Edersen Lima

Barbarie

Gisele Santos, de 22 anos, deixou de frequentar a escola, foi obrigada a encerrar as contas em redes sociais e já quase não saía de casa quando resolveu terminar o relacionamento marcado pelo ciúme doentio do namorado Élton Jones Luz de Freitas, de 25 anos. Estava cansada das brigas diárias, que com frequência terminavam em agressões físicas, especialmente quando o parceiro estava sob efeito de drogas. Há onze dias, Gisele chamou o namorado para a conversa derradeira após sete anos de conflito - e que ela adiava sucessivamente por medo das consequências. Foi quando Freitas explodiu em um rompante de fúria e cometeu um crime bárbaro que chocou a cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Gisele foi espancada e teve as mãos e os pés decepados por um facão. 
Depois da atrocidade, Freitas saiu de casa anunciando que iria se despedir da mãe porque seria preso. Entregou-se à polícia nas horas seguintes e confessou o crime. Ele foi encaminhado ao Presídio Central de Porto Alegre.

Afastamento de secretário
Por quatro votos a um a Comissão Especial que fiscalizou os contratos emergenciais da Secretaria de Saúde apresentou relatório onde pede o afastamento do secretário Kalil Coelho, por supostas irregularidades como a substituição de empresa sem licitação e pagamento sem notas de empenhos. Uma empresa de propriedade do secretário Kalil Coelho que presta serviços de tratamento a doentes renais que tinha contrato com a Sesau. 

Seis meses e meio
O relatório apresentado ontem é resultado de seis meses e meio de fiscalização dos deputados, e foi apresentado um dia depois que do anúncio de endurecimento do G14 contra o governo.

Aviso ou retaliação?
“Nós demos todo o tempo do mundo afim de abrirmos uma possibilidade de entendimento. O tempo expirou e agora seremos mais rigorosos e enquadraremos todos os atos do governo”, a declaração é do líder do G14, deputado George Melo, relator da comissão que pede o afastamento do secretário de Saúde, e está sendo vista como aviso de retaliação pelo fato do governo não ter entrado em "entendimento" com o grupo, ou seja, acomodação com interesses de ambos os lados.

Separados na maternidade

 

Criar obrigação para o estado
Em meio às discussões sobre a situação medieval do presídio maranhense de Pedrinhas, palco em 2013 de episódios de barbárie, como a decapitação de detentos, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem, por unanimidade, que o Poder Judiciário pode obrigar os governos a promover obras emergenciais no sistema carcerário, independente de haver ou não dinheiro em caixa. O relator do processo no STF, ministro Ricardo Lewandowski, disse que as cadeias brasileiras são "verdadeiros depósitos de pessoas" e endossou a avaliação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, segundo quem os presídios são comparáveis a "cadeias medievais".

Preparados
No último dia 1º deste mês, um caso ganhou grande repercussão em Boa Vista. Um parto realizado por um grupo de guardas-civis municipais que estavam em seu primeiro plantão após a posse, trouxe a tona a importância dos agentes de segurança serem capacitados para as mais diferentes ocorrências. Tal feito só foi possível por conta do preparo que os guardas receberam ao longo do curso de formação, que inclui além de técnicas de primeiros socorros, outras situações de emergência.

Curso
Dentro do curso de formação da Guarda Civil Municipal estão disciplinas como Técnicas e Procedimentos Operacionais; Segurança Patrimonial, Prevenção e Combate a Incêndios e Noções Básicas de Primeiros Socorros, num total de aproximadamente 80 horas de duração. Tais instruções preparam o guarda municipal para que esteja apto a lidar com as mais diversas situações emergenciais ao longo de seu ofício.

Deu bolo
A desculpa para o não comparecimento da primeira irmã e secretária Selma Mulinari (Educação) à convocação feita pela ALE para dar esclarecimentos sobre a situação de greve é a de que ela teria solicitado à ALE dois dias para se preparar para dar o esclarecimentos sobre a posição do governo com relação à greve dos professores.
Intrigante que Selma, tão preparada e conhecedora do setor, além de ter participado de todo o processo de entendimento que encerrou a primeira greve há três meses, ainda precisar de "dois dias" para tomar a par da situação.

Sem necessidade
o deputado Brito Danadão, líder do governo na Assembleia, informou que a governadora Suely Campos recebeu representantes do comando de greve e parlamentares para uma reunião no Palácio Senador Hélio Campos e definiu alguns pontos de reivindicações dos professores. “Não se faz, portanto, mais necessário a presença da secretária de educação. Nós vamos conversar com a governadora. Já é assunto resolvido”, concluiu Bezerra.

É de liberdade do governante
A nomeação de Selma Mulinari e mais de uma dezena de parentes da governadora Suely Campos é o maior exemplo descarado de nepotismo, ou seja, a competência e capacidade dessas pessoas são vistas como aquém do grau de parentesco, porém, numa busca de acordo que finalize uma greve de servidores, a exigência de demissão não da secretária é interferência imoral na administração. Dona Sula tem liberdade para nomear quem ela quer, mesmo sendo um "tanque de guerra" intolerante, prepotente e arrogante.

Outros tempos

 

Salve
A Coluna manda um "Salve!" ao colega Nei Costa, junto com o desejo de breve retorno à labuta.

Pulando 
Tem deputado da situação pulando de alegria com o anunciado "desencontro" entre o G14 com o governo do povo. Perda de espaço e de importância dentro do governo era a preocupação que, aparentemente, por hora, não acontecerá. "Se o G14 entra na base governista, os deputados da base teriam que dividir espaço, qual político gosta disso", comentou um ex-deputado que acompanhou do lado governista o namoro entre o grupo e o governo.

No varejo
O governo tem base de nove deputados na ALE. Nas votações mais importantes poderá trabalhar com "freelas", ou seja, deputados que não são da base mas por entendimentos pontuais votariam com o governo.

"Não é comigo"
Por outro lado. Ninguém do G14 admite tal hipótese de compor aqui e alí com o governo.

Nem tudo perdido
Um experiente observador da política macuxi entende que nem tudo está perdido entre o G14 e o Palácio Hélio Campos. Melhor diplomacia, os dois lados cederem um pouco, discursos mais propositivos de ambos os lados e por aí vai...

Fiasco 2 - A Continuação
Depois que pouco mais de 50 "manifestantes" foram protestar contra a corrupção no país na Praça do Centro Cívico, em Boa Vista, no mês de março passado, é esperado um aumento de 50% para o protesto do próximo domingo, dia 16. ou seja, de 70 a 80 pessoas devem ir lá pedir o fim da corrupção e a saída da presidente Dilma, acreditam os mais otimistas.

Verdade revelada