 11 de março de 2013 ao chefe da Receita Federal em Roraima.

 

Réu por peculato e formação de quadrilha
\"\"No documento, o delegado Omar Rubim Filho, é informado que Mecias de Jesus é réu em processos cíveis e criminais acusado de chefiar quadrilha que desviou dinheiro público se apropriando de salários de servidores fantasmas no governo do estado, o chamado Escândalo dos Gafanhotos. Ele juntamente com a mulher, o sogro e um cunhado são apontados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal de terem desviados mais de R$ 1,2 milhão em apropriação indébita de salários.


Justificativa 
"A corrupção e o desvio de dinheiro público são os maiores problemas do Brasil. Escolas, hospitais, creches, casas populares, estradas, pontes e muitos outros investimentos sociais deixam de existir devido a esse "cancer". Mas o prejuízo é ainda maior quando se vê que a sociedade, a cada dia, se mostra mais descrente na justiça quando se sabe, quando se tem conhecimento de que irregularidades são praticadas e não são punidas", é o alerta que consta no pedido à Receita Federal, que poderá, enfim, revelar o segredo do milagre de Mecias. 

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