Edersen Lima

Pressão em Brasília
Uma comitiva unindo os 24 deputados estaduais, prefeitos do interior, OAB, MPC, governo do estado e vereadores de Boa Vista desembarca hoje à noite aqui em Brasília afim de pressionar o governo federal a retomar as obras do Linhão de Tucuruí, parada por decisão da justiça, em que a Funai, representando os índios Waimiri-Atroari, interrompeu os trabalhos alegando que os índios não foram consultados. Em suma, os índios, que de bobo não têm nada, querem compensações porque o linhão passa em suas terras.

Perguntinha:
Mas terras indigenas não são terras da União, então, como cobrar por um serviço que é da União?

Pauta
À frente da comitiva roraimense está o presidente da ALE, deputado Jalser Renier, que reclama que além dos constantes apagões de energia elétrica em Roraima, ainda foi aplicado reajuste de 40% na conta de luz. “É um movimento importante para Roraima, pois estamos passando por um momento de instabilidade e impasse econômico. Nossa intenção não é ficar de braços cruzados. A pauta é uma só: o Linhão de Tucuruí”, disse Jalser em entrevista coletiva.

"Tempo da escuridão"
“Não podemos cruzar os braços e esperar. Não temos mais tempo para esperar. Nós temos que encontrar uma solução para a questão da deficiência energética e integrar Roraima ao sistema de distribuição nacional. Se não fizermos isso logo voltaremos ao tempo da escuridão”, comentou Jalser Renier.

O problema é a Funai
Ao que se sabe, há todo interesse do Ministério de Minas e Energia e do próprio governo federal em retomarem a obra do Linhão de Tucuruí, o problema, é a Funai e os índios que têm apoio do Ministério Público Federal e ONGs ambientais contra a obra. Assim sendo, tudo bem que é válido a manifestação da classe política de união por Roraima, porém a palavra final nesse caso do Linhão de tucuruí e também do reajuste da energie elétrica estão com a justiça.

Independente
Vale lembrar que a Funai é tida há muito tempo como um órgão extremamente independente do governo federal, seguindo diretrizes próprias e nem sempre as do Ministério da Justiça, da qual no papel, ela pertence. E as reservas indígenas em Roraima e no Amazonas, são os maiores exemplos disso.

Abre o sigilo, George
Como o amigo leitor também já percebeu, o deputado George Melo, acusado na Polícia Civil de ser mandante de um atentado contra a vida do mecânico Wilson Clemente, não quer de jeito nenhum abrir e muito menos ser forçado na Justiça a quebrar os seus sigilos telefônico e de mensagens de Whatsap, isso porque, se tivesse tal disposição já teria feito e queimado a língua de Clemente, que afirma com toda certeza que se quebrar os sigilos as provas de que George Melo e sua "assesora" de Facebook, Daniela Assunção, armaram contra sua vida, vão aparecer.

Um balofo problema
Processado judicialente por George Melo, Wilson Clemente em sua defesa exige a quebra dos sigilos telefônicos e de Whatsap do deputado e de sua assessora com alegação de que sua defesa será inteiramente prejudicada caso a Polícia Civil não forneça dados sobre a acusação contra George Melo, com depoimentos dele e da assessora, além da quebra dos sigilos, que segundo Clemente, comprova de quem partiu a ordem para o atentado, bem como quem teria contratado os "galerosos". Aí, entra a figura de um "empresário" balofo.

Acordo
Então, diante do impasse, eis que um acordo - um entendimento - entre George Melo e Wilson Clemente está sendo costurado, garante uma fonte. Prova disso é que o mecânico, que todos os dias era hostilizado no Facebook pela assessora de George (foto ao lado), há uma semana deixou de ser citado. 

Imitando Michael?
George Melo pode ter feito que nem Michael Jackson uma vez diante do processo por assédio sexual contra um menino de 14 anos. Fez um acordo de US$ 20 milhões para o processo parar e o menino lhe esquecer.

Jogando nas duas pontas
Para os procuradores do estado o comandante da chapa de Rodolfo Moraes e Edinaldo Vidal, "coroné" Antônio Oneildo, se comprometeu em apoiar a classe em Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF contra os advogados públicos beneficiados com emenda à Constituição Estadual que lhes garante direitos questionados pelos procuradores. 
A chapa de "coroné", também se comprometeu em apoiar os advogados públicos contra a investida dos procuradores. Resumo da ópera: alguém vai ser enganado.

Governo apóia "coroné"
Para quem ainda tinha um fio de cabelo de dúvida, fica a certeza. O governo de dona Suely Campos apóia, e não à toa, a chapa de "coroné". Ontem, na Secretaria de Administração, o zeloso secretário e segundo sobrinho Fred Linhares, recebeu uma comitiva da chapa "coronelista" e mesmo estando em situação incompatível com a advocacia, por estar exercendo cargo de secretário, porém, segundo já apontam representantes da chapa encabeçada por Alexsander Sena, dando um recado direto aos demais advogados que trabalham no governo de dona Sula, de que os chefes estão com "coroné".

Artigo 133 atingido
Fora essa "pressão básica" na turma de advogados governistas, o regimento geral da OAB, proíbe taxativamente, campanhas eleitorais em órgãos públicos, o que, pela foto divulgada nas redes sociais, ocorreu na sala de reuniões da Secretaria de Administração. Isso infringe o artigo 133, IV, do regimento geral da OAB.

Comportamento
Agora, imagine amigo leitor, como a OAB "coronelista" apoiada por dona Sula, vai mover alguma ação contra algum abuso ou irregularidade do governo?

Senador melancia

Cada político dá o que tem como retorno de trabalho ao povo que o elegeu.
Na foto acima, Telmário Mota, o "senador melancia", dá uma melancia para
cada família que ele visita. Em suma, o retorno que essa família e Roraima
até agora receberam por elegê-lo, é uma melancia.