Edersen Lima

Nunca antes...
Como diria Lula, nunca antes nesse país um senador foi preso em pleno mandato. E o senador é do PT.

Delcídio ficará preso
Por 59 a 13 votos, o Senado decidiu manter preso o senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo Dilma, preso em flagrante tramando obstruir a investigação sobre a compra superfaturada, pela Petrobras, da refinaria americana de Pasadena. Essa negociata está na origem das investigações sobre a gatunagem ocorrida na patroleira brasileiro.

Cadê a indignação, "dos galos"?
Sempre revoltado e indignado com a roubalheira na Petrobras, Telmário Mota votou a favor do voto secreto, e em seguida votou "não" pela manutenção da prisão de Delcídio Amaral. Aí, pergunta-se ao senador das melancias e dos galos, onde está a indignação com o roubo na Petrobras que volta e meia ele se manifesta?

Desculpa esfarrapada
A desculpa que "dos galos" deu para votar pelo voto secreto foi vista por inúmeras pessoas em Boa Vista como "esfarrapada". Ele alegou que votou pela manutenção do regimento, mas desde 2011 o regimento do Senado é claro quanto ao fim do voto secreto. E no mais, voto secreto é completamente anti transparência e tido como voto covarde pois o parlamentar esconde como votou.

Passou a noite apagando posts
Não deu outra, várias pessoas postaram suas indignações na página de "dos galos" chamando-o de "safado", "vagabundo" e de "ladrão mafioso sem vergonha". Pra variar, Telmário passou a noite apagando os posts contra ele. Ver abaixo.

Provas
A gravação em que Delcídio foi pego não há do que se duvidar da trama que ele arquitetava, com fuga de preso, negociação para redução da pena e um "mensalinho" de R$ 50 mil para não ser incriminado. 

Caso em casa
Telmário não é bem aquele que pode falar à vontade sobre roubo de dinheiro público. Sua mulher, Suzete Mota, é condenada à prisão em regime semi aberto acusada de desviar dinheiro no rombo dos Gafanhotos. É o tal exemplo do dedo que aponta quando tem três também apontando, mas para si.

Dilma tem que se manifestar
"É um momento de constrangimento e é uma tragédia para o Senado Federal", resumiu o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO). "A presidente da República deveria se pronunciar nesse momento. O Delcídio é líder do governo. Nós estamos vendo uma regra constitucional que nunca foi usada no Brasil ser transformada num fato concreto em um governo do PT", continuou Caiado.

Constrangimento
O senador petista Paulo Paim (RS) também fez coro ao sentimento de perplexidade: "Todo mundo ficou surpreendido, ninguém imaginava que isso poderia acontecer. É um constrangimento generalizado na Casa", disse.

Tudo liga ao governo
"Tudo que diz respeito à Lava Jato está umbilicalmente ligado ao Palácio do Planalto. Não se montaria um esquema desse vigor, como as denúncias a cada dia confirmam, se não houvesse o beneplácito do governo, até porque foi ele o principal beneficiário de todo esse esquema", disse o senador Aécio Neves.

A lei é maior que todos
Líder da Rede no Senado, Randolfe Rodrigues (AP) defendeu que o plenário mantivesse a decisão do Supremo. "Eu defendo que o Senado analise as provas e proceda de forma que não obstrua qualquer investigação por parte da Justiça. Em um Estado democrático de direito não existe presidente, senador ou deputado. Existe a lei e o império da lei acima de tudo. O Senado não pode deliberar em contrário", afirmou.

"Criminosos não passarão"
A ministra Carmen Lúcia disparou: “Criminosos não passarão”. “Houve um momento em que maioria de brasileiros acreditou num mote em que a esperança tinha vencido o medo. No mensalão descobrimos que o cinismo tinha vencido a esperança. Agora parece que o escárnio venceu o cinismo", disse.
Relator da Lava Jato na Corte, o ministro Teori Zavascki afirmou que a conduta dos quatro presos na manhã de hoje "é um comportamento digno de integrante de máfia".

Estragos
A prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, tem potencial para causar grandes estragos tanto no governo Dilma Rousseff como no Congresso Nacional, avaliam cientistas políticos.
Para analistas ouvidos pela BBC Brasil, a detenção inédita de um senador em exercício do seu mandato coloca pressão sobre os demais congressistas, principalmente o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também investigado por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.

Rachou
E o G14 rachou como há um mês a Coluna informou aqui. Ontem, o governo, com apoio do sub grupo governista formado por cinco depuatdos do G14, mandou para o espaço o pedido de afastamento do secretário de Saúde, acusado de favorecer uma emrpesa sua com contratos com a própria Sesau.

Toma lá da cá
O racha no G14 começou quando, sem avisar ninguém e por conta própria, o ,líder do grupo George Melo foi ter um tereêtetê de pé de ouvido com a governadora dona Suely, onde colocou suas condições para o tal apoio de governabilidade, que nada mais é que um toma lá dá cá (minha nega). Ocorre que, George falou em nome do grupo sem consentimento do grupo. A reciprocidade palaciana, no entanto, atendeu uns e não todos, daí...

Duas opções
A eleição na OAB-RR acontece amanhã e os advogados que irão votar têm na realidade duas opções: manter "coroné" Oneildo (foto ao lado) como "coroné" que há 15 anos manda e desmanda  na Ordem, se prepararem para que a esposa dele Florany Mota seja a próxima candidata à presidência, pois Rodolfo Moraes, como bom cabrito, não berrará, e Edinaldo Vidal que se vangloria tanto de ter atendido um pedido (um favor) importante em ser vice, chupará dedo. Ou, os advogados que querem mudança, que estáo descontentes com o que não foi feito nos 12 anos em que "coroné" foi presidente e nesses três em que ele poderia ter feito mais pela seccional roraimense como tesoureiro nacional e não fez, dar o voto de mudança e assim criar uma nova OAB em Roraima.

Patrulhamento e apoio do governo
Os advogados que têm empregos públicos na esfera estadual sentiram como é o estilo "coroné e coronézinhos" de fazer campanha eleitoral. O defensor geral Stélio Dener foi acusado de pressionar colegas defensores e assessores desses para enveloparem seus veículos e votarem na chapa dele que é a mesma da de Oneildo. O segundo sobrinho e secretário de Administração, Fred Linhares, anunciou seu apoio, e imediatamente os coronelistas trataram de mandar um recado para os colegas que têm emprego no governo. Ficou claro que a chapa "coronelista" é afinada com o governo de dona Suely Campos, basta ver que o sogro de uma sobrinha sua é candidato a conselheiro federal, o mesmo, é pai do advogado da governadora.