Edersen Lima

Pano pra manga
Ainda vai dar muito pano para manga a decisão da governadora dona Suely Campos em "adotar" um termo de ajustamento de conduta (TAC) a pedido do MPE para instituir as promoções de delegados da Polícia Civil. Anteontem, a justiça já concedeu tutelar cautelar diante da "iminência de lesão-dano de difícil reparação" de delegados que tiveram suas promoções e tempo de prestação de serviços reduzidos. 

Protesto
O deputado Jorge Everton, que é delegado de carreira, destacou em plenário que no ano passado a Advogacia Geral da União e a Procuradoria Geral da República emitiram parecer confirmando legalidade do ato aprovado pela ALE sobre a promoção de delegados. E agora, "estranhamente, surge o MPE autorizando a governadora a despromover os delegados, mexendo com interesses individuais, direitos adquiridos e com ato jurídico perfeito", protestou Jorge Everton, completando que deseja que essa ação de dona Sula não seja em retaliação a ele, e que acaba atingindo outros delegados, pela postura de oposição que mantém contra o governo.

Ganham muito e trabalho pouco
Os deputados estaduais estão ganhando muito bem obrigado, e trabalhando de menos, bem de menos do que obrigatoriamente deveriam. É o que dá para se constatar diante da mais que justa reclamação do presidente Jalser Renier que ontem informou que há meses nove projetos importantes para a sociedade estão parados sem parecer de seus relatores. Um desses projetos trata da Lei das Terras, e outro sobre a inclusão e reservas de vagas em escolas do estado para crianças com autismo.
De certo, não foi para flautearem que os caros deputados foram eleitos.

R$ 90 mil
Cada deputado, sem contar os da mesa diretora que tem um "plus" nos seus vencimentos que vai de 10% a 30% nos salários, custa entre verbas de gabinete, gastos com celular, combustível, viagens e salário em torno de R$ 90 mil. Se reunem em plenário três vezes por semana - e as vezes nem iss0 - por não mais que quatro horas de expediente, e ainda tem deputado relapso e desleixado que não analisa sequer manda os projetos que tem para as assessorias, que são as que realmente trabalham?

Independência pras cucuias
Essa legislatura da ALE iniciou o ano com proposta de trabalho e indenpendência. No meio do ano, às escondidas, o líder do maior bloco da Casa, o G14, George Melo, foi conversar e acertar o tal apoio de governabilidade - um dá cá e pega lá político - e assim, a propalada "independência do Legislativo" foi pras cucuias dando espaço para o avexado interesse do líder do G14, hoje, em pleno desmonte.

Exemplo
Exemplo dessa parceria criada por George Melo, é o pedido do Ministério Público de Contas para afastar a governadora diante de sérias e contundentes denúncias de irregularidades no governo, que a mesa diretora colocou no fundo do freezer, congelando o que também é de obrigação e dever dos deputados.

Panetone e circo
E sem votar projetos importantes, ou seja, sem cumprir suas obrigações e deveres de trabalhar, a ALE prepara festa natalina com a chegada amanhã de Papai Noel. Traduzindo: panetone e circo para o povo.

Coisa de Neudo
Difícil crer que a decisão de "importar" um secretário para a Educação tenha partido da cabeça de dona Suely Campos. Isso, caso se concretize, cheira a participação de Neudo Campos que até as pedras soltas do Beiral sabem muito bem do quanto ele tem poder de decisão no governo.

Costa larga
O nome a ser indicado é de Marcelo Campbel, tido como pessoa próxima das empresas que ganharam mais de R$ 60 milhões sem licitação para obras em escolas públicas do estado, e de costas bem largas, pois ele é primo do ministro Mauro Campbel, do STJ.

Vale a pena ver de novo
E falando em dona Sula e do seu governo, a empresa que ganhou serviços para realização da Expoferr lembra muito caso bem próximo da própria governadora nos idos do governo do maridão, quando a casa de sua mãe, dona América Silva, era usada como endereço de uma empresa totalmente ligada à sua irmã Sirley e ao cunhado boa vida Luís Carlos Florenciano, que passavam notas fiscais frias para Codesaima, lembra dona Sula?

Bloqueio de bens
E a Justiça decretou o bloqueio de bens e de contas bancárias em até R$ 8 milhões de um ex-governador, de um empresário do ramo de tintas e materiais de construção, e de uma secretária de Administração.

"Safado, "vadio", "ladrão" e "vagabundo"
Depois de votar contra a prisão do colega Delcídio Amaral, na semana passada, e por isso ser xingado por várias pessoas de "safado", "vadio", "ladrão" e "vagabundo" - fora outras ofensas - no seu perfil no Facebook, o senador dos galos, Telmário Mota, não tem tido paz.
Por onde ele anda sempre tem alguém revoltado gritando os mesmos "elogios" que o fizeram ficar com "dedinite" (dor nos dedos) de tanto ter que apagar as "carinhosas" mensagens que bombaram no seu perfil.