- 11 de julho de 2025
Exemplo
A Fifa está dando exemplo de moralidade punindo com afastamento temporário e definitivo do futebol os dirigentes corruptos, e colaborando com a justiça que investiga desvio de dinheiro público e distribuição de propinas em eventos da entidade como as copas do mundo da Africa e do Brasil. O exemplo maior de moralidade da Fifa é que, mesmo em eventos já ocorridos as punições estão sendo aplicadas, bem diferentes de várias entidades brasileiras que, com a desculpa de que as irregularidades foram cometidas em eleições ou administrações passadas, estão preclusas, estão vencidas.
Aposta na complacência
Esse argumento de que a eleição de 2009 é coisa passada, segundo uma fonte da OAB-RR, é que será usado pelo diretor tesoureiro da OAB nacional e manda-chuva da OAB roraimense, Antônio "coroné" Oneildo, caso se complique a denúncia feita pelo ex-presidente da Ordem em Roraima, Jorge Fraxe, de que Oneildo comandou esquema de compra de votos nas eleições de 2006 e 2009 através do pagamento de anuidade de colegas advogados, e de fraude financeira pois os pagamentos feitos todos em cheques, não foram depositados na conta da OAB-RR, ficaram guardados, que segundo a denúncia, de forma fraudulenta pois os cheques pertenciam a membros da diretoria eleita, em especial, conselheiros federais.
Alterou o resultado da eleição
A denúncia feita à OAB nacional e ao Ministério Público Federal aponta, ainda, que por causa da compra de votos via pagamento de anuidades de advogados eleitores, Oneildo conseguiu se reeleger. A soma dos valores dos cheques "pendurados" passa de R$ 100 mil reais quando a anuidade da OAB-RR girava em torno de R$ 500. Na eleição de 2009, coroné se reelegeu com menos de 20 votos. Se calcular o valor total dos cheques pagadores com a diferença dos votos, é de se supor realmente, como afirma a denúncia, de que Oneildo só se reelegeu porque comprou votos.
Carta marcada?
Ainda na eleição de 2009 na OAB-RR, se verifica que foi expedido o recibo nº 1092, para pagamento de anuidades 2008 e 2009 do advogado Paulo Marcelo Aguiar Carneiro de Albuquerque, através do cheque nº CE-000876, do Banco Itaú, expedido pelo escritório de dois candidatos ao Conselho Federal na chapa encabeçada por Oneildo.
Ocorre, que, o advogado Paulo Marcelo era o então presidente da comissão eleitoral, ou seja, responsável pela condução do pleito eleitoral, com julgamento das impugnações, representações e demais processos advindos em razão do pleito, levantando assim fortes suspeitas de um jogo de cartas marcadas, ou compradas.
Vai ter que explicar
Há uma questão que fatalmente "coroné", que não gosta muito de dar explicações, vai ter que informar seja na OAB nacional onde ele pretende continuar como diretor tesoureiro, seja no MPF: por que ele não descontou os cheques dos colegas membros da sua diretoria?
Cheques
O hoje vice presidente da OAB-RR e ruim de mira, Edinaldo Vidal (foto ao lado), de acordo com a denúncia deixou dois cheques "pendurados" na eleição de 2009, pagando as anuidades dos colegas Josefa Lacerda, Hélder Pereira e Robélia Valentin. Abaixo, os cheques de Edinaldo Vidal para pagamento de anuidades de colegas.
Outra pergunta:
Por outro lado, os advogados camaradas que pagaram anuidades de colegas, por que não resgataram seus cheques, caso venham dizer que pagaram em dinheiro vivo as anuidades, dias depois? Que espécie de advogado são esses que, pagam dívidas mas deixam seus cheques "garantias" com o credor?
Ladainha repetida
O senador das melancias, Telmário Mota, comprovadamente, só sabe fazer política se tudo correr ao seu modo ou comandando grupo que apenas lhe diga "amém". Ontem, de novo, ele repetiu uma ladainha já surrada para romper com quem por algum tempo (Iradilson Sampaio por três anos, Anchieta Junior por três anos e Suely Campos por um ano) lhe deu estrutura empregando indicações em diretorias de estatais ou secretarias: de que tais figuras não tinham cumprido com seus programas de governo. Isso tudo, repete-se, depois de desfrutar de estrutura governamental por algum bom tempo.
Contra nepotismo mas empregou um irmão
Dessa vez, "dos galos" acrescenta a desculpa de romper com Suely Campos ser contra o nepotismo. Engraçado ele levar um ano inteirinho para se manifestar contra isso. E detalhe, Telmário Mota, assim que pode, empregou um irmão como diretor do Detran, ou seja, embora não se caracterize nepotismo, ele beneficiou um parente direto usando a estrutura do governo, no melhor estilo "primeiro os meus".
Um ano
Telmário levou um ano para afirmar que dona Suely não fez auditoria que deveria fazer na administração passada, e por isso "hoje muitas irregularidades permanecem" ocorrendo no governo do estado. Que o secretário de Investimentos, João Pizzolati, é todo enrolado em processos de desvio de dinheiro público.
Pura contradição
Nesse ponto sobre Pizzolati ser acusado "de envolvimento em casos de corrupção", Telmário Mota é pura contradição pois ele apoiou para governar Roraima, a indicação de Neudo Campos, já condenado pela Justiça Federal a mais de 60 anos de prisão em regime fechado por desvio de dinheiro, peculato e formação de quadrilha, pelo mesmo crime que sua mulher, Suzete Mota, também foi condenada à prisão em regime semi-aberto.
Ou seja, Pizzolati é acusado de roubar dinheiro público e Telmário é contra ele, mas Neudo é condenado em três julgamentos a mais de 60 anos a prisão em regime fechado por roubo de dinheiro público, e Telmário acha normal.
Mais da metade da verba com empresas de fora
Outra reclamação de "Melancia" e outra posição contraditória dele é a de alegar que dona Suely não prestigia as empresas roraimenses. Olhando os gastos de Telmário com contratação de serviços de apoio parlamentar, vemos que ele gastou R$ 137 mil no ano passado da cota parlamentar em contratos com duas empresas de São Paulo e Goiânia. A paulista Mc-Consultoria em Pesquisa e Recursos Humanos Ltda faturou R$ 20 mil, e a Talk Super Nova Assessoria em Comunicação e Marketing Ltda, embolsou R$ 51 mil do seu dinheiro, empresário contribuinte de Roraima.
Costume
Ao romper sucessivamente com os governos que apóia e que por esse apoio recebe em contra-partida estrutura para empregar sua base política, Telmário Mota, se torna um político com prazo de validade de composição partidária.
O que ele não fala ou assume é que, usou a estrutura dada por Anchieta até quando esse demitiu seus indicados no governo, e depois concorreu ao mesmo cargo que ex-governador disputou, e que provavelmente, pelo andar da carruagem, irá disputar o governo com dona Suely Campos, candidata certa à reeleição em 2018.
Marido traído
Exemplo de como "Melancia" não é político de grupo e sim de dono de grupo, o deputado Oleno Matos, do mesmo partido dele, ficou que nem marido traído sendo quase o último a saber do rompimento do PDT com o governo, e de que, quem não gostasse da decisão que procurasse outro partido político, como foi escrito no manifesto do PDT sobre o racha com o Palácio Hélio Campos.
Perguntinha:
Alguém sabe informar o quê o senador das melancias serviu para o "governo do povo"? O que em recursos ele liberou - repete-se, liberou - para o governo aplicar em Educação, Saúde ou Segurança?