- 11 de julho de 2025
Demissão geral
Em qualquer governo sério - repete-se, governo sério -, o flagrante de que bebidas alcóolicas (cerveja, rum e cachaça) fizeram parte de festa realizada com conhecimento da direção do Presídio de Monte Cristo é motivo de demissão de toda direção do presídio como do secretário de Justiça (foto ao lado). Pois bem, imagens gravadas em celulares por agentes penitenciários e policiais militares são provas claras de que na PAMC, quem manda são os presos, e pronto.
Esquema estava armado
Pela quantidade de bebida alcóolica apreendida, fica claro e evidente que havia algum acerto entre os presos e pessoal da Penitenciaria para entrada das caixas de cervejas e garrafas de rum e cachaça.
Fisiologismo antidesportivo
Há leis no país que são descaradamente fisiologistas, contra a vontade popular e contra racionalidade. Numa eleição para qualquer legislativo, não vale a regra natural de que os mais votados pelo eleitorado serão os eleitos. Há um tal cociente eleitoral que é um matemática esquisita ao eleitor de que, a soma dos votos é que vão eleger dentro da proporcionalidade de cada coligação partidária, ou seja, a cada mínimo de votos exigidos dentro da média eleitoral, entra o mais votado da coligação.
Quantos candidatos com menos votos de outros tantos, assumiu mandatos em discordância com a vontade da maioria do eleitorado?
Acordo após retaliação?
Falando em fisiologismo, desde sexta-feira, 14, circula nas redes sociais informação que o líder do G14, deputado George Melo, discretamente, teria tido um encontro com a governadora dona Suely Campos, supostamente, como corre a notícia, para tratar de acerto para retirada do pedido feito por ele - num gesto que no meio político soou como retaliação contra o governo por não ter atendido suas reivindicações para acordo de governabilidade -, para afastar o segundo sobrinho e secretário de Saúde, Kalil Coelho.
Colou?
George é o relator da comissão que levou seis meses para apontar supostas irregularidades na saúde do estado. Como o relator demorou todo esse tempo para identificar o que a população e a imprensa há meses vêm denunciando, e um dia antes de apresentar o relatório anunciou que o G14 iria "endurecer" (até então esperava um acerto com o governo), a sua posição é vista como retaliação ao "governo do povo".
Não desmentiu
A assessoria de George Melo não desmentiu a notícia e sim, preferiu atacar quem divulgou a informação apontando que o informante trabalha para o deputado Mecias "milagreiro" de Jesus, que durante sessão no plenário da ALE, deu um cala boca traumatizante em George Melo tornando-se assim seu desafeto.
Se foi, fez mal
Ontem, à Coluna, dois deputados do G14 se manifestaram descontentes com o suposto ato de George Melo ter ido tratar de assunto em que ele pediu apoio do grupo, sozinho com a governadora. Há entendimento que, se não fosse com interesse de acordar um toma-lá-dá-cá com dona Sula em termos de nomeações de aliados ou apadrinhamento de empresas ligadas a ele, não haveria porque George ir conversar com a governadora sobre a retirada ou esquecimento do pedido de afastamento de Kalil, como circula nas redes sociais. "Isso (conversar escondido com a governadora) não é papel de líder. Se ele pediu o afastamento do secretário e contava com nosso apoio, era para ele ter recusado o chamado, se é que isso ocorreu", comentou ontem um deputado que disse estar esperando que o líder do grupo se explique sobre o assunto.
Cabeça de beribá
Se a cada notícia sobre algum atividade de destaque do senador Romero Jucá provocasse uma ponta elevada na cabeça do colega Telmário Mota, o povo deixaria de chamar o falastrão senador roraimense de "galo velho" e passarão provavelmente a chamá-lo de "cabeça de beribá", uma fruta da família da graviola, cheia de pequenas elevações na sua casca.
Pianinho
Fim de semana, o maior no jornal do país, a Folha de S. Paulo, fez entrevista de meia página com Romero, classificando-o como "idealizador dos principais pontos da Agenda Brasil, pacote de medidas econômicas e anti-crise proposto pelo Senado para expurgar com o país". O senador "cabecinha", com certeza, leu a entrevista alí, pianinho. Afinal, Romero, no Agenda Brasil, fala pelo Senado, e um pouco de informação nunca é de mais.
Sem justificativa
Dona Suely Campos não fechou contrato de compra de combustível por alguns milhões de reais para abastecer a frota de veículos do "governo do povo"?
Então como se explica que o pedreiro Norberto Gomes de Oliveira afirmou ter pago R$ 200 de combustível para abastecer uma ambulância do Hospital de Rorainópolis para transportar sua mulher Maria Souza dos Santos grávida de oito meses até a Maternidade Nossa Senhora de Nazaré, em Boa Vista, porque os veículos estavam desabastecidos e a mulher precisava ser levada à capital para evitar complicações na gestação?
Tem mais
Notícias desse tipo, de que familiares de doentes de centros médicos do interior de Roraima têm que pagar do próprio bolso por combustível ou até que doentes são em caminhonetes já foram veiculadas pela imprensa em casos registrados em Pacaraima e Iracema.
Ia virar estatística
Como resposta, Secretaria de Comunicação do "governo do povo" informou que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) enviou combustível para atender à ambulância da unidade assim que foi identificada a necessidade, normalizando o abastecimento e a assistência à população. Ou seja, se algo pior tivesse ocorrido, virava estatística, o combustível que era para estar lá nas ambulâncias do interior do estado, não estava.
Foi avisada
Com certeza, o Hospital de Rorainópolis, que é para atender a região Sul do estado, informou a Sesau de que estava sem combustível na ambulância.
E cara de "paciência" de dona Sula...
Proncon ALE
Está em fase de implantação no Procon Assembleia, o sistema de processo virtual. Com o procedimento, os consumidores poderão acompanhar, via internet, o andamento dos processos sem precisar se deslocar até a sede do serviço de defesa do consumidor.
Outra vantagem com a nova tecnologia é a agilidade nos trâmites legais e economia para o Poder Legislativo que deixará de utilizar papéis e reduzir gastos com material de expediente.
Porteira fechada
Convencida pelo ex-presidente Lula, Dilma negocia entregar ministérios de “porteira fechada” aos partidos aliados, com direito a livre nomeação e em todas as esferas de atuação das pastas. É a nova estratégia de “recomposição da base aliada”. O governo pretende, com a medida, reunir pelo menos 200 deputados “100% fiéis” que impeçam a todo custo o avanço de pedidos de impeachment. Projetos, só em 2016.
Mais um fiasco
Bem que a Coluna tentou dar uma força para o protesto contra a corrupção e "fora Dilma" em Boa Vista, mas como a manifestação em Roraima realizada em abril passado foi vista e tida como eleitoreira, a de ontem teve menos participantes. Mais um fiasco.