- 11 de julho de 2025
Rodrigue dançou
E aconteceu o que a Coluna há dois meses informou. O PSB deixou de ser comandado em Roraima pelo ex-governador Chico Rodrigue e agora está sob controle da deputada federal Maria Helena.
Sem mandato e sem qualquer liderança, não tina como Rodrigue manter a direção do PSB no estado, que tem uma deputada federal.
Estória da Carochinha
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, avisou aos governadores que vai começar a liberar nos próximos meses espaço para Estados tomarem novos empréstimos, depois de represar o endividamento no primeiro semestre. Em outra frente para dar fôlego aos gestores, ele informou que o governo está aberto a permitir o uso de depósitos judiciais para pagamento de dívidas, medida recém-aprovada no Congresso.
Comparação
Em um comparativo básico, o roraimense pode ver custo/benefício de duas administrações, a estadual e a da capital Boa Vista. Com orçamentos bem distintos, Boa Vista trabalha com menos de 1/5 do orçamento estadual, atendendo mais de dois terços da população do estado, e basta passar nos hospitais e postos médicos da Prefeitura de Boa Vista para ver que o número de pacientes atendidos é muito maior do que se registra nos hospitais do estado.
A Coluna está falando aqui de atendimentos. A quantidade de gente nas filas no Hospital Geral, por exemplo, significa que o atendimento está ruim, crítico, enquanto que na rede municipal a fila é muito menor, mas não quer dizer que dezenas de pessoas foral alí atendidas no dia.
Incompetência
Não se tem dúvida que o "governo do povo" tem encontrado dificuldade em gerenciar a saúde pública, apesar da montanha de recursos públicos já gastos em contratos emergenciais - aqueles em que não se faz licitação de preços - fechados em quase sua totalidade com empresas do Amazonas, e que o governo nunca explicou os critérios que usou para escolher no estado vizinho como fornecedor e não as empresas locais.
Reclamação geral
Praticamente todos os dias, vídeos mostrando doentes instalados em macas ou até em cadeiras por falta de macas nos corredores dos hospitais do estado são postados nas redes sociais. há reclamação geral pela falta de remédios e medicamentos, de leitos e até de médicos.
Produção industrial
Por outro lado, o decreto tosco de dona Suely Campos em pagar os médicos cirurgiões por produtividade, os centros cirúrgicos do HGR viraram espécie de "produção industrial", há denúncias de enfermeiros e servidores do hospital de que há pressa, por parte de alguns médicos, em se fazer cirurgias e liberar os operados antes do tempo , para assim, novas cirurgias sejam efetuadas, aumento a produção e consequentemente os ganhos salarias dos médicos cirurgiões.
Não custava nada o Ministério Público apurar as denúncias que estão sendo feitas nesse sentido.
Derruba o veto, e pronto
Esse chororô de deputados autores do popular "Habilitação Cidadã" contra o veto de dona Sula não faz o menor sentido. Peguem o veto dela, e o rejeitem. Agora, se embarcaram no trem da governabilidade - aquele acordo simpático, para não dizer outra coisa - em que, por cargos para aliados e contratos com empresas afinadas vão votar a favor do governo, a conversa, então é outra.
Apoiar governabilidade é isso: apoiar as votações e vetos governamentais.
Fisiologismo barato
Essa coisa de venda de apoio pela governabilidade é só em Roraima, mesmo. Bancada governista é bancada governista com deveres, obrigações e recompensas. Bancada de oposição, é bancada de oposição onde se aponta erros, se critica o que está errado, se denuncia irregularidades e se luta pela mudança de poder.
Esse negócio - pois é um negócio - de "apoio de governabilidade" para aprovar o que o governo quer, e depois renegociar esse apoio na campanha eleitoral, cheira a fisiologismo barato e descarado.
Paga-se duas vezes
Não à toa. O próprio governo se resguarda em não dar muito aos seus apoiadores, haja vista que essa conta não é paga com os empregos que cedeu e os acordos que firmou, pois quando chegar a campanha eleitoral, nova fatura, a do "apoio eleitoral" tem que ser honrada, se não, é oposição certa como manda o figurino.
Faz o DNA, galo velho
E galo velho diz que não é irmão por parte de pai do diretor do Detran, Juscelino Pereira. Faz o DNA, galo velho. Isso ele diz em um processo judicial. É mole?
Novamente a Coluna recomenda. Mães, sejam elas índias, negras, ricas, pobres e até de família tradicional, fazem o DNA para chamar à responsabilidade de pais que não querem assumir o que fizeram em momentos tórridos. Galo velho devia seguir o exemplo.