Edersen Lima

"Se", dona Sula, "se"
A governadora dona Suely Campos está processando este Editor por algo que ela, ao que parece, assumiu ser, e não que eu tenha afirmado.
Formada em letras, dona Suely deve ou deveria saber que a conjunção "se" impõe um condicionamento, tipo a nota publicada na Opinião Formada em que, depois de informar o relato da pindaíba com que ela deixou a vice governadoria, do desafeto Paulo César Quartiero, noticiado por ele sobre a transferência de pessoal lotado na Vice mais o cortes em pagamentos de contas públicas, "se isso tudo que PC Quartiero revelou for verdade, dona Suely Campos garante o titulo de Miss Megera de Roraima, e tem mais é que ser processada e condenada por crime de responsabilidade".

Quem comete crime não tem que ser condenado?
Ora, ora, ora como diria um astuto político roraimense, se (olha aqui de novo a conjunção impondo condicionamento e não afirmação) dona Sula deixou que o vice PC Quartiero desse o jeito para pagar as contas de água, luz, telefone e revisão do carro oficial, e se (mais uma vez a conjunção) infringiu a lei de responsabilidade, claro que tem mais é que ser processada e condenada.
Dona Sula, quem comete crime não tem que ser condenado?

Miss Megera
Dona Sula, ficou fula da vida porque foi condicionado que, em se tratando de verdadeira a acusação de Quartiero, ela "garante o título de miss Megera". E pesquisando o dicionário da língua portuguesa, que madame deve conhecer bem, "megera" quer dizer "mulher má, mulher irritadiça, mulher chata, mulher que vive com raiva". Então, vamos e venhamos, caso seja (mais um condicionamento) verdade o que PC Quartiero denunciou contra dona Suely, seria ou não "megeríce" dela, e sendo isso crime de responsabilidade, quem comete crime, deve ou não deve ser condenado?

Sentimento de impunidade?
Pelo visto, dona Suely Campos, nesses 12 últimos anos, vendo o marido ser condenado pela justiça federal e pelo Tribunal de Contas da União a devolver dinheiro surrupiado dos cofres públicos e à cadeia em regime fechado somando mais de 60 anos de condenação, e não pagar um centavo e nem passar uma noite no xilindró, parece que desenvolveu um sentimento de que decisão judicial tem que ser contestada e pronto.

Exemplo perigoso
Bem ou mal, aos olhos da sociedade, Neudo Campos com seus 69 anos de prisão em regime fechado, está acima disso e imune a isso. O perigo é essa situação inspirar as pessoas de que condenações por crimes ao erário podem dar em nada.

Terceiro do país
Dados do relatório "Justiça em Números 2015 (ano-base 2014)" aponta que o Tribunal de Justiça de Roraima é o terceiro melhor no ranking de tribunais de pequeno porte do país. O órgão no estado subiu do 25º lugar para a 7ª posição, considerando todos os similares estaduais, e da penúltima para a terceira colocação entre os 12 de pequeno porte, ficando à frente de estados como o Acre, Paraíba e Mato Grosso do Sul.
Para o presidente do TJ, desembargador Almiro Padilha, os dados do CNJ mostram o trabalho, organização e esforço dos servidores do órgão.

Isso quer reza
O homem da "Galo de Ouro", Telmário Mota está querendo marcar reunião com os líderes do PMDB para discutir situação do governo Dilma. Há quem veja nisso uma forma disfarçado dele se aproximar de Romero Jucá.

Regra
Jornalista dá "barrigada". Projetos dão "buchadas", e quebradas.

Explica, Neudo
“Tudo o que fizemos foi dentro da lei. Não existe um passo que o nosso governo tenha dado que seja passível de investigação do Ministério Público de Contas e ainda mais para o pedido de afastamento da governadora Suely Campos”, disse o honesto Neudo Campos. Mas se o governo de dona Suely é assim tão correto e legal, por que toda essa preocupação e temor com a investigação do MPC e análise da ALE sobre o que foi denunciado?

Antecipados
Neudo conta com pelo menos quatro votos a favor dentro do independente G14. Dois desses votos, já andaram confabulando com dona Suely semanas atrás e "vendendo" colegas.

Aborto
Um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) não esconde dos colegas que se lhe cair nas mãos um processo qualquer  contra uma mulher acusada do crime de aborto, ele vai se recusar a a puni-la, mesmo que não se trate de caso terapêutico ou resultante de estupro.
Uma decisão dessas, tomada por um ministro do STF, tem força para abrir uma discussão definitiva na corte constitucional, que pode vir redundar na legalização do aborto.

Cirurgia da barriga quebrada
Parece piada, mas não é. Comum em acertos de trabalho entre cabos eleitorais e políticos, a doação de veículos ou  maquinários pertencentes aos contratantes porém utilizados pelos contratados durante a campanha eleitoral, além de passagens aéreas para os assessores de campanha visitarem parentes distantes ou mesmo para férias.
Assim, é comum muitos cabos eleitorais ganharem do patrão político aquele carro velho que andavam fazendo campanha, no caso dele ser eleito.
Agora, surpresa para a a Coluna foi o acordo fechado entre uma "assessora" e um político para que, no caso dele ser eleito, ele pagará uma operação plástica corretiva de barriga quebrada para ela.

Mais três anos
A cirurgia, se tudo correr bem e o político cumprir sua promessa, acontecerá depois da campanha de 2018, em Puerto Ordaz, na Venezuela, porque lá as cirurgias saem por menos da metade do preço das cobradas em Boa Vista.

Coisa de bandido
Bandido que é bandido ajuda outro, dá emprego para fugir da Lava Jato.

Calote de joias
Iniciativa interessante da ALE, clientes de várias lojas que estão inadimplentes com as mensalidades de suas compras vão poder negociar as dívidas. Será que o serviço serve também para quem comprou joias, assinou notas promissórias e deu calote?

Posteridade

Sempre de bem com a vida, Joana Lucena e Rafael Cunha.