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Edersen Lima

Telmário leva outro pito em plenário


Mais um
\"\"Não à toa, quando o senador dos galos, Telmário Mota, pede a palavra para apartar discurso de algum senador, sempre tem um que solta o "lá vem ele". Semana passada, o senador Aloysio Nunes, defendia o seu relatório sobre o projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo no Brasil, lendo-o em plenário, e destacando que "equipara-se a ato terrorista a prática de quaisquer das condutas que atentar contra pessoa, que estiver motivado por extremismo político, intolerância religiosa, e provocar pânico generalizado".


Defesa
Telmário Mota, em tom populista, criticou o relatório alegando com  ironia que "o ribeirinho, lá da Amazônia, não está recebendo as políticas públicas corretamente e resolve parar uma embarcação. Ele toma a embarcação. Ele é terrorista! Um ribeirinho! O caminhoneiro, que resolve parar, porque as políticas prometidas não chegaram, paralisa, faz como essa greve que tivemos. Ele é terrorista! O indígena, que não tem a educação atendida. Ele paralisa a estrada nas terras dele e faz uma barreira. Ele é terrorista", e comparou o relatório a uma frase de Ulysses Guimarães, que dizia: "O político tem medo do povo da rua".


Chamou de burro
Olhando fixamente nos olhos de galo de combate de Telmário, o senador Aloysio Nunes, respondeu: "Com licença, senador. Eu não tenho medo de povo na rua nenhum. Eu tenho medo de muita pouca coisa. Eu tenho medo, às vezes, da burrice. Eu tenho medo, às vezes, do preconceito. Eu tenho medo da ignorância. Dessas coisas, eu tenho horror!".


Não leu
Indignado com a falta de conhecimento sobre o seu relatório, Aloysio Nunes, disse mais a Telmário: "O senhor está fazendo uma caricatura do meu trabalho, uma coisa intolerável. Realmente é intolerável. Ou o senhor não leu, ou, então, o senhor está fazendo, deliberadamente, uma caricatura. Aqui está dito claramente: "Equipara-se a ato terrorista a prática de quaisquer das condutas, observada a disposição do caput." Então, o barqueiro do Amazonas que não atentar contra pessoa, que não estiver motivado por extremismo político, intolerância religiosa, etc., e não provocar pânico generalizado não é terrorista."


Concordou
Telmário, com olhos de galo combatido, apenas respondeu seco, meio sem jeito: "Pois é, é disto que eu tenho medo: do preconceito".


É crime
E no que se refere à aparente defesa de ribeirinhos tomarem embarcações, seja pelo motivo que for, é crime.


Cara de pau
Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, prestou depoimento ontem à Polícia Federal na Operação Zelotes, que investiga a suposta compra de medidas provisórias em benefício do setor automotivo. Segundo as investigações, em 2014, a empresa LFT, de Luís Cláudio Lula da Silva, recebeu R$ 1,5 milhão da empresa Marcondes e Mautoni, mesmo não tendo nenhum funcionário.
Luís Cláudio reafirmou no depoimento que a empresa prestou os serviços contratados regularmente.


Vestiu a carapuça
\"\"Outro que trocou alhos com bugalhos foi o deputado Jânio Xingú. o colega Jorge Everton discursava ontem criticando o alto custo de manutenção da representação do estado em Brasilia, com aluguel de uma mansão no Lago Sul, quando Xingú lhe pediu um aparte. A lá Telmário Mota, ele elogiou o trabalho parlamentar de Jorge Everton, mas logo em seguida, com tom de voz elevado disse que não admitia que o colega fizesse acusação infundada de que deputados do G14 (grupo que ambos pertencem) estavam lucrando com votações que favoreceram o governo.
Jorge Everton, que discursava sobre outro assunto, respondeu que em nenhum momento disse que algum deputado do G14 estava lucrando com o governo e sim, os que tinham interesse de que dona Suely Campos não fosse afastada do cargo, eram a própria governadora, o seu marido, os deputados da base governista, e aqueles que lucram com o governo. "Se a carapuça lhe serviu, eu não tenho culpa", acrescentou Jorge Everton.


Base informal
No entanto, nos corredores da ALE, quatro deputados do G14 são vistos como já da base informal do governo, seriam eles, a princípio: George Melo, Coronel Chagas, Jânio Xingú e Lenir Rodrigues.


Todos têm o mesmo direito
\"\"E falando em George Melo, ontem, através de sua assessoria, tentou desqualificar desprezando o Boletim de Ocorrência registrado contra ele por agressão e intimidação feito pelo mecânico Wilson Clemente, alegando que a Polícia Civil não daria crédito ao mecânico porque ele não teria moral para isso.
George Melo, preconceituoso e discriminador, parece esquecer que as considerações dele por Wilson Clemente ou qualquer cidadão não são superiores e incontestáveis pela Lei e pelas instituições públicas em realizarem suas obrigações. É dever e obrigação da Polícia Civil apurar qualquer BO que seja registrado em nome da Lei, e não pelo entendimento e opinião seja lá de quem for.


Poderia colaborar
George Melo poderia colaborar para dissipar suspeitas que pairem sobre ele, de que mandou atentar contra a vida de Wilson Clemente. Para isso, a abertura de seus sigilos telefônico e de mensagens de Whatsap, é fundamental, pois Wilson Clemente afirma que ligações e mensagens entre George Melo e sua assessora Daniela Assunção, comprovariam o que ele registrou na Polícia.


Outra medida
Enquanto isso, um jovem de 18 anos foi preso ontem depois que postou em seu perfil no Facebook supostas ameaças de morte a um filho de policial militar. O suspeito escreveu: “safado. vo mata teu filho so pra senti a dor de perde um filho (sic)”. Ele estaria culpando o PM pela perda de um amigo, conhecido como Ruidglan Souza, de 21 anos, que morreu após sofrer convulsões em consequência de uma abordagem policial, segundo a família.
Rapidinho, policiais do 5° Distrito Policial levaram o rapaz para prestar depoimento. Ele confirmou que fez as ameaças.


Polêmica
Tem gerado muita polêmica os resultados das audiências de custódia feitas pela Justiça. No primeiro mês de funcionamento do programa audiência de custódia, 49 dos 78 presos em flagrante em Roraima foram postos em liberdade provisória. "A maioria das pessoas que vão para audiência, são liberadas. Estuprador, assaltante, traficante. Se colaborar, assumir que fez, já vai embora. Prendi um rapaz com quase um quilo de maconha e pasta base [de cocaína], e depois o irmão dele me disse que ele tava solto" afirmou um delegado.


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